eu te amo... para de me entristecer
reaprende a sonhar
porque eu preciso dos seus sonhos pra fazer minha realidade.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
New poem
Primeira estrofe de pranto do céu
Chove e todas as folhas
Balançam como eu
Numa dança impossível
in:
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=873
Chove e todas as folhas
Balançam como eu
Numa dança impossível
in:
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=873
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Quarta-feira 03:55 am
Reflexões
Paro de ler, penso em mim, em minha vida que é uma sátira infame e justa. Nunca – acredito eu – direi que não mereço o que se passa fora da minha alma.
Ouço os barulhos da caneta e lembro de mim mesmo, quando tudo tinha e nada queria além de cantar, beber, fazer versos e ouvir música. Claro... o sofrimento, as dores, os males da alma sempre estiveram ali, mas a estagnação é a derrota do homem e eu estagnei.
Voltando a minha lembrança, o verso de que me orgulho é: Murmúrio na madrugada é grito.
Ouço as peculiaridades sonoras da madrugada e o som de minha respiração me incomoda.
Sons longínquos, trevas mistas e segredos povoam qual assombrações as noites.
E eu nesta mesa de escritório, profundamente inerte, imerso em meus devaneios tenho necessidade de escrever e nada de um verso que me agrade.
Estou só e olho ao meu redor.
Paro de ler, penso em mim, em minha vida que é uma sátira infame e justa. Nunca – acredito eu – direi que não mereço o que se passa fora da minha alma.
Ouço os barulhos da caneta e lembro de mim mesmo, quando tudo tinha e nada queria além de cantar, beber, fazer versos e ouvir música. Claro... o sofrimento, as dores, os males da alma sempre estiveram ali, mas a estagnação é a derrota do homem e eu estagnei.
Voltando a minha lembrança, o verso de que me orgulho é: Murmúrio na madrugada é grito.
Ouço as peculiaridades sonoras da madrugada e o som de minha respiração me incomoda.
Sons longínquos, trevas mistas e segredos povoam qual assombrações as noites.
E eu nesta mesa de escritório, profundamente inerte, imerso em meus devaneios tenho necessidade de escrever e nada de um verso que me agrade.
Estou só e olho ao meu redor.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
F. Pessoa, fragmentos do trecho 289 do L. do D.
(...)Escuta-me ainda e compadece-te. Ouve tudo isto e diz-me depois se o sonho não vale mais que a vida. O trabalho nunca dá resultado. O esforço nunca chega a parte nenhuma. Só a abstenção é nobre e alta, porque ela é a que reconhece que a realização é sempre inferior, e que a obra feita é sempre a sombra grotesca da obra sonhada. (...)
(...) Tu, que me ouves e mal me escutas, não sabes o que é esta tragédia! Perder pai e mãe, não atingir a glória nem a felicidade, não ter um amigo nem um amor – tudo isso se pode suportar; o que se não pode suportar é sonhar uma coisa bela que não seja possível conseguir em acto ou palavras. A consciência do trabalho perfeito, a fartura da obra obtida – suave é o sono sob essa sombra de árvore, no verão calmo.
(...) Tu, que me ouves e mal me escutas, não sabes o que é esta tragédia! Perder pai e mãe, não atingir a glória nem a felicidade, não ter um amigo nem um amor – tudo isso se pode suportar; o que se não pode suportar é sonhar uma coisa bela que não seja possível conseguir em acto ou palavras. A consciência do trabalho perfeito, a fartura da obra obtida – suave é o sono sob essa sombra de árvore, no verão calmo.
F. Pessoa, L do D trecho 275
"O governo do mundo começa em nós mesmos. Não são os sinceros que governam o mundo, mas também não são os insinceros. São os que fabricam em si uma sinceridade real por meios artificiais e automáticos; essa sinceridade constitui a sua força, e é ela que irradia para a sinceridade menos falsa dos outros. Saber iludir-se bem é a primeira qualidade do estadista. Só aos poetas e aos filósofos compete a visão prática do mundo, porque só a esses é dado não ter ilusões. Ver claro é não agir."
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Trecho de Certa incerteza
Dêem-me a paranóia dos pecadores
Todo o cinismo dos santos
Inflijam-me todas as dores
Afoguem-me em todo meu pranto
Texto na íntegra : http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=870
Todo o cinismo dos santos
Inflijam-me todas as dores
Afoguem-me em todo meu pranto
Texto na íntegra : http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=870
terça-feira, 20 de novembro de 2007
No outono da vida
O gosto amargo permanece na boca que já não fala
As angústias consomem a mente que já não se manifesta
A tristeza envolve calmamente o espírito que já não cria
O abatimento desaba o corpo que já não reage
No penoso passar dos longuíssimos dias.
As angústias consomem a mente que já não se manifesta
A tristeza envolve calmamente o espírito que já não cria
O abatimento desaba o corpo que já não reage
No penoso passar dos longuíssimos dias.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
festejo com espectros
Festejo com espectros
Bruno Otsuka
Há uma mancha negra...
Se expande como câncer
Na alma dos poetas
Festejo com fantasmas e danço com demônios
Recito para os mortos em sussurros
Danço e canto no escuro, fecho os olhos para o breu se adensar ainda mais...
Talvez para evitar expor a simples melancolia que bóia em meus olhos
Tão rasos para fora
Tão infinitos para dentro
Eu choro o mesmo tanto que sorrio
Sorrio por motivos nobres e estúpidos
Assim como choro por motivos da mesma magnitude
Acho que sou um apelo solitário
Minha obra reflete minha alma... redundante e cansativa, sempre a um passo de desistir
Insiste em permanecer estagnada... Reticente... Envergonhada...
Ainda assim me orgulha mais do que me envergonha, só pelo simples motivo de ser tudo que tenho
Minha poesia é minha vida, como não canso de dizer...
Buscarei sempre a felicidade, como general que parte para batalha já perdida
Quando seus exércitos já foram dizimados
Espada na bainha não tem valor, tampouco existe
Ninguém reconhece um homem de costas que se afasta
Há méritos em sangrar por algo nobre
Resta resguardar o pouco de dignidade que ainda sobrevive
Alguma honra tem que habitar o peito
Por mais fugidia e sorrateira que seja
Bebida já não faz mais o efeito que fazia.... Não em embriagar, mas em fazer sonhar, em amenizar
Suporto mil cachoeiras de lágrimas, se forem traduzidas em versos
Ser poeta é ser menos
Ao menos aos olhos comuns
Tenho que maltratar meu corpo para suportar a minha alma
Meu corpo não acompanha meu espírito incansável, sempre desperto e sonhador
Vai poeta... Vai que teus versos tem de alimentar teu espírito... Isso e só
Eu geralmente não penso, sinto...
Meu ser não agrada nem a mim mesmo... Me sinto mal vindo em cada solo que piso
Estou sempre esperando escrever o verso perfeito, a estrofe da vida, o poema que vai me fazer completo, e esse verso não me vem.
Esperarei com o olhar perdido no horizonte
E o coração repleto de louvor
Sou um soluço seco embaixo das cobertas em uma noite de frio...
30-3-2007
Bruno Otsuka
Há uma mancha negra...
Se expande como câncer
Na alma dos poetas
Festejo com fantasmas e danço com demônios
Recito para os mortos em sussurros
Danço e canto no escuro, fecho os olhos para o breu se adensar ainda mais...
Talvez para evitar expor a simples melancolia que bóia em meus olhos
Tão rasos para fora
Tão infinitos para dentro
Eu choro o mesmo tanto que sorrio
Sorrio por motivos nobres e estúpidos
Assim como choro por motivos da mesma magnitude
Acho que sou um apelo solitário
Minha obra reflete minha alma... redundante e cansativa, sempre a um passo de desistir
Insiste em permanecer estagnada... Reticente... Envergonhada...
Ainda assim me orgulha mais do que me envergonha, só pelo simples motivo de ser tudo que tenho
Minha poesia é minha vida, como não canso de dizer...
Buscarei sempre a felicidade, como general que parte para batalha já perdida
Quando seus exércitos já foram dizimados
Espada na bainha não tem valor, tampouco existe
Ninguém reconhece um homem de costas que se afasta
Há méritos em sangrar por algo nobre
Resta resguardar o pouco de dignidade que ainda sobrevive
Alguma honra tem que habitar o peito
Por mais fugidia e sorrateira que seja
Bebida já não faz mais o efeito que fazia.... Não em embriagar, mas em fazer sonhar, em amenizar
Suporto mil cachoeiras de lágrimas, se forem traduzidas em versos
Ser poeta é ser menos
Ao menos aos olhos comuns
Tenho que maltratar meu corpo para suportar a minha alma
Meu corpo não acompanha meu espírito incansável, sempre desperto e sonhador
Vai poeta... Vai que teus versos tem de alimentar teu espírito... Isso e só
Eu geralmente não penso, sinto...
Meu ser não agrada nem a mim mesmo... Me sinto mal vindo em cada solo que piso
Estou sempre esperando escrever o verso perfeito, a estrofe da vida, o poema que vai me fazer completo, e esse verso não me vem.
Esperarei com o olhar perdido no horizonte
E o coração repleto de louvor
Sou um soluço seco embaixo das cobertas em uma noite de frio...
30-3-2007
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Trecho de Comum noite densa
(...)Meus sonhos repousam logo ali
Num universo paralelo que não há como tocar
Afoguei tudo o que eu deveria ter feito
Agora estou perdido nesta noite seca
Então o mundo adormece e meus sonhos despertam
O peito aperta e choro baixinho, quase escondido
Porque tenho vergonha das minhas lágrimas(...)
Para quem quiser ler na íntegra,
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=866
Num universo paralelo que não há como tocar
Afoguei tudo o que eu deveria ter feito
Agora estou perdido nesta noite seca
Então o mundo adormece e meus sonhos despertam
O peito aperta e choro baixinho, quase escondido
Porque tenho vergonha das minhas lágrimas(...)
Para quem quiser ler na íntegra,
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=866
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Ensaios
Pequenos Ensaios de um mês em depressão XIII
Bruno Otsuka
Eu te amo tanto que queria que você morresse agora, assim, feliz
Sem ter de me ver definhar
Sem envelhecer tristemente
Sem porém, sem além
Lembro de todos os nossos bons momentos
- Todos os teus sorrisos planam em memória –
E penso em tudo o que teríamos de bom
Que viveríamos de bonito
- Em devaneios vejo tanto de completude que compartilharíamos –
Todos os teus sorrisos
Adeus.
Bruno Otsuka
Eu te amo tanto que queria que você morresse agora, assim, feliz
Sem ter de me ver definhar
Sem envelhecer tristemente
Sem porém, sem além
Lembro de todos os nossos bons momentos
- Todos os teus sorrisos planam em memória –
E penso em tudo o que teríamos de bom
Que viveríamos de bonito
- Em devaneios vejo tanto de completude que compartilharíamos –
Todos os teus sorrisos
Adeus.
Ensaios
Pequenos Ensaios de um mês em depressão VIII
Bruno Otsuka
Triste é o homem que abandona seus sonhos
Triste – e ainda mais –
É o sonho que morre embrião
E de uma imensa tristeza, o abandono
Não se supera jamais
Triste da vida que seria
Triste da vida privada de ser
Dói-me na alma olhar essas vidas
Em que viver se equipara a morrer
Triste é o “se” que gera uma dúvida
Mais triste é o “se” que habita o passado
Nada é mais triste que aquilo já traçado
Nada pior que um erro imutável
Sei que nunca fui nada e fico melancólico com uma profunda calma
Qual verso retrataria a profundidade desse enigma que dói em minha alma?
Bruno Otsuka
Triste é o homem que abandona seus sonhos
Triste – e ainda mais –
É o sonho que morre embrião
E de uma imensa tristeza, o abandono
Não se supera jamais
Triste da vida que seria
Triste da vida privada de ser
Dói-me na alma olhar essas vidas
Em que viver se equipara a morrer
Triste é o “se” que gera uma dúvida
Mais triste é o “se” que habita o passado
Nada é mais triste que aquilo já traçado
Nada pior que um erro imutável
Sei que nunca fui nada e fico melancólico com uma profunda calma
Qual verso retrataria a profundidade desse enigma que dói em minha alma?
Ensaios
Pequenos Ensaios de um mês em depressão I
Bruno Otsuka
Pegue meu cadáver
É todo teu...
Respira, mas não vive
Caminha, mas feneceu!
Ou deixe-o à sombra
À penumbra de um sonho meu
Deixe-o definhar
Ao derradeiro abraço de Morfeu.
Bruno Otsuka
Pegue meu cadáver
É todo teu...
Respira, mas não vive
Caminha, mas feneceu!
Ou deixe-o à sombra
À penumbra de um sonho meu
Deixe-o definhar
Ao derradeiro abraço de Morfeu.
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Minha vida foi uma noite
Sempre fui absolutamente imediatista
Sempre agi por puro e profundo impulso
Todo impulso que eu reprimo me faz morrer
E de tantas mortes já não sei mais o que é estar vivo
Enterrado em cárcere arbitrário já não sei o que persigo
Talvez por ser tão imediatista eu fique tão estagnado
Não consigo me mexer, já não posso fazer nada do passado
Vejo a vida beber minha liberdade que nunca houve
Vejo minha juventude sem sentido ou razão perecer
E sem nenhum motivo, existir me faz morrer
Esperando algo acontecer jurando que jamais serei
O mesmo tão ruim assim tenho de ser forte e grande
Tenho de aproveitar o ar que meus pulmões expande
E superar as trilhas de carmim
Ouvindo os tristes silvos da madrugada me sinto
Tão opaco
Vejo tudo que fiz e minto
Tentando me convencer de que tudo será melhor
Entrego-me primeiro a Baco
E logo após a Morfeu que vem trazer súcubos
A atormentar meu sono frágil
Fico toda tarde em estupor
Existo e morro mais uma vez
Ao saber que amigos meus
Esqueceram da minha dor
Sei que de mim resta o fulgor
Das cinzas daquilo que poderia ter sido
Se não fosse tão melancólico assim
Sei que tudo que eu tentei fazer de bom acabou sendo maldade
Eu sinto aquilo que um dia fora próximo se afastando lentamente
Cada vez mais se adensando, se mesclando com a bruma no horizonte inalcançável.
É durante a tarde que a tristeza me invade
Todos os pombos da paz estão mortos
Minhas paixões enterradas
Não tenho forças nem para gritar
Toda minha fúria revoltada
Paro na frente do espelho, ressacado
E flui pela minha mente que sou o vazio
Que inundou minha família de vácuo
Tenho ódio de todo verso que externo
Me sinto sonolento e indisposto
Mas sinto desde já o olor doce e acre do whisky
O cenário esfumaçado e trágico, onírico e eterno.
Vejo uma sombra esmaecer no espírito culpado
Vejo-me em cada momento mais maculado
Fito o vazio com descrença e desânimo
O mesmo vazio pelo qual sempre fui maltratado
Tenho amores que de tão belos me assustam
E não me sinto menos oco por isso
O mundo é um lugar muito duro
Quando se chora insone
Sozinho no escuro
-te encontro nos sonhos, sei que estarás ali
para sempre... jamais morrerias e sei onde estás-
Já que todo o meu verão não é o bastante para aquecer teu mundo
Tudo o que posso fazer é aguardar
Minha vida foi a mais longa das noites
De núpcias interrompidas
Passo-a em claro
Cantarolando em profundo solilóquio.
Bruno Otsuka
17-1-2007
Sempre agi por puro e profundo impulso
Todo impulso que eu reprimo me faz morrer
E de tantas mortes já não sei mais o que é estar vivo
Enterrado em cárcere arbitrário já não sei o que persigo
Talvez por ser tão imediatista eu fique tão estagnado
Não consigo me mexer, já não posso fazer nada do passado
Vejo a vida beber minha liberdade que nunca houve
Vejo minha juventude sem sentido ou razão perecer
E sem nenhum motivo, existir me faz morrer
Esperando algo acontecer jurando que jamais serei
O mesmo tão ruim assim tenho de ser forte e grande
Tenho de aproveitar o ar que meus pulmões expande
E superar as trilhas de carmim
Ouvindo os tristes silvos da madrugada me sinto
Tão opaco
Vejo tudo que fiz e minto
Tentando me convencer de que tudo será melhor
Entrego-me primeiro a Baco
E logo após a Morfeu que vem trazer súcubos
A atormentar meu sono frágil
Fico toda tarde em estupor
Existo e morro mais uma vez
Ao saber que amigos meus
Esqueceram da minha dor
Sei que de mim resta o fulgor
Das cinzas daquilo que poderia ter sido
Se não fosse tão melancólico assim
Sei que tudo que eu tentei fazer de bom acabou sendo maldade
Eu sinto aquilo que um dia fora próximo se afastando lentamente
Cada vez mais se adensando, se mesclando com a bruma no horizonte inalcançável.
É durante a tarde que a tristeza me invade
Todos os pombos da paz estão mortos
Minhas paixões enterradas
Não tenho forças nem para gritar
Toda minha fúria revoltada
Paro na frente do espelho, ressacado
E flui pela minha mente que sou o vazio
Que inundou minha família de vácuo
Tenho ódio de todo verso que externo
Me sinto sonolento e indisposto
Mas sinto desde já o olor doce e acre do whisky
O cenário esfumaçado e trágico, onírico e eterno.
Vejo uma sombra esmaecer no espírito culpado
Vejo-me em cada momento mais maculado
Fito o vazio com descrença e desânimo
O mesmo vazio pelo qual sempre fui maltratado
Tenho amores que de tão belos me assustam
E não me sinto menos oco por isso
O mundo é um lugar muito duro
Quando se chora insone
Sozinho no escuro
-te encontro nos sonhos, sei que estarás ali
para sempre... jamais morrerias e sei onde estás-
Já que todo o meu verão não é o bastante para aquecer teu mundo
Tudo o que posso fazer é aguardar
Minha vida foi a mais longa das noites
De núpcias interrompidas
Passo-a em claro
Cantarolando em profundo solilóquio.
Bruno Otsuka
17-1-2007
terça-feira, 28 de agosto de 2007
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
oh... the past
é, eu sei... estou saudosista... é saudade da inspiração, dos versos, da paz inquieta...
Juro que me dói... não, nada disso... outra coisa... ei... te amo... :) p a r a c a c e t e . . .
Me dá a mão?
Juro que me dói... não, nada disso... outra coisa... ei... te amo... :) p a r a c a c e t e . . .
Me dá a mão?
Não se esqueça do ramo de alecrim
Não se esqueça do ramo de alecrim
Bruno Otsuka
Quando for partir
Não deixe de olhar para trás
Quando for sorrir
Não se esqueça das lembranças más
O que ficou é o que te fará definhar
Teus erros
Teu penar
Teus passos aniquilam teus espaços
E não se esqueça de envelhecer...
Nada mais turvo que sofrer como criança
Tendo consciência do que significa a dor
Olhe no espelho e encare por cinco minutos
A fim de ver o que realmente é
E deixe de ser
A fim de sobreviver
Sinta estremecer de desalento
Pela miséria que se tornou
Teu sono que seja das maldições
A mais perturbadora.
Minha memória peca, ia te dizer algo...
Mas mesmo pecando memória e saúde, ficam os versos
Como prova de que existi
E existirei sem deixar máculas de caráter
Grita pequena. Grita que sedado não ouço teus murmúrios
Ou ao menos não me lembro de ter ouvido
Grita, que meus ouvidos entupidos de entorpecentes te ouvem
E os olhos boiando de embriaguez e sono contemplam
Enquanto brilhas mais que a lua
Inocente... Seja crucificada ao meu lado
Ingênuos e sem termos vivido
Faça da noite e de tua solitude teu cárcere mais profano,
para doravante abrir as asas de teu sorriso
Borboleta saindo do casulo
Tome o mundo como deveria ter sido
E mostre os dentes somente a aquilo com beleza real e que seja tão singelo que mereça esse brilho
Escuta...
Não conheço teus olhos
Mas visceralmente entendo tua alma.
31-1-2006
Bruno Otsuka
Quando for partir
Não deixe de olhar para trás
Quando for sorrir
Não se esqueça das lembranças más
O que ficou é o que te fará definhar
Teus erros
Teu penar
Teus passos aniquilam teus espaços
E não se esqueça de envelhecer...
Nada mais turvo que sofrer como criança
Tendo consciência do que significa a dor
Olhe no espelho e encare por cinco minutos
A fim de ver o que realmente é
E deixe de ser
A fim de sobreviver
Sinta estremecer de desalento
Pela miséria que se tornou
Teu sono que seja das maldições
A mais perturbadora.
Minha memória peca, ia te dizer algo...
Mas mesmo pecando memória e saúde, ficam os versos
Como prova de que existi
E existirei sem deixar máculas de caráter
Grita pequena. Grita que sedado não ouço teus murmúrios
Ou ao menos não me lembro de ter ouvido
Grita, que meus ouvidos entupidos de entorpecentes te ouvem
E os olhos boiando de embriaguez e sono contemplam
Enquanto brilhas mais que a lua
Inocente... Seja crucificada ao meu lado
Ingênuos e sem termos vivido
Faça da noite e de tua solitude teu cárcere mais profano,
para doravante abrir as asas de teu sorriso
Borboleta saindo do casulo
Tome o mundo como deveria ter sido
E mostre os dentes somente a aquilo com beleza real e que seja tão singelo que mereça esse brilho
Escuta...
Não conheço teus olhos
Mas visceralmente entendo tua alma.
31-1-2006
uma antiga
Ensaios
Bruno Otsuka
I
Sempre tateei no escuro
Existe o poeta
Pleno e perdido em tanto amor
II
O mais infeliz dos homens
Sonhos invadidos por toda dor que há
Não sabe mais o que é real
III
Os anos foram
Para onde não sei
Não, não voltam mais
IV
Moldei-me um homem para ti
Não sei mais viver sem ser o que me tornei
Sem esperar tua presença
V
É poeta
Vive no passado
Temendo o futuro
VI
Vives comigo em sonhos
Que são puros
Transbordam carinho
VII
Vampirismo psíquico
Dores musculares
Nenhuma esperança
VIII
Névoa suspensa no espaço
Branca escuridão
Vil
IX
Ante ontem não tenho passado
Ontem o passado me corrói
Hoje meus erros me mutilam
X
Grito com toda força que resta
Bolhas de desespero
De estar submerso
XI
Junto as palmas das mãos
Junto as plantas dos pés
E não entendo o que faço
XII
Logo que amanheceu
Havia um aperto
Rosnando no meu peito
XIII
Olhar cadavérico
Etéreo
Atroz
XIV
Tenho dúvidas na mente
Lágrimas nos olhos
E muita dor no coração
13-3-2005
Bruno Otsuka
I
Sempre tateei no escuro
Existe o poeta
Pleno e perdido em tanto amor
II
O mais infeliz dos homens
Sonhos invadidos por toda dor que há
Não sabe mais o que é real
III
Os anos foram
Para onde não sei
Não, não voltam mais
IV
Moldei-me um homem para ti
Não sei mais viver sem ser o que me tornei
Sem esperar tua presença
V
É poeta
Vive no passado
Temendo o futuro
VI
Vives comigo em sonhos
Que são puros
Transbordam carinho
VII
Vampirismo psíquico
Dores musculares
Nenhuma esperança
VIII
Névoa suspensa no espaço
Branca escuridão
Vil
IX
Ante ontem não tenho passado
Ontem o passado me corrói
Hoje meus erros me mutilam
X
Grito com toda força que resta
Bolhas de desespero
De estar submerso
XI
Junto as palmas das mãos
Junto as plantas dos pés
E não entendo o que faço
XII
Logo que amanheceu
Havia um aperto
Rosnando no meu peito
XIII
Olhar cadavérico
Etéreo
Atroz
XIV
Tenho dúvidas na mente
Lágrimas nos olhos
E muita dor no coração
13-3-2005
Trecho de Tocando Estrelas
Quanto mais eu tento tocar as estrelas
Mais as estrelas se afastam do meu céu
Enquanto turvo minha percepção
Na esperança de sentir algum alívio
Flagelo-me ao léu
Acredito na beleza
Respostas trazidas pelo vento
Em suaves harmonias
Almofadas de cimento
Meu repouso está mais próximo de tormento
Do que de descanso propriamente dito
E que todo o sofrimento
Seja da felicidade o requisito
http://darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=730
Mais as estrelas se afastam do meu céu
Enquanto turvo minha percepção
Na esperança de sentir algum alívio
Flagelo-me ao léu
Acredito na beleza
Respostas trazidas pelo vento
Em suaves harmonias
Almofadas de cimento
Meu repouso está mais próximo de tormento
Do que de descanso propriamente dito
E que todo o sofrimento
Seja da felicidade o requisito
http://darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=730
Charles Baudelaire
"Poesia é simplesmente linguagem repleta no grau máximo possível de significado."
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Outer view
As vezes não se vê a verdade quando está muito próxima
E quando se vê já está de costas
Já está mudada e talvez não seja mais a verdade
Eu por meu lado me engano
É uma forma doentia de sofrer menos
Creio, por não ter possibilidade de suportar mais.
E quando se vê já está de costas
Já está mudada e talvez não seja mais a verdade
Eu por meu lado me engano
É uma forma doentia de sofrer menos
Creio, por não ter possibilidade de suportar mais.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
O cumpridor de promessas
Dois anos e oito meses e só conseguiu realmente sentir a brisa e inspirá-la de modo visceral, quando deu o primeiro passo para fora do hospital psiquiátrico onde jamais se sentira bem vindo ou adequado.
Após o impessoal ruído metálico das portas se fechando atrás de si (2 anos e oito meses antes o mundo estava atrás, agora, o inferno), pode viver aquele ar puro, campestre.
Um amor. Quase três anos de tortura por amar uma mulher. Respirou fundo mais uma vez e decidiu dar seus primeiros passos em liberdade – sabia no fundo que jamais estaria livre daquela chaga negra em seu espírito -.
Por um tempo caminhou a esmo, já que não tinha ninguém que o esperasse ou alguém para esperar. Continuou deliciando-se conforme lhe foi possível com o sopro leve e frio das montanhas de outono.
Sentia o empurrão de vento dos raros carros que passavam e imaginava que tipo de vida se escondia atrás daquelas armaduras de metal quando, finalmente, encontrou um café de beira de estrada que assim como a estrada estava cercado pela vegetação densa e autunal.
Entrou, esquentou o balcão com sua barriga inexistente e pediu um Pernod Ricard, com muito gelo por favor. O primeiro gole o fez sua de prazer e de angústia, na mente voltava o primeiro choque e os vômitos causados por pesadíssimos anti-depressivos.
Sorriu. Era livre agora, livre para um novo rumo, uma nova vida, livre para sofrer sozinho com suas lembranças e escolhas, jurou que manteria aquele sorriso e aquela sensação de alegria até o seu último segundo. Sentia isso fundo na alma.
O segundo gole trouxe prazer físico e moral, pediu um peixe grelhado e perguntou se poderia conhecer a cozinha.
Cozinha simples, mas organizada, honesta. Ao dizer olá muito prazer aos de direito, pegou a primeira faca que lhe pareceu afiada e dilacerou o próprio pescoço.
Desabou sorrindo, e o mesmo sorriso permaneceu.
Após o impessoal ruído metálico das portas se fechando atrás de si (2 anos e oito meses antes o mundo estava atrás, agora, o inferno), pode viver aquele ar puro, campestre.
Um amor. Quase três anos de tortura por amar uma mulher. Respirou fundo mais uma vez e decidiu dar seus primeiros passos em liberdade – sabia no fundo que jamais estaria livre daquela chaga negra em seu espírito -.
Por um tempo caminhou a esmo, já que não tinha ninguém que o esperasse ou alguém para esperar. Continuou deliciando-se conforme lhe foi possível com o sopro leve e frio das montanhas de outono.
Sentia o empurrão de vento dos raros carros que passavam e imaginava que tipo de vida se escondia atrás daquelas armaduras de metal quando, finalmente, encontrou um café de beira de estrada que assim como a estrada estava cercado pela vegetação densa e autunal.
Entrou, esquentou o balcão com sua barriga inexistente e pediu um Pernod Ricard, com muito gelo por favor. O primeiro gole o fez sua de prazer e de angústia, na mente voltava o primeiro choque e os vômitos causados por pesadíssimos anti-depressivos.
Sorriu. Era livre agora, livre para um novo rumo, uma nova vida, livre para sofrer sozinho com suas lembranças e escolhas, jurou que manteria aquele sorriso e aquela sensação de alegria até o seu último segundo. Sentia isso fundo na alma.
O segundo gole trouxe prazer físico e moral, pediu um peixe grelhado e perguntou se poderia conhecer a cozinha.
Cozinha simples, mas organizada, honesta. Ao dizer olá muito prazer aos de direito, pegou a primeira faca que lhe pareceu afiada e dilacerou o próprio pescoço.
Desabou sorrindo, e o mesmo sorriso permaneceu.
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Biscoito da sorte
Existiu, faz um certo tempo, um jovem rapaz que achou um biscoito da sorte no chão.
O biscoito disse:
Corra atrás dos seus sonhos.
Ele foi infeliz
Primeira hipótese: O biscoito mentiu.
Segunda hipótese: O rapaz não corria rápido o suficiente ou era o sonho que estava distante demais?
Terceira hipótese: Ele já era infeliz, que muda uma escolha?
O biscoito disse:
Corra atrás dos seus sonhos.
Ele foi infeliz
Primeira hipótese: O biscoito mentiu.
Segunda hipótese: O rapaz não corria rápido o suficiente ou era o sonho que estava distante demais?
Terceira hipótese: Ele já era infeliz, que muda uma escolha?
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Indecisão
qual dos 2 é melhor?
Um frágil poema
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=650
ou
Teu arrependimento
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=508
Um frágil poema
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=650
ou
Teu arrependimento
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=508
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Trecho de Sonho e não sei acordar
Redescubro todo meu poder de sentir angústia
A embrulhar-me o estômago em greve
Olho meus erros em cada minúcia
Não hesito em chorar, mas procuro ser breve.
http://darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=631
A embrulhar-me o estômago em greve
Olho meus erros em cada minúcia
Não hesito em chorar, mas procuro ser breve.
http://darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=631
terça-feira, 31 de julho de 2007
Ricardo Otsuka
após eu ter resolvido um pequeno problema
Porra pai... o que seria de você sem mim?
Rico filho...
Porra pai... o que seria de você sem mim?
Rico filho...
sexta-feira, 27 de julho de 2007
quarta-feira, 25 de julho de 2007
enfim, versos
Há versos que eu sinto ser o último
Há dias que eu sinto que pode ser o último
Suspiros... Nunca senti o último
E eu a tanto tempo sem fazer versos
Versos que fazem suspirar
Fiz nesta noite passada, insone, um poema
E houve uma das coisas que realmente me incomodam:
Lágrimas bobas.
Segue um trecho do poema chamado Lamento
Foram anos inefáveis
Tudo que fiz ou vi
Não necessariamente vivi
Não sou isento de culpa, mas de vida
Quantas noites não cantei versos
E quantas vezes não me ouvi?(...)
Link http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=850
Há dias que eu sinto que pode ser o último
Suspiros... Nunca senti o último
E eu a tanto tempo sem fazer versos
Versos que fazem suspirar
Fiz nesta noite passada, insone, um poema
E houve uma das coisas que realmente me incomodam:
Lágrimas bobas.
Segue um trecho do poema chamado Lamento
Foram anos inefáveis
Tudo que fiz ou vi
Não necessariamente vivi
Não sou isento de culpa, mas de vida
Quantas noites não cantei versos
E quantas vezes não me ouvi?(...)
Link http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=850
segunda-feira, 23 de julho de 2007
sábado, 21 de julho de 2007
Nada vale a pena
Tomou banho, perfumou-se
Foi à manicure pela primeira vez
foi ao barbeiro
cortou o cabelo e fez a barba
Comprou roupa nova, vestiu-se
Foi ao dentista
Tudo para ela
Ataque cardíaco
Fez tudo para morrer bonitinho
Foi à manicure pela primeira vez
foi ao barbeiro
cortou o cabelo e fez a barba
Comprou roupa nova, vestiu-se
Foi ao dentista
Tudo para ela
Ataque cardíaco
Fez tudo para morrer bonitinho
Nightmare
A história é sempre igual
duas horas de sono mal dormido por noite e um pesadelo horrível e terrivelmente real
olha... sério, não suporto mais não...
duas horas de sono mal dormido por noite e um pesadelo horrível e terrivelmente real
olha... sério, não suporto mais não...
segunda-feira, 16 de julho de 2007
As qualidades você já conhece...
Sei bem que poderia ser um homem melhor para você
-Em meus hábitos, minhas atitudes, meu ciúme, meus medos-
Sei também que (aos poucos) serei
O que me intriga é saber que é impossível eu te amar amanhã, ainda mais do que eu te amo hoje
E sei que amanhã amarei mais.
-Em meus hábitos, minhas atitudes, meu ciúme, meus medos-
Sei também que (aos poucos) serei
O que me intriga é saber que é impossível eu te amar amanhã, ainda mais do que eu te amo hoje
E sei que amanhã amarei mais.
Já que dizem que EU só falo de MIM
EU fico com o sonho que inebria
Com a eterna felicidade como cisma
Durmo com a plena insônia bêbada
Das trevas em que minha alma abisma
EU suspiro na sombra fria
E sei que minha grande fantasia
De felicidade e alegrias matinais
São a mais longínqua utopia.
Com a eterna felicidade como cisma
Durmo com a plena insônia bêbada
Das trevas em que minha alma abisma
EU suspiro na sombra fria
E sei que minha grande fantasia
De felicidade e alegrias matinais
São a mais longínqua utopia.
Sai pra lá limítrofe
hey... não me culpem por fugir dos seres humanos vazios....
Eu fujo, ignoro, fujo de novo, e o faço com orgulho de poeta
se é que existe orgulho em ser poeta
Eu fujo, ignoro, fujo de novo, e o faço com orgulho de poeta
se é que existe orgulho em ser poeta
sábado, 14 de julho de 2007
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Elenice Mori
um trecho de um post da lele
"E quem precisa de um poeta dentro de si?
Pretensão, fantasia, ou mesmo inveja dos poetas que me fascinam e transportam para outra dimensão.
Poetas são seres cujo talento vai além do simples querer. Fazer poesia é algo sagrado e especial, e poetas são anjos que foram criados para nos lembrar que existe sonho, que existe dor, que existe amor, ódio, que existe o bem e o mal. E que a despeito disto tudo, existe beleza e harmonia em cada canto do universo."
brilhante lele.
"E quem precisa de um poeta dentro de si?
Pretensão, fantasia, ou mesmo inveja dos poetas que me fascinam e transportam para outra dimensão.
Poetas são seres cujo talento vai além do simples querer. Fazer poesia é algo sagrado e especial, e poetas são anjos que foram criados para nos lembrar que existe sonho, que existe dor, que existe amor, ódio, que existe o bem e o mal. E que a despeito disto tudo, existe beleza e harmonia em cada canto do universo."
brilhante lele.
terça-feira, 10 de julho de 2007
Farelo
Não hesitei um instante sequer
E minha vida foi desfeita
Antes mesmo de ser feita
Por um par de olhos de mulher!
São breves instantes
Que transformam simples corpos
Em olhares amantes.
E minha vida foi desfeita
Antes mesmo de ser feita
Por um par de olhos de mulher!
São breves instantes
Que transformam simples corpos
Em olhares amantes.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
sexta-feira, 6 de julho de 2007
I feel so hollow
O que, fora whisky e um abraço de alguém querido traz mais bem e alívio para uma alma em agonia
Do que uma música que a traduza?
A música ativa em nós um sentido além dos 5, preenche um pouco do vazio que insiste em estar no peito de alguns de nós.
Desculpe pelo tamanho, eu sei que a idéia do blog é ser dinâmico, mas...
---------------------------------------------------------------------
Björk
"I've Seen It All"
I've seen it all, I have seen the trees,
I've seen the willow leaves dancing in the breeze
I've seen a man killed by his best friend,
And lives that were over before they were spent.
I've seen what I was - I know what I'll be
I've seen it all - there is no more to see!
You haven't seen elephants, kings or Peru!
I'm happy to say I had better to do
What about China? Have you seen the Great Wall?
All walls are great, if the roof doesn't fall!
And the man you will marry?
The home you will share?
To be honest, I really don't care...
You've never been to Niagara Falls?
I have seen water, its water, that's all...
The Eiffel Tower, the Empire State?
My pulse was as high on my very first date!
Your grandson's hand as he plays with your hair?
To be honest, I really don't care...
I've seen it all, I've seen the dark
I've seen the brightness in one little spark.
I've seen what I chose and I've seen what I need,
And that is enough, to want more would be greed.
I've seen what I was and I know what I'll be
I've seen it all - there is no more to see!
You've seen it all and all you have seen
You can always review on your own little screen
The light and the dark, the big and the small
Just keep in mind - you need no more at all
You've seen what you were and know what you'll be
You've seen it all - there is no more to see!
------------
Ela canta essa música com o Thom Yorke no FANTÁSTICO filme, Dançando no escuro, estrelado pela mesma, quem não viu, deveria largar o que está fazendo e assistir.
Do que uma música que a traduza?
A música ativa em nós um sentido além dos 5, preenche um pouco do vazio que insiste em estar no peito de alguns de nós.
Desculpe pelo tamanho, eu sei que a idéia do blog é ser dinâmico, mas...
---------------------------------------------------------------------
Björk
"I've Seen It All"
I've seen it all, I have seen the trees,
I've seen the willow leaves dancing in the breeze
I've seen a man killed by his best friend,
And lives that were over before they were spent.
I've seen what I was - I know what I'll be
I've seen it all - there is no more to see!
You haven't seen elephants, kings or Peru!
I'm happy to say I had better to do
What about China? Have you seen the Great Wall?
All walls are great, if the roof doesn't fall!
And the man you will marry?
The home you will share?
To be honest, I really don't care...
You've never been to Niagara Falls?
I have seen water, its water, that's all...
The Eiffel Tower, the Empire State?
My pulse was as high on my very first date!
Your grandson's hand as he plays with your hair?
To be honest, I really don't care...
I've seen it all, I've seen the dark
I've seen the brightness in one little spark.
I've seen what I chose and I've seen what I need,
And that is enough, to want more would be greed.
I've seen what I was and I know what I'll be
I've seen it all - there is no more to see!
You've seen it all and all you have seen
You can always review on your own little screen
The light and the dark, the big and the small
Just keep in mind - you need no more at all
You've seen what you were and know what you'll be
You've seen it all - there is no more to see!
------------
Ela canta essa música com o Thom Yorke no FANTÁSTICO filme, Dançando no escuro, estrelado pela mesma, quem não viu, deveria largar o que está fazendo e assistir.
mais do mesmo
Silencio meus passos hesitantes no escuro
Na obscura hora derradeira
Quando imóvel meus olhos vidram
Por minha lágrima primeira
Na obscura hora derradeira
Quando imóvel meus olhos vidram
Por minha lágrima primeira
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Contraste
Respiro fundo num susto
E num soluço de lucidez
Reconheço mais uma vez
A treva que em mim mora
Sem que eu possa impedir
-Enxame de sordidez-
Chega a fria luz da aurora.
Bruno Kendy Otsuka
E num soluço de lucidez
Reconheço mais uma vez
A treva que em mim mora
Sem que eu possa impedir
-Enxame de sordidez-
Chega a fria luz da aurora.
Bruno Kendy Otsuka
Evapora tão rápido...
Quem nunca sofreu a agonia de perder um verso! Estou ficando relapso... Perdi duas idéias em dois dias... Talvez isso signifique alguma coisa... E toda coisa que significa alguma coisa me amedronta...
Evapora rápido ou é minha cabeça que já não ajuda?
Tenho inveja daqueles poetas cantadores de odes, os declamadores que tinham mil poemas na cabeça e recitavam quando finalmente a noite lhes chegava através do absinto e do ópio...
Talvez meus versos não sejam suficientemente bons para serem lembrados... Nem por mim, que de fato, não recito um poema inteiro de cor sequer...
A única poesia que eu tenho de cor é o soneto "Versos Íntimos" de Augusto dos Anjos, digníssima de ser lembrada.
Evapora rápido ou é minha cabeça que já não ajuda?
Tenho inveja daqueles poetas cantadores de odes, os declamadores que tinham mil poemas na cabeça e recitavam quando finalmente a noite lhes chegava através do absinto e do ópio...
Talvez meus versos não sejam suficientemente bons para serem lembrados... Nem por mim, que de fato, não recito um poema inteiro de cor sequer...
A única poesia que eu tenho de cor é o soneto "Versos Íntimos" de Augusto dos Anjos, digníssima de ser lembrada.
Attilio Milano
"Poesia é doença que só encontra remédio na morte"
"A morte levou-te cedo para que a tua glória não viesse tarde"
in: Prefácio de Poesias Completas de Álvares de Azevedo
"A morte levou-te cedo para que a tua glória não viesse tarde"
in: Prefácio de Poesias Completas de Álvares de Azevedo
terça-feira, 3 de julho de 2007
Um poema do começo do ano
Filho da Metrópole
Bruno Otsuka
Sou filho da metrópole
Já nasci contaminado, doente
Todas as minhas ânsias
São urgentes
Não há em quem possa confiar
Não há alguém para crer
Sabiamente não procuro respostas
Aguardo pacientemente perecer
Não pode perder o rumo
Aquele que nunca soube o caminho
Não tem como se perder
Aquele que já nasceu sozinho
Sou filho da metrópole
Não se encontra quem já nasceu perdido
Paranóico num oceano de gente
Na nascente eu já estava poluído
Sociofóbico e inativo
Nunca me sinto bem vindo
Sem lar, existindo sem motivo
Apavorado, peregrino sem sentido
Sou o que restou de uma epidemia
Sou advindo da mais rubra hemorragia
Internamente corrosiva
Sou o abrigo da agonia
Sou cria de uma cultura de abandono
Mutação da mais devastadora doença
Cultura de estereótipos e indiferença
Sou o resultado da mais niilista descrença
Sou fruto dessa cidade, cárcere seletivo
Onde cada presença pesa mais que qualquer ausência
São todos pálidos os sorrisos
Filho da metrópole que esmorece em sangria
Noites mal dormidas esmaecendo em sono denso
Indisposição perfumando cada dia
Sou resultado da mais profunda desarmonia
Caminho e tenho sonhos inalcançáveis
Semeando o abismo que angustia
Sento-me nos bares e bebo para conseguir dormir
Olho as construções e ouço as músicas que alimentam
Vejo um mundo, sinto a brisa no rosto e lembro das crianças
Nada são senão poços infindos exalando desesperanças.
12-1-2007
Bruno Otsuka
Sou filho da metrópole
Já nasci contaminado, doente
Todas as minhas ânsias
São urgentes
Não há em quem possa confiar
Não há alguém para crer
Sabiamente não procuro respostas
Aguardo pacientemente perecer
Não pode perder o rumo
Aquele que nunca soube o caminho
Não tem como se perder
Aquele que já nasceu sozinho
Sou filho da metrópole
Não se encontra quem já nasceu perdido
Paranóico num oceano de gente
Na nascente eu já estava poluído
Sociofóbico e inativo
Nunca me sinto bem vindo
Sem lar, existindo sem motivo
Apavorado, peregrino sem sentido
Sou o que restou de uma epidemia
Sou advindo da mais rubra hemorragia
Internamente corrosiva
Sou o abrigo da agonia
Sou cria de uma cultura de abandono
Mutação da mais devastadora doença
Cultura de estereótipos e indiferença
Sou o resultado da mais niilista descrença
Sou fruto dessa cidade, cárcere seletivo
Onde cada presença pesa mais que qualquer ausência
São todos pálidos os sorrisos
Filho da metrópole que esmorece em sangria
Noites mal dormidas esmaecendo em sono denso
Indisposição perfumando cada dia
Sou resultado da mais profunda desarmonia
Caminho e tenho sonhos inalcançáveis
Semeando o abismo que angustia
Sento-me nos bares e bebo para conseguir dormir
Olho as construções e ouço as músicas que alimentam
Vejo um mundo, sinto a brisa no rosto e lembro das crianças
Nada são senão poços infindos exalando desesperanças.
12-1-2007
quarta-feira, 27 de junho de 2007
Poesia no dd
Por quê tu escreve o tempo todo nesse caderno ou nesse computador cara?
Sei lá Zéssilva, para doer menos
E tu não acha meio gay esse negócio mala de ce estar sempre triste, escrevendo coisas tristes, sempre à beira das lágrimas, do colapso?
Acho, fica quieto que to procurando um verso
Tu me deixa angustiado irmão...
Não sei Zéssilva, foi mal, escrevo porque me vem, porque abranda, para talvez as pessoas que amo hoje e as que vier a amar amanhã tenham algumas linhas para ler quando for demais para mim.
For demais o que cara? Como assim?
Ce é burro Zé?
Sei lá Zéssilva, para doer menos
E tu não acha meio gay esse negócio mala de ce estar sempre triste, escrevendo coisas tristes, sempre à beira das lágrimas, do colapso?
Acho, fica quieto que to procurando um verso
Tu me deixa angustiado irmão...
Não sei Zéssilva, foi mal, escrevo porque me vem, porque abranda, para talvez as pessoas que amo hoje e as que vier a amar amanhã tenham algumas linhas para ler quando for demais para mim.
For demais o que cara? Como assim?
Ce é burro Zé?
Sempre igual
Sempre assim... uma coisa nega a outra e as duas fazem sofrer.
Nasci para ficar só e não suporto a solidão
Meu instinto sempre me leva covardemente rumo à auto destruição.
Nasci para ficar só e não suporto a solidão
Meu instinto sempre me leva covardemente rumo à auto destruição.
Nada de novo, de novo, nada
Nada de novo, nos dois sentidos...
Mas como não estou inspirado, como deveria estar normalmente pelo jeito que me sinto agora, vou escrever a esmo essas linhas para ver se escorre um pouquinho de dor para fora da alma
Existe um estágio da tristeza que não dá nem pra respirar
Não estou cinza, estou apagado.
Mas como não estou inspirado, como deveria estar normalmente pelo jeito que me sinto agora, vou escrever a esmo essas linhas para ver se escorre um pouquinho de dor para fora da alma
Existe um estágio da tristeza que não dá nem pra respirar
Não estou cinza, estou apagado.
quarta-feira, 20 de junho de 2007
domingo, 17 de junho de 2007
Post para ninguém comentar
Olha... eu sou muito doente... isso me machuca para caralho... e o que me machuca mais é a minha existência fazer sofrer aqueles que eu mais amo...
Está tão além de tristeza que nem consigo me expressar...
Está tão além de tristeza que nem consigo me expressar...
sábado, 16 de junho de 2007
Mark Ryden
quinta-feira, 14 de junho de 2007
8 anos... parabéns para nós anjinho...
Você era uma menina muito menina. Teus olhos que me ensinaram o que é pureza cativaram e mostraram um pouco o que é alegria ao meu coração tão revoltado.
Então eu te amei. Te amei como jamais havia pensado ser possível amar. Te contei sobre meu mundo adolescente, que era estranho e aprendi sobre teu mundo, que era doce.
Você anjinho, era ingênua e eu te apresentei ao mundo - as boas comidas, bons ambientes, boa bebida (que ainda bem, até hoje você não bebe), viajamos e fomos um feixe de amor no turbilhão desse mundo cada vez mais amaldiçoado. Enquanto eu te mostrava tudo que tinha de bom e de ruim em mim, você anjinho, me ensinava as coisas boas, não do mundo, mas da vida. Me ensinava a ter prazer em entrar no mar e ver teu sorriso cheio de arrepios, quando se refrescava na marola, me fez ter prazer em ver o sol, a lua, as estrelas, e me ensinando a enxergar esse tipo de coisa, fez de mim um poeta melhor, moldou um homem que entende as coisas que não custam dinheiro, um sorriso pela manhã de lábios prestes a dizer eu te amo.
Claro, anjinho, que eu te agradeço e te ofereço toda minha devoção. Afinal, se não fossem tuas lições, tão serenas (até as silenciosas), eu jamais suportaria as dificuldades que encontro diariamente, jamais pensaria em ter filhos e ensinar a eles tudo de bom que agora sabemos juntos.
Eu vejo beleza nos pássaros que em minha era pre-rosaniana eu matava. Vejo prazer em coisas que antes para mim não existiam, como criar um gato e trocar carinho com o mundo.
Você anjinho, tirou o ódio do meu peito e me permitiu perceber que dias podem ser bonitos e luares marfinizados.
Você faz de mim um homem melhor até quando eu velo teu sono, me mostrou que o verdadeiro amor é eterno.
Eu te amo, obrigado pela inocência tão sábia.
Sempre,
Bruno Otsuka
Então eu te amei. Te amei como jamais havia pensado ser possível amar. Te contei sobre meu mundo adolescente, que era estranho e aprendi sobre teu mundo, que era doce.
Você anjinho, era ingênua e eu te apresentei ao mundo - as boas comidas, bons ambientes, boa bebida (que ainda bem, até hoje você não bebe), viajamos e fomos um feixe de amor no turbilhão desse mundo cada vez mais amaldiçoado. Enquanto eu te mostrava tudo que tinha de bom e de ruim em mim, você anjinho, me ensinava as coisas boas, não do mundo, mas da vida. Me ensinava a ter prazer em entrar no mar e ver teu sorriso cheio de arrepios, quando se refrescava na marola, me fez ter prazer em ver o sol, a lua, as estrelas, e me ensinando a enxergar esse tipo de coisa, fez de mim um poeta melhor, moldou um homem que entende as coisas que não custam dinheiro, um sorriso pela manhã de lábios prestes a dizer eu te amo.
Claro, anjinho, que eu te agradeço e te ofereço toda minha devoção. Afinal, se não fossem tuas lições, tão serenas (até as silenciosas), eu jamais suportaria as dificuldades que encontro diariamente, jamais pensaria em ter filhos e ensinar a eles tudo de bom que agora sabemos juntos.
Eu vejo beleza nos pássaros que em minha era pre-rosaniana eu matava. Vejo prazer em coisas que antes para mim não existiam, como criar um gato e trocar carinho com o mundo.
Você anjinho, tirou o ódio do meu peito e me permitiu perceber que dias podem ser bonitos e luares marfinizados.
Você faz de mim um homem melhor até quando eu velo teu sono, me mostrou que o verdadeiro amor é eterno.
Eu te amo, obrigado pela inocência tão sábia.
Sempre,
Bruno Otsuka
quarta-feira, 13 de junho de 2007
De ovelhas à cavalos.
Dentro de cada ser humano existe censura. Dentro de todo ser humano existe preconceito, eu disse TODO.
O pudor mata o espírito criativo, nascemos todos com um cabresto moral (com direito a antolhos, bridão e bocado), invisível e sempre presente, que nos freia e só podemos olhar para um lado, ver um ângulo, ter uma opinião. Aí entra a imaginação, começam as guerras, aí germina a depressão, aí é aceita a opressão.
A inspiração remove temporariamente o cabresto e nos permite ter um lampejo de vida, nos separa por um relance da manada.
O pudor mata o espírito criativo, nascemos todos com um cabresto moral (com direito a antolhos, bridão e bocado), invisível e sempre presente, que nos freia e só podemos olhar para um lado, ver um ângulo, ter uma opinião. Aí entra a imaginação, começam as guerras, aí germina a depressão, aí é aceita a opressão.
A inspiração remove temporariamente o cabresto e nos permite ter um lampejo de vida, nos separa por um relance da manada.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
trecho de dd704
-Para que servem os sonhos
Se se frustra a cada dia?
Fite, se assuste
Com meu olhar de agonia!
Que seja intenso e catatônico
Que seja uma experiência fugidia
Diga que gostou
Vamos
Diga que queria!
Se se frustra a cada dia?
Fite, se assuste
Com meu olhar de agonia!
Que seja intenso e catatônico
Que seja uma experiência fugidia
Diga que gostou
Vamos
Diga que queria!
trecho de dd714
Um falso colorido perfuma as madrugadas
Brisa fria em meu rosto
Me mostra que ainda há o que morrer
Teus lábios roçaram minha sombra no infinito.
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=714
Brisa fria em meu rosto
Me mostra que ainda há o que morrer
Teus lábios roçaram minha sombra no infinito.
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=714
conversa de msn sobre o post mais uma frase
conversa sobre um post e comentário com a lele
¥ Otsuka ¥ diz:
gostei
¥ Otsuka ¥ diz:
Mais uma frase
Esquecer é matar
Postado por Bruno Otsuka às 21:15
1 comentários:
Elenice disse...
Crime, inafiançavel e com direito à prisão perpétua que é pra não esquecer.
¥ Otsuka ¥ diz:
você quis dizer o que eu entendi?
Le diz:
sim
Le diz:
acho que sim
Le diz:
o que você nao entendeu ?
Le diz:
o significado da resposta é dúbio
Le diz:
prisão perpétua
¥ Otsuka ¥ diz:
eu entendi que você disse que assim que vocêc esquece a pessoa, fica preso à lembrança que não existe mais
Le diz:
ai meu deus que confusão
na minha cabeçaa
Le diz:
e se obriga a ficar sem isto para a eternidade. é a lembrança de nao ter lembranças
Le diz:
ufa !
¥ Otsuka ¥ diz:
a alma sente, mas a mente não lembra
¥ Otsuka ¥ diz:
é como ficar triste e não saber o motivo
do caralho não?
se fosse um imbecil qualquer (daqueles que acatam o segundo passo para ser jovem e feliz, eu teria certeza que ele estaria pensando literalmente em matar a tiros)
¥ Otsuka ¥ diz:
gostei
¥ Otsuka ¥ diz:
Mais uma frase
Esquecer é matar
Postado por Bruno Otsuka às 21:15
1 comentários:
Elenice disse...
Crime, inafiançavel e com direito à prisão perpétua que é pra não esquecer.
¥ Otsuka ¥ diz:
você quis dizer o que eu entendi?
Le diz:
sim
Le diz:
acho que sim
Le diz:
o que você nao entendeu ?
Le diz:
o significado da resposta é dúbio
Le diz:
prisão perpétua
¥ Otsuka ¥ diz:
eu entendi que você disse que assim que vocêc esquece a pessoa, fica preso à lembrança que não existe mais
Le diz:
ai meu deus que confusão
na minha cabeçaa
Le diz:
e se obriga a ficar sem isto para a eternidade. é a lembrança de nao ter lembranças
Le diz:
ufa !
¥ Otsuka ¥ diz:
a alma sente, mas a mente não lembra
¥ Otsuka ¥ diz:
é como ficar triste e não saber o motivo
do caralho não?
se fosse um imbecil qualquer (daqueles que acatam o segundo passo para ser jovem e feliz, eu teria certeza que ele estaria pensando literalmente em matar a tiros)
Um momento de revolta, ato terceiro
Não deu, tive que postar tudo
1. Experimente de tudo duas vezes. Na lápide de Madams (de "Whelan's and Madam") ela diz que gostaria de ter o seguinte epitáfio: Experimentei de tudo em dobro... amei as duas vezes!
Obrigado, não quero dar a bunda e nem tomar heroína.
(tem como experimentar ser homem bomba duas vezes?)
2. Mantenha apenas os amigos alegres.
Os tristes te deprimem. (tenha isso em mente e certifique-se que você não é um desses depressivos;)
para esse eu já fiz um post inteirinho
5. Ria com freqüência, em alto e bom som. Ria até perder o fôlego. E se você tiver um amigo que te faça rir, procure estar bastante tempo na companhia dele/dela.
claro, afinal de contas... mate os depressivos
6. Se vierem lágrimas: Resista, recupere-se e siga em frente. A única pessoa que está com você a tua vida inteira é você mesmo.
VIVA enquanto estiver vivo!
esse tem seu ato segundo
7. Cerque-se de coisas que você ama: não importa se é sua família, seus amigos, seus animais de estimação, música, plantas, hobbies, o que quer que seja.
Sua casa é seu refúgio!
Obrigado pela dica, agora eu sei que eu não preciso comprar um cd de axé sendo que eu odeio axé....
9. Não vá a lugares onde não se sinta bem. Saia para ir ao shopping, mesmo que seja num outro bairro, numa outra cidade, mas NÃO vá a lugares que te deprimam.
E agora MEU DEUS! eu odeio shopping!!!
Que controverso! Não vá a lugares onde não se sinta bem... tá... saia para is ao shopping... aaaahhh
E NÃO VÁ A LUGARES QUE TE DEPRIMAM... COMO A CASA DAQUELE SEU AMIGO DEPRESSIVO QUE O SEGUNDO PASSO PARA SER JOVEM E FELIZ DISSE PRA VOCÊ ABANDONAR
Morte sob tortura Otsukiana aos que escrevem e que não deveriam ter nascido.
1. Experimente de tudo duas vezes. Na lápide de Madams (de "Whelan's and Madam") ela diz que gostaria de ter o seguinte epitáfio: Experimentei de tudo em dobro... amei as duas vezes!
Obrigado, não quero dar a bunda e nem tomar heroína.
(tem como experimentar ser homem bomba duas vezes?)
2. Mantenha apenas os amigos alegres.
Os tristes te deprimem. (tenha isso em mente e certifique-se que você não é um desses depressivos;)
para esse eu já fiz um post inteirinho
5. Ria com freqüência, em alto e bom som. Ria até perder o fôlego. E se você tiver um amigo que te faça rir, procure estar bastante tempo na companhia dele/dela.
claro, afinal de contas... mate os depressivos
6. Se vierem lágrimas: Resista, recupere-se e siga em frente. A única pessoa que está com você a tua vida inteira é você mesmo.
VIVA enquanto estiver vivo!
esse tem seu ato segundo
7. Cerque-se de coisas que você ama: não importa se é sua família, seus amigos, seus animais de estimação, música, plantas, hobbies, o que quer que seja.
Sua casa é seu refúgio!
Obrigado pela dica, agora eu sei que eu não preciso comprar um cd de axé sendo que eu odeio axé....
9. Não vá a lugares onde não se sinta bem. Saia para ir ao shopping, mesmo que seja num outro bairro, numa outra cidade, mas NÃO vá a lugares que te deprimam.
E agora MEU DEUS! eu odeio shopping!!!
Que controverso! Não vá a lugares onde não se sinta bem... tá... saia para is ao shopping... aaaahhh
E NÃO VÁ A LUGARES QUE TE DEPRIMAM... COMO A CASA DAQUELE SEU AMIGO DEPRESSIVO QUE O SEGUNDO PASSO PARA SER JOVEM E FELIZ DISSE PRA VOCÊ ABANDONAR
Morte sob tortura Otsukiana aos que escrevem e que não deveriam ter nascido.
Um momento de revolta, ato segundo
6. Se vierem lágrimas: Resista, recupere-se e siga em frente. A única pessoa que está com você a tua vida inteira é você mesmo.
VIVA enquanto estiver vivo!
Isso... grande! Profeta! Gênio! Mestre! Grandessíssimo filho da puta
pergunte a qualquer médico se faz bem segurar o choro... Faz um puta bem chamado cancer.
VIVA ENQUANTO ESTIVER VIVO?
Ah, brigado... putz... que dica cara... nossa Zéssilva... c viu a dica que esse cara deu?
Morte e inferno aos que escrevem sem ter cérebro (embora esses tenham a certeza de ter)
VIVA enquanto estiver vivo!
Isso... grande! Profeta! Gênio! Mestre! Grandessíssimo filho da puta
pergunte a qualquer médico se faz bem segurar o choro... Faz um puta bem chamado cancer.
VIVA ENQUANTO ESTIVER VIVO?
Ah, brigado... putz... que dica cara... nossa Zéssilva... c viu a dica que esse cara deu?
Morte e inferno aos que escrevem sem ter cérebro (embora esses tenham a certeza de ter)
Um momento de revolta
Recebi um email desse do tipo "Passos para ser jovem e feliz"
O segundo passo é interessantíssimo:
2. Mantenha apenas os amigos alegres.
Os tristes te deprimem. (tenha isso em mente e certifique-se que você não é um desses depressivos;)
Ou seja, o cara pode ser inteligente, generoso, companheiro, leal, engraçado, mas se for depressivo abandone-o, crucifique-o, coloque-o em um campo de concentração quem sabe, para limpar a espécie dos depressivos.
Alguém é feliz ou só diz que é?
PS. Ser triste não significa ser depresivo
Agora... abandonem seus amigos depressivos, é justamente disso que eles precisam...
Morte aos que escrevem sem pensar.
O segundo passo é interessantíssimo:
2. Mantenha apenas os amigos alegres.
Os tristes te deprimem. (tenha isso em mente e certifique-se que você não é um desses depressivos;)
Ou seja, o cara pode ser inteligente, generoso, companheiro, leal, engraçado, mas se for depressivo abandone-o, crucifique-o, coloque-o em um campo de concentração quem sabe, para limpar a espécie dos depressivos.
Alguém é feliz ou só diz que é?
PS. Ser triste não significa ser depresivo
Agora... abandonem seus amigos depressivos, é justamente disso que eles precisam...
Morte aos que escrevem sem pensar.
quinta-feira, 7 de junho de 2007
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Broken wings
Feeling the pits in my spirit
the disease carved in my soul
Falling slowly into the pitch
To taste my ever growing woe
the disease carved in my soul
Falling slowly into the pitch
To taste my ever growing woe
Trecho de dd847
Que me perdoe a astronomia
Mas bem sei que cada estrela é formada
Quando o luar reflete com maestria
O olhar de minha doce amada.
in. Abre os olhos e faz-se a manhã
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=847
Mas bem sei que cada estrela é formada
Quando o luar reflete com maestria
O olhar de minha doce amada.
in. Abre os olhos e faz-se a manhã
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=847
Deja Zé
Caralho Zéssilva... tô no inferno, sério, juro...
Como assim brother?
É um deja vu constante, quando eu acho que passou sinto outro
iiiiihhhhhhh
Zéssilva... sério cara... não to legal...
Para... Para de ser menininha que assim não vira...
Merda bixo... já conversamos isso antes... merda....
Como assim brother?
É um deja vu constante, quando eu acho que passou sinto outro
iiiiihhhhhhh
Zéssilva... sério cara... não to legal...
Para... Para de ser menininha que assim não vira...
Merda bixo... já conversamos isso antes... merda....
mais rascunho
ESQUECE SUAS PRECES
olhe nos meus olhos
somos a vida propriamente
plenos e sem fim
nessa noite sem luar
olhe nos meus olhos
somos a vida propriamente
plenos e sem fim
nessa noite sem luar
Um rascunho
Vez por outra a inspiração me vem assim, compartilho meu processo criativo nessa forma....
O que vem na madrugada, as vezes se transforma em poesia... quem sabe amanhã esses versos não figurem em uma poesia no Dark Dreams...
------------
é denso
fomos nós
é profundo
afinal era nosso
foi tudo que pudemos ser
sem refletir o luar
O que vem na madrugada, as vezes se transforma em poesia... quem sabe amanhã esses versos não figurem em uma poesia no Dark Dreams...
------------
é denso
fomos nós
é profundo
afinal era nosso
foi tudo que pudemos ser
sem refletir o luar
sexta-feira, 1 de junho de 2007
quinta-feira, 31 de maio de 2007
trecho de - Jamais, dd 2005
Não quero falar com ninguém
Não quero ver ninguém
Cada vez mais sou ninguém
Os dias flutuam sem que eu perceba
Minhas vontades cada vez mais fracas
Um desalento que a cada momento me faz
Ser um pouquinho mais insignificante
Eu que nunca fui alguém, mas sempre fui intenso...
Agora aqui perdido e em torpor
Acordo em uma confusão de dias que não tento entender
Acontecimentos que não sei se são sonho ou realidade
Chacoalham minha mente que hesita
E meu coração que não quer mais responder
Na penumbra do quarto a silhueta do mais triste dos semblantes
Me olha por dentro com piedade
Por saber o que é ser só
16-3-2005
Não quero ver ninguém
Cada vez mais sou ninguém
Os dias flutuam sem que eu perceba
Minhas vontades cada vez mais fracas
Um desalento que a cada momento me faz
Ser um pouquinho mais insignificante
Eu que nunca fui alguém, mas sempre fui intenso...
Agora aqui perdido e em torpor
Acordo em uma confusão de dias que não tento entender
Acontecimentos que não sei se são sonho ou realidade
Chacoalham minha mente que hesita
E meu coração que não quer mais responder
Na penumbra do quarto a silhueta do mais triste dos semblantes
Me olha por dentro com piedade
Por saber o que é ser só
16-3-2005
Zéssilva no gabinete
Zéssilva, em uma hipotética conversa com o prefeito, sobre grafiteiros:
-Quantos assaltos, seqüestros e homicídios acontecem nessa cidade por dia?
-O que isso tem a ver com esses vândalos?
-Nada, é por isso que pessoas sujando muros preocuparem tanto a mídia e ocuparem tanto o senhor me envergonha.
Zéssilva levanta e sai sem resolver nada, mas também não se importa.
-Quantos assaltos, seqüestros e homicídios acontecem nessa cidade por dia?
-O que isso tem a ver com esses vândalos?
-Nada, é por isso que pessoas sujando muros preocuparem tanto a mídia e ocuparem tanto o senhor me envergonha.
Zéssilva levanta e sai sem resolver nada, mas também não se importa.
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Álvares de Azevedo
"A poesia é o vôo das aves da manhã no banho morno das nuvens vermelhas da madrugada, é o cervo que se rola no orvalho da montanha relvosa, que se esquece da morte de amanhã, da agonia de ontem em seu leito de flores!"
terça-feira, 29 de maio de 2007
Icy hours
Estou com frio... Triste e com frio. Frio por dentro e por fora, dedos gelados, alma glacial.
Bebo e não me aquece nem satisfaz. Fumo e falta sempre algo para preencher esse vácuo nativo do peito, sugando a energia, a vontade, a perseverança.
O desalento me consome voraz.
Bebo e não me aquece nem satisfaz. Fumo e falta sempre algo para preencher esse vácuo nativo do peito, sugando a energia, a vontade, a perseverança.
O desalento me consome voraz.
Trecho de Antagonismo, dd844
Amei muito pela vida
Com um ardor viril
Sofri muito pela vida
Com uma dor senil
"Se a tua dor te aflige, faz dela um poema"
Eça de Queiróz
Com um ardor viril
Sofri muito pela vida
Com uma dor senil
"Se a tua dor te aflige, faz dela um poema"
Eça de Queiróz
segunda-feira, 28 de maio de 2007
E então fico a madrugada toda, a partir de agora, tentando dormir, acordando, lendo Nietzsche, não entendendo, relendo, entendendo o que eu quero entender, procurando na internet o que eu deveria ter entendido e discordando, querendo dormir, tentando mais uma vez...
e sei que será mais uma madrugada comum...
Sem os sonhos, sem a vida, abraçado com a arte, devaneio insone.
e sei que será mais uma madrugada comum...
Sem os sonhos, sem a vida, abraçado com a arte, devaneio insone.
Cade o Absinto?
Uma coisa que me deixa profundamente triste é terem proibido o Absinto em sua fórmula original.
O William Faulkner disse:
"O que preciso para o meu trabalho é papel, caneta, tabaco e um pouco de whisky."
Bom, para o meu também, mas um pouco de absinto de quando em vez não iria mal...
Não tem como negar, mudar o estado mental muda a inspiração, às vezes para melhor, outras para pior, mas de qualquer maneira, a alteração é necessária para muitos.
Ao absinto e à arte, três saúdes.
Verlaine:
"For me my glory is an
Humble ephemeral Absinthe
Drunk on the sly, with fear of treason
and if I drink it no longer,
it is for a good reason."
Oscar Wilde:
"For me my glory is an
Humble ephemeral Absinthe
Drunk on the sly, with fear of treason
and if I drink it no longer,
it is for a good reason."
"After the first glass you see things as you wish they were. After the second, you see things as they are not. Finally you see things as they really are"
O William Faulkner disse:
"O que preciso para o meu trabalho é papel, caneta, tabaco e um pouco de whisky."
Bom, para o meu também, mas um pouco de absinto de quando em vez não iria mal...
Não tem como negar, mudar o estado mental muda a inspiração, às vezes para melhor, outras para pior, mas de qualquer maneira, a alteração é necessária para muitos.
Ao absinto e à arte, três saúdes.
Verlaine:
"For me my glory is an
Humble ephemeral Absinthe
Drunk on the sly, with fear of treason
and if I drink it no longer,
it is for a good reason."
Oscar Wilde:
"For me my glory is an
Humble ephemeral Absinthe
Drunk on the sly, with fear of treason
and if I drink it no longer,
it is for a good reason."
"After the first glass you see things as you wish they were. After the second, you see things as they are not. Finally you see things as they really are"
domingo, 27 de maio de 2007
sexta-feira, 25 de maio de 2007
A resposta
Olha, querem saber porque eu escrevo em primeira pessoa?
Porque eu escrevo o que sinto.
Porque a pessoa que estiver lendo vai falar EU, e se se indentificar vai estar lendo algo sobre ela mesmo em sua própria pessoa, isso me agrada.
E finalmente, porque eu quero, é assim que me vem, é assim que será enquanto vier assim.
nesse caso da literatura, a identificação é o espelho olhando para o poeta, e a imagem não se vê, pode ser qualquer um... qualquer leitor e eu agradeço a todos os meus...
Aquele que olha para o mundo não se vê, vê aquilo que se olha.
Porque eu escrevo o que sinto.
Porque a pessoa que estiver lendo vai falar EU, e se se indentificar vai estar lendo algo sobre ela mesmo em sua própria pessoa, isso me agrada.
E finalmente, porque eu quero, é assim que me vem, é assim que será enquanto vier assim.
nesse caso da literatura, a identificação é o espelho olhando para o poeta, e a imagem não se vê, pode ser qualquer um... qualquer leitor e eu agradeço a todos os meus...
Aquele que olha para o mundo não se vê, vê aquilo que se olha.
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Conversa de msn
O Poliman, postou um texto no blog dele que começa assim
"A verdade é que você é aquilo que os outros pensam que você é. E ponto."
Aí eu perguntei a ele o que pensam que eu sou, eis o começo da resposta
Daniel Lobo diz:
de vc é dificil dizer
Daniel Lobo diz:
pq eu tenho minha visão, mas ela é minha e eu te conheço melhor do que a maioria das pessoas
Daniel Lobo diz:
não é uma visão comum
Aí eu disse que ele estava confirmando o próprio post, na parte em que ele diz
"Principalmente porque perguntar quase nunca funciona pois as pessoas, em geral, não estão dispostas a serem inteiramente francas ou diretas com você."
Então ele disparou:
Daniel Lobo diz:
vc é um depressivo alcoolatra
Daniel Lobo diz:
que sobrevive escrevendo o que sente
Daniel Lobo diz:
tem ficado bom nisso
Daniel Lobo diz:
mas isso já é pessoal
Daniel Lobo diz:
não acredito que o pessoal, da faap pelo menos te visse como alcoolatra nem como depressivo, pq na época vc era bem mais animado
Concluo que antes de ser um bom amigo, generoso e leal, sou um depressivo bêbado de merda ehheheheheheh.
Para quem quiser ler o post inteiro do Poli o link é esse:
http://meusdesatinos.blogspot.com/2007/05/imagem.html
"A verdade é que você é aquilo que os outros pensam que você é. E ponto."
Aí eu perguntei a ele o que pensam que eu sou, eis o começo da resposta
Daniel Lobo diz:
de vc é dificil dizer
Daniel Lobo diz:
pq eu tenho minha visão, mas ela é minha e eu te conheço melhor do que a maioria das pessoas
Daniel Lobo diz:
não é uma visão comum
Aí eu disse que ele estava confirmando o próprio post, na parte em que ele diz
"Principalmente porque perguntar quase nunca funciona pois as pessoas, em geral, não estão dispostas a serem inteiramente francas ou diretas com você."
Então ele disparou:
Daniel Lobo diz:
vc é um depressivo alcoolatra
Daniel Lobo diz:
que sobrevive escrevendo o que sente
Daniel Lobo diz:
tem ficado bom nisso
Daniel Lobo diz:
mas isso já é pessoal
Daniel Lobo diz:
não acredito que o pessoal, da faap pelo menos te visse como alcoolatra nem como depressivo, pq na época vc era bem mais animado
Concluo que antes de ser um bom amigo, generoso e leal, sou um depressivo bêbado de merda ehheheheheheh.
Para quem quiser ler o post inteiro do Poli o link é esse:
http://meusdesatinos.blogspot.com/2007/05/imagem.html
conversa através de poemas
o poema
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=267
a resposta
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=363
Obrigado, obrigado e Cartas de magrugada
saudades ken...
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=267
a resposta
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=363
Obrigado, obrigado e Cartas de magrugada
saudades ken...
mais um trecho dd490
Chegaram quando já se encontrava abraçado à mesa
De mãos dadas com o litro
Beijando a fumaça
Rabiscando seus versos que não passavam de rabiscos
Arrastados
Sorrindo para a lua
Cada lua que passava
Amando cada céu
Cada qual que em cada minuto se apresentava
Anos tortos de lágrimas
E ainda não sabia
O motivo pelo qual cantava
O motivo pelo qual vivia
Se não pela efemeramente eterna
Eterna sôfrega poesia
O poeta vive
em pequenas explosões
Por menos valor que tudo isso possa ter
otsuka 2003
De mãos dadas com o litro
Beijando a fumaça
Rabiscando seus versos que não passavam de rabiscos
Arrastados
Sorrindo para a lua
Cada lua que passava
Amando cada céu
Cada qual que em cada minuto se apresentava
Anos tortos de lágrimas
E ainda não sabia
O motivo pelo qual cantava
O motivo pelo qual vivia
Se não pela efemeramente eterna
Eterna sôfrega poesia
O poeta vive
em pequenas explosões
Por menos valor que tudo isso possa ter
otsuka 2003
O andar da carruagem
Pesadelo, sudorese, espasmos, despertar, falta de ar, desalento, ódio, desespero, vazio, depressão, lágrimas, insônia, depressão, cachaça, versos, insônia, cigarro, insônia, insônia, estrofes, calmante, cachaça, insônia, coceira, insônia, calmante, cigarro, sede, tremor, lágrimas, guitarra, lágrimas, fome, calmante, azia, lágrimas, cachaça, gastrite, anti-ácido, unha roída, insônia, depressão, angústia, insônia, versos, cachaça, calmante, catatonia, música, calmante, cachaça, cigarro, lágrimas, pesadelo, sudorese, despertar, falta de ar, desalento, ódio profundo, desespero, vazio, lágrimas, cigarro, tosse, lágrimas...
Se existe um deus, esse puto me odeia
Se existe um deus, esse puto me odeia
terça-feira, 22 de maio de 2007
Confusão e desalento
O que eu sinto neste instante é a brisa fria do desalento proveniente do meu peito. Tenho as pernas pesadas e uma alma que se recusa a crer em tudo, quem não crê em nada, crê em tudo que é nada insignificantemente.
Ouço os ensandecedores sons urbanos, ininterruptos e impessoais e desejo que o mundo fique mudo, mas o mundo continua urrando por todos os lados, o tempo todo.
Tenho grandes idéias durante a noite e a alvorada se encarrega de transformá-las em pó de lixo. Confundo tudo em minhas certezas anuviadas de poeta incompetente.
Tenho certeza de ter visto uma garrafa bonita de Amaretto no armário da sala e ela nunca existiu ali. Mas a vi claramente em um sonho ou devaneio. Tenho certeza que vi.
Talvez em algum outro sonho eu possa saboreá-lo e sorrir.
A vida não me agrada, existir me maltrata.
Ouço os ensandecedores sons urbanos, ininterruptos e impessoais e desejo que o mundo fique mudo, mas o mundo continua urrando por todos os lados, o tempo todo.
Tenho grandes idéias durante a noite e a alvorada se encarrega de transformá-las em pó de lixo. Confundo tudo em minhas certezas anuviadas de poeta incompetente.
Tenho certeza de ter visto uma garrafa bonita de Amaretto no armário da sala e ela nunca existiu ali. Mas a vi claramente em um sonho ou devaneio. Tenho certeza que vi.
Talvez em algum outro sonho eu possa saboreá-lo e sorrir.
A vida não me agrada, existir me maltrata.
Warrel Dane
"Every night the dream is the same, I sit here waiting for the world to end, but it never ends..."
Warrel Dane - Nevermore
Warrel Dane - Nevermore
ei, dorme amor....
hoje eu pensei no tamanho do meu amor e descobri que ele é maior do que eu imaginava
Pensei no quanto eu te amo e descobri que és a pessoa que eu mais amo nesse mundo
Acordei de um pesadelo e me confortei sabendo que tenho teu carinho, teu respeito, tua crença, tua paixão
E não me sinto tão doente, me sinto amado e sei que por mais que minha vida pareça não valer a pena, vale por ti
Tenho um pouquinho de medo de fechar os olhos de novo por saber que os demônios sempre me visitam quando faço isso
Mas estou abraçando tua camisola e sentindo nela teu cheirinho com toda a ternura que existe no mundo
O mundo tem tanto amor e carinho porque eu existo para fazê-lo real nos atos e não apenas na poesia amor....
Não consigo dormir e resolvi te escrever esse emailzinho
Ei, eu te amo bastantão tá?
Sempre
Sempre
Pensei no quanto eu te amo e descobri que és a pessoa que eu mais amo nesse mundo
Acordei de um pesadelo e me confortei sabendo que tenho teu carinho, teu respeito, tua crença, tua paixão
E não me sinto tão doente, me sinto amado e sei que por mais que minha vida pareça não valer a pena, vale por ti
Tenho um pouquinho de medo de fechar os olhos de novo por saber que os demônios sempre me visitam quando faço isso
Mas estou abraçando tua camisola e sentindo nela teu cheirinho com toda a ternura que existe no mundo
O mundo tem tanto amor e carinho porque eu existo para fazê-lo real nos atos e não apenas na poesia amor....
Não consigo dormir e resolvi te escrever esse emailzinho
Ei, eu te amo bastantão tá?
Sempre
Sempre
Show do Acullia e meu aniversário
estou na madrugada de segunda para terça fazendo o convite
meu aniversário vai ser comemorado no coppola, dia 25, embora eu tenha nascido no dia 27
quem se dignar a entrar aqui ao menos uma vez por semana, saberá que sexta feira estarei "comemorando" meu nascimento.
Rua: Girassol, 323 - Vila Madalena - São Paulo - SP
Tel: (11) 3034-5544
Um abraço aos amigos... Sim, vc está convidado
meu aniversário vai ser comemorado no coppola, dia 25, embora eu tenha nascido no dia 27
quem se dignar a entrar aqui ao menos uma vez por semana, saberá que sexta feira estarei "comemorando" meu nascimento.
Rua: Girassol, 323 - Vila Madalena - São Paulo - SP
Tel: (11) 3034-5544
Um abraço aos amigos... Sim, vc está convidado
Meu modo... imposto, retorço
Essa hora
Hora das lembranças de infância
Hora de saber que não vale a pena
Hora de despertar de mais um pesadelo
Tão real...
Hora de saber que não é natural
Fumar e tomar pernod
Enquanto se trabalha em estrofes
Para costurar uma poesia
que já veio rasgada
Veio fugidia
toma um calmante poeta
é tua anistia
madrugada de profundíssima agonia
Hora das lembranças de infância
Hora de saber que não vale a pena
Hora de despertar de mais um pesadelo
Tão real...
Hora de saber que não é natural
Fumar e tomar pernod
Enquanto se trabalha em estrofes
Para costurar uma poesia
que já veio rasgada
Veio fugidia
toma um calmante poeta
é tua anistia
madrugada de profundíssima agonia
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Por ter apoio
é uma doença tão triste que é inexplicável
Todo dia é uma luta desvalida
Por pessoas que valem a pena
Eu amo todos vocês... e por vocês eu me venço
Por amar eu supero estas trevas, mesmo que passageiramente
Por desejo de fazer o bem eu me ergo do meu leito de pesadelos em cada manhã...
"Muitiísimo" (sic) obrigado
Todo dia é uma luta desvalida
Por pessoas que valem a pena
Eu amo todos vocês... e por vocês eu me venço
Por amar eu supero estas trevas, mesmo que passageiramente
Por desejo de fazer o bem eu me ergo do meu leito de pesadelos em cada manhã...
"Muitiísimo" (sic) obrigado
Losing myself
Tenho medo de amanhã não me reconhecer quando fechar os olhos e suspirar profundamente.
sexta-feira, 18 de maio de 2007
quinta-feira, 17 de maio de 2007
quarta-feira, 16 de maio de 2007
terça-feira, 15 de maio de 2007
Tristeza e depressão
Ouvi hoje a pergunta que ignorei:
-Como saber se é doença ou apenas tristeza.
ignorei mas digo aqui...
A tristeza não faz com que alguém sinta vontade de dar um tiro na própria cara todos os dias, mesmo sabendo que nunca vai dar, a vontade persiste. A tristeza não é eterna.
A tristeza ensina, a depressão arruina.
-Como saber se é doença ou apenas tristeza.
ignorei mas digo aqui...
A tristeza não faz com que alguém sinta vontade de dar um tiro na própria cara todos os dias, mesmo sabendo que nunca vai dar, a vontade persiste. A tristeza não é eterna.
A tristeza ensina, a depressão arruina.
Breve Instante
(dd lacuna de tempo)
Gostei do lapso efêmero de insânia
Do instante atemporal de inépcia
Segurei a centelha da veracidade infante
E consegui sorrir como se nada houvesse a doer
E logo o sorriso se tornou desespero
------
fevereiro de 2005
Eu fico assustado de quando em vez. Percebo que meus sentimentos são puros e verdadeiros e apavorantemente iguais... O que muda é a intensidade que fica nesse vai e vem absurdo.
Gostei do lapso efêmero de insânia
Do instante atemporal de inépcia
Segurei a centelha da veracidade infante
E consegui sorrir como se nada houvesse a doer
E logo o sorriso se tornou desespero
------
fevereiro de 2005
Eu fico assustado de quando em vez. Percebo que meus sentimentos são puros e verdadeiros e apavorantemente iguais... O que muda é a intensidade que fica nesse vai e vem absurdo.
Chego cansado e me sento, ouço música e tomo um drink que me alivia e deixa mais leve, penso em mudar, penso no meu amor, penso em um breve futuro e reflito sobre o que me tornei, sou herói na madrugada, em meio aos fantasmas danço um pouco.
Caio em uma depressão tão profunda que luz alguma alcançará.
Caio em uma depressão tão profunda que luz alguma alcançará.
segunda-feira, 14 de maio de 2007
domingo, 13 de maio de 2007
sábado, 12 de maio de 2007
sexta-feira, 11 de maio de 2007
2002
época tão dourada quanto obscura...
“E pior que a morte...
... é o desânimo...
Pior que o ódio...
... é o desprezo...
Mais cruel que a vergonha
... são os olhos que vejo no espelho...”
março, dois mil e dois
“E pior que a morte...
... é o desânimo...
Pior que o ódio...
... é o desprezo...
Mais cruel que a vergonha
... são os olhos que vejo no espelho...”
março, dois mil e dois
Michelangelo Buonarroti
Ao ser perguntado como esculpia tão maravilhosamente:
"Eu só tiro do bloco de mármore os pedaços desnecessários."
"Eu só tiro do bloco de mármore os pedaços desnecessários."
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Insomnia
Sofrer de insônia é ficar ao lado dos seus demônios na hora frágil, é entrar no pântano mais obscuro do peito na hora em que menos se consegue ser sensato, é chorar no escuro.
Ter insônia é ser solitário.
Ter insônia é ser solitário.
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Wislawa Szymborska
O texto da revista piauí que eu postei, foi sobre um discurso dessa poetisa polonesa
AS TRÊS PALAVRAS MAIS ESTRANHAS
Quando eu falo a palavra Futuro,
a primeira sílaba já pertence ao passado.
Quando eu falo a palavra Silêncio,
o destruo.
Quando eu falo a palavra Nada,
crio algo que nenhum não-ser comporta.
AS TRÊS PALAVRAS MAIS ESTRANHAS
Quando eu falo a palavra Futuro,
a primeira sílaba já pertence ao passado.
Quando eu falo a palavra Silêncio,
o destruo.
Quando eu falo a palavra Nada,
crio algo que nenhum não-ser comporta.
Revista Piauí
Esse é um artigo gigante da revista piauí do qual selecionei algumas partes.
Apesar de ter selecionado as partes que acho que devem estar aqui, continua gigante, pulem... bom vamos aos trechos do texto:
-----
Os poetas contemporâneos são céticos e desconfiados até, ou talvez sobretudo, de si mesmos. Só com relutância confessam publicamente ser poetas, como se tivessem um pouco de vergonha. Mas em nossos tempos estrepitosos é mais fácil reconhecer nossos erros, ao menos se estiverem atraentemente embalados, do que reconhecer os próprios méritos, pois estes se mantêm ocultos mais no fundo, e nós mesmos nunca acreditamos muito neles... Quando preenchem fichas ou batem papo com estranhos — ou seja, quando não podem deixar de revelar sua profissão —, os poetas preferem usar o termo genérico “escritor” ou substituir “poeta” pelo nome de qualquer outro trabalho que façam, além de escrever. Burocratas e passageiros de ônibus reagem com um toque de incredulidade e alarme quando descobrem que estão tratando com um poeta. Creio que os filósofos enfrentam reação semelhante. Contudo, estão numa posição melhor, pois na maioria das vezes podem ornamentar seu ofício com algum tipo de título universitário. Professor Doutor de Filosofia: isso sim soa mui¬to mais respeitável.
Lembremos que o orgulho da poesia russa, o futuro ganhador do Prêmio Nobel Joseph Brodsky, foi certa vez condenado ao exílio em seu próprio país justamente com base nessa idéia. Chamaram-no de “parasita” porque não possuía o certificado oficial que lhe assegurava o direito de ser poeta.
Em países mais afortunados, onde a dignidade humana não é agredida tão facilmente, os poetas almejam ser publicados, lidos e compreendidos, mas fazem pouco, ou quase nada, para se situarem acima do rebanho geral e da roda-viva do dia-a-dia. No entanto, ainda não faz tanto tempo, os poetas se esforçavam para nos escandalizar com suas roupas extravagantes e seu comportamento excêntrico. Tudo isso era só para encher os olhos do público. Sempre chegava a hora em que os poetas tinham de fechar a porta atrás de si, despir suas capas, seus penduricalhos e outras parafernálias poéticas e enfrentar — em silêncio, com paciência, à espera de si mesmos — a folha de papel ainda em branco. Pois, no final, é isso o que de fato conta.
Não é por acaso que filmes biográficos sobre cientistas e artistas célebres são produzidos aos montes. Os diretores mais ambiciosos tentam reconstituir de forma convincente o processo criativo que gerou importantes descobertas científicas, ou o surgimento de uma obra-prima. E se pode retratar certos tipos de atividade científica com algum sucesso. Laboratórios, instrumentos diversos, máquinas complicadas em ação: tais cenas podem prender o interesse da platéia durante algum tempo. E aqueles momentos de incerteza — será que a experiência, realizada pela milésima vez com uma ínfima alteração, produzirá por fim o resultado desejado? — podem ser dramáticos. Filmes sobre pintores podem ser espetaculares, enquanto recriam todos os estágios da evolução de um pintor famoso, desde o primeiro traço a lápis até a pincelada definitiva. A música se expande nos filmes sobre compositores: os primeiros compassos da melodia que soa nos ouvidos do músico emergem, no fim, como uma obra madura em forma sinfônica. Claro, tudo isso é ingênuo, e não explica o estranho estado mental popularmente conhecido como inspiração, mas pelo menos existe algo para se olhar e se ouvir.
Mas os poetas são os piores. Seu trabalho, inapelavelmente, nada tem de fotogênico. Alguém senta a uma mesa ou deita num sofá enquanto olha imóvel para a parede ou para o teto. De quando em quando, essa pessoa escreve sete linhas, só para riscar uma delas quinze minutos depois, em seguida mais uma hora se passa, durante a qual nada acontece... Quem agüentaria assistir a esse tipo de coisa?
Mencionei a inspiração. Poetas contemporâneos respondem de forma evasiva quando lhes perguntam o que é isso, e se existe de verdade. Não é que nunca tenham conhecido a bênção desse impulso interior. Só que não é fácil explicar a uma outra pessoa aquilo que você mesmo não compreende.
Poetas, se autênticos, também devem repetir “não sei”. Todo poema assinala um esforço para responder a essa afirmação, mas assim que a frase final cai no papel, o poeta começa a hesitar, a se dar conta de que essa resposta particular era puro artifício, absolutamente inadequada. Portanto, os poetas continuam a tentar e, mais cedo ou mais tarde, os resultados da sua insatisfação consigo mesmos são reunidos, e presos num clipe gigante pelos historiadores da literatura, e passam a ser chamados de suas “obras”.
Tudo indica que os poetas terão sempre uma tarefa muito árdua à espera.
--------
Para o retardado que quiser ler na íntegra,
http://www.revistapiaui.com.br/2007/mai/poesia.htm
Apesar de ter selecionado as partes que acho que devem estar aqui, continua gigante, pulem... bom vamos aos trechos do texto:
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Os poetas contemporâneos são céticos e desconfiados até, ou talvez sobretudo, de si mesmos. Só com relutância confessam publicamente ser poetas, como se tivessem um pouco de vergonha. Mas em nossos tempos estrepitosos é mais fácil reconhecer nossos erros, ao menos se estiverem atraentemente embalados, do que reconhecer os próprios méritos, pois estes se mantêm ocultos mais no fundo, e nós mesmos nunca acreditamos muito neles... Quando preenchem fichas ou batem papo com estranhos — ou seja, quando não podem deixar de revelar sua profissão —, os poetas preferem usar o termo genérico “escritor” ou substituir “poeta” pelo nome de qualquer outro trabalho que façam, além de escrever. Burocratas e passageiros de ônibus reagem com um toque de incredulidade e alarme quando descobrem que estão tratando com um poeta. Creio que os filósofos enfrentam reação semelhante. Contudo, estão numa posição melhor, pois na maioria das vezes podem ornamentar seu ofício com algum tipo de título universitário. Professor Doutor de Filosofia: isso sim soa mui¬to mais respeitável.
Lembremos que o orgulho da poesia russa, o futuro ganhador do Prêmio Nobel Joseph Brodsky, foi certa vez condenado ao exílio em seu próprio país justamente com base nessa idéia. Chamaram-no de “parasita” porque não possuía o certificado oficial que lhe assegurava o direito de ser poeta.
Em países mais afortunados, onde a dignidade humana não é agredida tão facilmente, os poetas almejam ser publicados, lidos e compreendidos, mas fazem pouco, ou quase nada, para se situarem acima do rebanho geral e da roda-viva do dia-a-dia. No entanto, ainda não faz tanto tempo, os poetas se esforçavam para nos escandalizar com suas roupas extravagantes e seu comportamento excêntrico. Tudo isso era só para encher os olhos do público. Sempre chegava a hora em que os poetas tinham de fechar a porta atrás de si, despir suas capas, seus penduricalhos e outras parafernálias poéticas e enfrentar — em silêncio, com paciência, à espera de si mesmos — a folha de papel ainda em branco. Pois, no final, é isso o que de fato conta.
Não é por acaso que filmes biográficos sobre cientistas e artistas célebres são produzidos aos montes. Os diretores mais ambiciosos tentam reconstituir de forma convincente o processo criativo que gerou importantes descobertas científicas, ou o surgimento de uma obra-prima. E se pode retratar certos tipos de atividade científica com algum sucesso. Laboratórios, instrumentos diversos, máquinas complicadas em ação: tais cenas podem prender o interesse da platéia durante algum tempo. E aqueles momentos de incerteza — será que a experiência, realizada pela milésima vez com uma ínfima alteração, produzirá por fim o resultado desejado? — podem ser dramáticos. Filmes sobre pintores podem ser espetaculares, enquanto recriam todos os estágios da evolução de um pintor famoso, desde o primeiro traço a lápis até a pincelada definitiva. A música se expande nos filmes sobre compositores: os primeiros compassos da melodia que soa nos ouvidos do músico emergem, no fim, como uma obra madura em forma sinfônica. Claro, tudo isso é ingênuo, e não explica o estranho estado mental popularmente conhecido como inspiração, mas pelo menos existe algo para se olhar e se ouvir.
Mas os poetas são os piores. Seu trabalho, inapelavelmente, nada tem de fotogênico. Alguém senta a uma mesa ou deita num sofá enquanto olha imóvel para a parede ou para o teto. De quando em quando, essa pessoa escreve sete linhas, só para riscar uma delas quinze minutos depois, em seguida mais uma hora se passa, durante a qual nada acontece... Quem agüentaria assistir a esse tipo de coisa?
Mencionei a inspiração. Poetas contemporâneos respondem de forma evasiva quando lhes perguntam o que é isso, e se existe de verdade. Não é que nunca tenham conhecido a bênção desse impulso interior. Só que não é fácil explicar a uma outra pessoa aquilo que você mesmo não compreende.
Poetas, se autênticos, também devem repetir “não sei”. Todo poema assinala um esforço para responder a essa afirmação, mas assim que a frase final cai no papel, o poeta começa a hesitar, a se dar conta de que essa resposta particular era puro artifício, absolutamente inadequada. Portanto, os poetas continuam a tentar e, mais cedo ou mais tarde, os resultados da sua insatisfação consigo mesmos são reunidos, e presos num clipe gigante pelos historiadores da literatura, e passam a ser chamados de suas “obras”.
Tudo indica que os poetas terão sempre uma tarefa muito árdua à espera.
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Para o retardado que quiser ler na íntegra,
http://www.revistapiaui.com.br/2007/mai/poesia.htm
terça-feira, 8 de maio de 2007
Minhas
Espero um dia ter um sonho bonito ao despertar.
Espero um dia acordar, respirar fundo, olhar para o céu e não ter de dizer nada.
Espero um dia acordar, respirar fundo, olhar para o céu e não ter de dizer nada.
Daniel Lobo
"The future shall unveil the beauty of our art"
"A inspiração não é senão um rápido vislumbre da verdadeira beleza que permeia e se esconde no mundo."
"A inspiração não é senão um rápido vislumbre da verdadeira beleza que permeia e se esconde no mundo."
Ricardo Otsuka
Meu pai, sobre minha Arte.
"Isso passa.. quando jovem eu também escrevi poemas, mas depois virei homem"
"Isso passa.. quando jovem eu também escrevi poemas, mas depois virei homem"
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Nada foi por mal... fui criado para não crer
Ele não fez por mal, mas nunca acreditou em mim, assim como eu fui criado para não acreditar.
Quando eu era criança meu pai ia ao autorama comigo… Eram os melhores momentos da minha vida, quando eu estava com meu pai, meu herói, meu modelo de força e racionalidade...
Ele dizia para mim que meu carrinho era o verde e eu nem perguntava qual era o dele, sabia que iria ganhar como sempre, enquanto meu carrinho vermelho saia e se espatifava na parede na primeira curva, eu ficava lá, durante toda a corrida acelerando fundo e vendo minha superioridade... Meu pai ganhou brindes por mim e eu achei que fosse por mérito próprio. Um dia descobri que ele fez isso para eu ficar contente.
Anos depois, eu tinha 14 anos, estava treinando kickboxing e me empenhando verdadeiramente, iria para um torneio em breve. Contei ao meu pai, meu tutor e deus. Ele me disse:
-Pode ir, mas se voltar sangrando não entra na minha casa.
Eu sabia que ninguém sangra em torneio de kickboxing de moleques de 14 anos, com capacete, colete, sapatilha, luvas enormes...
Eu não fui ganhar esse torneio e nunca mais voltei a essa academia, não dei tchau pro professor nem pros amigos de luva.
--Meu pai não acredita em mim, sabe que eu sou derrotado antes de lutar—
Quase 11 anos depois, depois de muito pensar, depois de muito ler, depois de muito sofrer eu tive uma conclusão daquelas que se tem bêbado, daquelas que se tem insano, daquelas que se tem por fuga. Concluí que essas coisas me fizeram não acreditar em mim, saber que eu não vou conseguir nada sempre, que sempre vou perder para qualquer um em tudo. Isso somado à super-proteção da minha mãe fez um imbecil poeta ridículo revoltado que eu sou, e não os culpo jamais
Aí comecei a ganhar de todo mundo no tênis, só não ganhava do meu pai... o braço encolhia, as pernas ficavam pesadas, a rede subia, a quadra do lado de lá diminuía... e toda vez que ele ia me ver jogar eu jogava mal.
Mudei, virei boêmio, bêbado, poeta e jogador de snooker, fiquei competente e só jogava mal quando ele estava presente... a caçapa diminuía, a bola aumentava, a mão tremia, suava, dava desarranjo intestinal. Sempre que ele estava presente eu jogava ridiculamente...
Comecei a beber demais, fumar demais, ser retardado demais, fazer cagadas demais, resolvi jogar golfe.
Passei a jogar bem, me empenhei, estudei, dei o sangue... E a mesma historia se repetiu... toda vez que meu pai se fazia presente eu não conseguia jogar 20% do que jogava normalmente...
Hoje juntei os pontos... fiz a conexão...
Mas não vou culpá-lo jamais...
Nem um dos dois...
Os amo com profundo respeito e choro.
Sei que tudo que fizeram foi por amor, e por amor fui concebido e criado, e por amor vivo e escrevo versos... Só não acredito em mim. Por mais que eu tente.
Obrigado meu pai, minha mãe... vocês são feixes de luz no meio de minhas trevas mais profundas... Não vou ficar tentando descobrir quem apagou o sol da minha alma... Já nasceu enegrecido...
Meu profundo amor... sempre...
Ficou a lição de tomar cuidado com o que eu digo... Por mais pura e boa que seja a intenção...
Quando eu era criança meu pai ia ao autorama comigo… Eram os melhores momentos da minha vida, quando eu estava com meu pai, meu herói, meu modelo de força e racionalidade...
Ele dizia para mim que meu carrinho era o verde e eu nem perguntava qual era o dele, sabia que iria ganhar como sempre, enquanto meu carrinho vermelho saia e se espatifava na parede na primeira curva, eu ficava lá, durante toda a corrida acelerando fundo e vendo minha superioridade... Meu pai ganhou brindes por mim e eu achei que fosse por mérito próprio. Um dia descobri que ele fez isso para eu ficar contente.
Anos depois, eu tinha 14 anos, estava treinando kickboxing e me empenhando verdadeiramente, iria para um torneio em breve. Contei ao meu pai, meu tutor e deus. Ele me disse:
-Pode ir, mas se voltar sangrando não entra na minha casa.
Eu sabia que ninguém sangra em torneio de kickboxing de moleques de 14 anos, com capacete, colete, sapatilha, luvas enormes...
Eu não fui ganhar esse torneio e nunca mais voltei a essa academia, não dei tchau pro professor nem pros amigos de luva.
--Meu pai não acredita em mim, sabe que eu sou derrotado antes de lutar—
Quase 11 anos depois, depois de muito pensar, depois de muito ler, depois de muito sofrer eu tive uma conclusão daquelas que se tem bêbado, daquelas que se tem insano, daquelas que se tem por fuga. Concluí que essas coisas me fizeram não acreditar em mim, saber que eu não vou conseguir nada sempre, que sempre vou perder para qualquer um em tudo. Isso somado à super-proteção da minha mãe fez um imbecil poeta ridículo revoltado que eu sou, e não os culpo jamais
Aí comecei a ganhar de todo mundo no tênis, só não ganhava do meu pai... o braço encolhia, as pernas ficavam pesadas, a rede subia, a quadra do lado de lá diminuía... e toda vez que ele ia me ver jogar eu jogava mal.
Mudei, virei boêmio, bêbado, poeta e jogador de snooker, fiquei competente e só jogava mal quando ele estava presente... a caçapa diminuía, a bola aumentava, a mão tremia, suava, dava desarranjo intestinal. Sempre que ele estava presente eu jogava ridiculamente...
Comecei a beber demais, fumar demais, ser retardado demais, fazer cagadas demais, resolvi jogar golfe.
Passei a jogar bem, me empenhei, estudei, dei o sangue... E a mesma historia se repetiu... toda vez que meu pai se fazia presente eu não conseguia jogar 20% do que jogava normalmente...
Hoje juntei os pontos... fiz a conexão...
Mas não vou culpá-lo jamais...
Nem um dos dois...
Os amo com profundo respeito e choro.
Sei que tudo que fizeram foi por amor, e por amor fui concebido e criado, e por amor vivo e escrevo versos... Só não acredito em mim. Por mais que eu tente.
Obrigado meu pai, minha mãe... vocês são feixes de luz no meio de minhas trevas mais profundas... Não vou ficar tentando descobrir quem apagou o sol da minha alma... Já nasceu enegrecido...
Meu profundo amor... sempre...
Ficou a lição de tomar cuidado com o que eu digo... Por mais pura e boa que seja a intenção...
Trecho de um poema antigo
Não há misericórdia
Tristeza não é desculpa
Para erros de caráter
Não há misericórdia
Para os que caminham pela sombra
Sabendo onde brilha o sol.
Bruno Otsuka
24-2-2006
Tristeza não é desculpa
Para erros de caráter
Não há misericórdia
Para os que caminham pela sombra
Sabendo onde brilha o sol.
Bruno Otsuka
24-2-2006
domingo, 6 de maio de 2007
Inner darkness of us all
O homem é um ser para o medo e para a dor, fadado a seguidas despedidas e saudades violentíssimas.
A vida é fugir da sina
A dita felicidade é ilusão
Viver é enganar-se
Somos parte da sombra que a tudo abarca
A vida é fugir da sina
A dita felicidade é ilusão
Viver é enganar-se
Somos parte da sombra que a tudo abarca
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Nunca tive teus lábios mas já tive teu olhar
Há tristeza
E consome meu espírito cansado
Há preguiça
E a sensação de não ter valido o passado
Há introspecção
Acho que por medo
Há silêncio profundo
Perfumando o degredo
Meus vícios pesam e não sei lutar
Meu peito se encolhe, vivo a esperar
Noite fria, pálpebras pesadas
Insônia
O teu rosto é o luar
Estou sempre atento às nuances
Do teu olhar.
Bruno Otsuka
10-10-2004
Por que diabos eu escrevia melhor com 22 anos do que hoje?
E consome meu espírito cansado
Há preguiça
E a sensação de não ter valido o passado
Há introspecção
Acho que por medo
Há silêncio profundo
Perfumando o degredo
Meus vícios pesam e não sei lutar
Meu peito se encolhe, vivo a esperar
Noite fria, pálpebras pesadas
Insônia
O teu rosto é o luar
Estou sempre atento às nuances
Do teu olhar.
Bruno Otsuka
10-10-2004
Por que diabos eu escrevia melhor com 22 anos do que hoje?
Caflito
zéssil para os íntimos e para as mulheres
Entendeu Otsuka?
Fica quieto Zéssilva... To de saco cheio de você... cara inconveniente... você é aquele cara que fala que vai ao banheiro no motel e vai embora. Aí a mulher,(quando se descobre abandonada)tem que pagar a conta e voltar pra casa de taxi... enquanto eu sou o que abre a porta do carro e acende o cigarro da mulher, o que segura a porta do elevador para ela sair... o que leva flores... eu puxo a cadeira no restaurante... me deixa em paz Zéssilva... você é o tipo de escroto que deixa o cego no meio da faixa de pedrestres e sai correndo segurando a risada.....
Não seja injusto... nunca fiz isso...
Mas faria...
Nem fodendo
Faria sim
Nao
sim
Para Otsuka... Você fala pra caralho... Pensa demais... Seja feliz pensando menos...
Entendeu Otsuka?
Fica quieto Zéssilva... To de saco cheio de você... cara inconveniente... você é aquele cara que fala que vai ao banheiro no motel e vai embora. Aí a mulher,(quando se descobre abandonada)tem que pagar a conta e voltar pra casa de taxi... enquanto eu sou o que abre a porta do carro e acende o cigarro da mulher, o que segura a porta do elevador para ela sair... o que leva flores... eu puxo a cadeira no restaurante... me deixa em paz Zéssilva... você é o tipo de escroto que deixa o cego no meio da faixa de pedrestres e sai correndo segurando a risada.....
Não seja injusto... nunca fiz isso...
Mas faria...
Nem fodendo
Faria sim
Nao
sim
Para Otsuka... Você fala pra caralho... Pensa demais... Seja feliz pensando menos...
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Adendo n. 1 ao post abaixo
As pessoas nascem, vão adquirindo medos, vícios, manias, preferências, rotinas, opiniões e morrem.
Agora me responda você, uma pessoa cheia de qualquer um dos ítens acima (vícios, manias, etc..) são o que?
"E se eu ficar louca e ninguém me avisar?"
Tatiana Bornato
Agora me responda você, uma pessoa cheia de qualquer um dos ítens acima (vícios, manias, etc..) são o que?
"E se eu ficar louca e ninguém me avisar?"
Tatiana Bornato
Breve reflexão sobre "O óbvio ululante que pulula nas mentes humanas"
Todos os caminhos levam à insânia.
Medo demais é patologia, fobia, pavor irracional e incontrolável... logo insanidade
Amor demais gera ciúmes, amor demais gera possessividade, logo obsessão, insanidade
Coragem demais é insanidade e dispensa explicações...
O homem foi feito para nascer, ficar louco e morrer...
Alguns percebem que ficaram loucos, outros não
As vezes os outros percebem que um ficou louco, as vezes não
A insânia é o final da jornada da mente, ao menos das mentes dignas de serem lembradas...
Medo demais é patologia, fobia, pavor irracional e incontrolável... logo insanidade
Amor demais gera ciúmes, amor demais gera possessividade, logo obsessão, insanidade
Coragem demais é insanidade e dispensa explicações...
O homem foi feito para nascer, ficar louco e morrer...
Alguns percebem que ficaram loucos, outros não
As vezes os outros percebem que um ficou louco, as vezes não
A insânia é o final da jornada da mente, ao menos das mentes dignas de serem lembradas...
quinta-feira, 26 de abril de 2007
quarta-feira, 25 de abril de 2007
Enfim, sono...
Para Zéssilva... Que saco... Nunca vi um cara pra chegar nas horas erradas como você...
Ce fica chato pra cacete quando bebe... Com essas pseudo-filosofias baratas...
O mundo fede e tudo é uma bosta... Me deixa dormir e pensa sobre essa verdade absoluta
O mundo é dos vivos, não para os peregrinos da penumbra, fuma um cigarro quieto aí no seu canto... As vezes eu te odeio pra caralho...
Calaboca Zé... cacete...
Ce fica chato pra cacete quando bebe... Com essas pseudo-filosofias baratas...
O mundo fede e tudo é uma bosta... Me deixa dormir e pensa sobre essa verdade absoluta
O mundo é dos vivos, não para os peregrinos da penumbra, fuma um cigarro quieto aí no seu canto... As vezes eu te odeio pra caralho...
Calaboca Zé... cacete...
Casa no campo
Como eu gostaria de abrir a janela e sentir alguma brisa orvalhada sem poluição...
Gostaria de morar em uma casa, sem ter de sentir pavor de alguma violência bárbara.
Adoraria poder sair à soleira da porta da frente e ver natureza ao meu redor, pisar na grama umedecida pela madrugada.
Qualquer coisinha simples dessa já estaria bom.
Existir serenamente não me é permitido.
Gostaria de morar em uma casa, sem ter de sentir pavor de alguma violência bárbara.
Adoraria poder sair à soleira da porta da frente e ver natureza ao meu redor, pisar na grama umedecida pela madrugada.
Qualquer coisinha simples dessa já estaria bom.
Existir serenamente não me é permitido.
terça-feira, 24 de abril de 2007
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Confusão Mental
Não tem graça nenhuma
Pera aí, quem é você?
Breathe.... Just breathe motherfucker...
Certo... 3:15, daqui a pouco passa...
Não importa o que, só continue escrevendo...
Nada pode te atingir assim
Claro que pode... Não, não pode
Sou inatingível
Sou passível disso?
Sou o que?
Not funny... not fucking funny...
Toma um drink, apaga uns neurônios... eles só servem mesmo pra te fazer infeliz...
Fuma um cigarro, apaga uns alvéolos pulmonares, eles oxigenam demais teu cérebro, com menos combustível sofre-se menos
Cacete que fome
Fome de que?
Fome de vida feliz.
Pera aí, quem é você?
Breathe.... Just breathe motherfucker...
Certo... 3:15, daqui a pouco passa...
Não importa o que, só continue escrevendo...
Nada pode te atingir assim
Claro que pode... Não, não pode
Sou inatingível
Sou passível disso?
Sou o que?
Not funny... not fucking funny...
Toma um drink, apaga uns neurônios... eles só servem mesmo pra te fazer infeliz...
Fuma um cigarro, apaga uns alvéolos pulmonares, eles oxigenam demais teu cérebro, com menos combustível sofre-se menos
Cacete que fome
Fome de que?
Fome de vida feliz.
quarta-feira, 18 de abril de 2007
Sangue similar
Irmãos:
Pecados da mesma carne
Erros da mesma forma
Insistência indevida
Perseverança e esperança
Pecados da mesma carne
Erros da mesma forma
Insistência indevida
Perseverança e esperança
Luke Chueh
terça-feira, 17 de abril de 2007
E as cortinas dos olhos se cerram
Geralmente as pessoas fecham os olhos ao beijarem-se.
Algumas os fecham fazendo amor também, em grande parte do tempo, ou apagam as luzes.
Quando não quer ser identificada, uma pessoa aparece com uma tarja cobrindo os olhos, dizem que tira a identidade, a individualidade, que tapar os olhos impede o reconhecimento futuro.
Talvez as pessoas fechem os olhos ao se beijarem e ao fazerem amor para deixarem um pouco serem quem são e passarem a ser um pouquinho o outro. Um tipo de negação do próprio ser para compartilhar de um só corpo em dois corpos unos. Ao eliminar um sentido talvez possamos criar um sentido novo que nos dá prazer nesse caso, nos alivia em outro, protege em algum outro
Alguns dizem que ao fechar os olhos se concentra melhor, se focaliza interiormente ou se canaliza um sentimento ou sensação... Pode ser...
Para mim, fechar os olhos é renegar. Fechar os olhos é entrega.
No caso do sexo com amor, a entrega mais bela que há.
Algumas os fecham fazendo amor também, em grande parte do tempo, ou apagam as luzes.
Quando não quer ser identificada, uma pessoa aparece com uma tarja cobrindo os olhos, dizem que tira a identidade, a individualidade, que tapar os olhos impede o reconhecimento futuro.
Talvez as pessoas fechem os olhos ao se beijarem e ao fazerem amor para deixarem um pouco serem quem são e passarem a ser um pouquinho o outro. Um tipo de negação do próprio ser para compartilhar de um só corpo em dois corpos unos. Ao eliminar um sentido talvez possamos criar um sentido novo que nos dá prazer nesse caso, nos alivia em outro, protege em algum outro
Alguns dizem que ao fechar os olhos se concentra melhor, se focaliza interiormente ou se canaliza um sentimento ou sensação... Pode ser...
Para mim, fechar os olhos é renegar. Fechar os olhos é entrega.
No caso do sexo com amor, a entrega mais bela que há.
Audrey Kawasaki
Óleo sobre madeira
Essa é uma artista japonesa que segundo algum crítico que não colocou o nome pinta de forma "Inocente e erótica, quase ingênua"
Eu concordo com ele... essa peça é linda
Quem quiser ver mais, tem uma galeria online dela no link abaixo, evidentemente todas as peças já foram vendidas...
http://www.audrey-kawasaki.com/main.htm
Italo Calvino
"Esperar é próprio do homem, e do homem justo, esperar com confiança, do injusto, com medo"
Italo Calvino, in O visconde partido ao meio
Italo Calvino, in O visconde partido ao meio
segunda-feira, 16 de abril de 2007
endurecer
Essa cidade deixa as pessoas duras demais...
Quando se tem sensibilidade o bastante para descobrir que se é cascudo moralmente a ponto de virar um autômato, dói fundo...
O ser humano não foi feito para ser cinza dessa forma...
E passo a invejar os moradores do campo...
Quando se tem sensibilidade o bastante para descobrir que se é cascudo moralmente a ponto de virar um autômato, dói fundo...
O ser humano não foi feito para ser cinza dessa forma...
E passo a invejar os moradores do campo...
Eyes
Teus olhos são como os olhos sonhados por quem nunca viu olhos
Mas sabe a beleza que olhos podem ter
Mas sabe a beleza que olhos podem ter
Regrets
Sempre que posso acordo o mais tarde que consigo para o dia durar pouco.
Sei que um dia vou me arrepender de não ter vivido, assim como já hoje me arrependo de muita coisa.
Vou me odiar mais uma vez, mesmo sabendo a injustiça que isso representa.
Meu íntimo está em guerra.
Sei que um dia vou me arrepender de não ter vivido, assim como já hoje me arrependo de muita coisa.
Vou me odiar mais uma vez, mesmo sabendo a injustiça que isso representa.
Meu íntimo está em guerra.
Como foi
Afundou-se no vício
Como afunda corpo em queda
Ainda com vida mas sem esperança
Em longuíssimo precipício.
Como afunda corpo em queda
Ainda com vida mas sem esperança
Em longuíssimo precipício.
Limite
As coisas precisam começar a dar certo logo Zéssilva... Se não vou ser obrigado a trocar a poesia pela gravata. Fazer as coisas por grana e sem amor é uma merda. O duro é que já quase comecei a dar o nó na gravata...
Zé?
Zé?
Resoluções
sabe o que eu vou fazer agora?
vou colocar musica francesa e tomar aqueles drinks que não se toma
vou terminar de escrever um texto, com uma grande dor no coração
e vou dormir mal como em todas as noites
Porque estou me resolvendo
Me solucionando
Eu quis te mostrar meu mundo
E você recusou
Eu quis conhecer teu mundo
E você negou
Eu quis construir nosso mundo
E você se ausentou...
vou colocar musica francesa e tomar aqueles drinks que não se toma
vou terminar de escrever um texto, com uma grande dor no coração
e vou dormir mal como em todas as noites
Porque estou me resolvendo
Me solucionando
Eu quis te mostrar meu mundo
E você recusou
Eu quis conhecer teu mundo
E você negou
Eu quis construir nosso mundo
E você se ausentou...
sábado, 14 de abril de 2007
Amigo é pra essas coisas, famílias e amores também...
Me tortura e desespera, tudo aquilo que está ao meu redor
Menos você, você, você, você e você também... Você também só ajuda, e você, que sempre foi tão tudo e você também que foi de tudo um pouco... Você me faz sentir medo, mas também não me tortura, e você que me faz rir, você que me faz ter sonhos e pesadelos, você me faz sentir culpado, mas te amo também...
Porra... Meu amor é para sempre...
Obrigado a todos vocês...
"(...)O apreço não tem preço, eu vivo ao deus dará"
Amigo é pra essas coisas - Sílvio da Silva Junior e Aldir Blanc).
Menos você, você, você, você e você também... Você também só ajuda, e você, que sempre foi tão tudo e você também que foi de tudo um pouco... Você me faz sentir medo, mas também não me tortura, e você que me faz rir, você que me faz ter sonhos e pesadelos, você me faz sentir culpado, mas te amo também...
Porra... Meu amor é para sempre...
Obrigado a todos vocês...
"(...)O apreço não tem preço, eu vivo ao deus dará"
Amigo é pra essas coisas - Sílvio da Silva Junior e Aldir Blanc).
sexta-feira, 13 de abril de 2007
quinta-feira, 12 de abril de 2007
Um pouco de poesia em prosa
Eu te ouço chamar. Neste canto de desarmonia e desalento, eu te ouço cantar e dentro de todo esse lamento quero te salvar. Enxergo a beleza nos sons que saem de teus lábios, que são doces, enquanto chove em cada coração. Eu te ouço chamar e não posso atender ao chamado, ao aprazível e doce pecado sobre o solo da omissão, sob o céu estrelado e entre a bruma da madrugada que guarda todos os segredos da noite. Eu te ouço chamar e tua voz ecoa em meu peito, sem intenção de deixar esta morada frágil, eu sinto no rosto o vapor de tuas palavras trazidas pela brisa noturna assim como sinto também o mundo em mim. Eu te ouço chamar. Sei que entre os cegos os segredos são velados, eu te ouço e te visito em sonhos.
Sem indiferença e sem ter o que temer. Em sonhos tudo é permitido.
Sem indiferença e sem ter o que temer. Em sonhos tudo é permitido.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
50 %
Caralho Zéssilva! Cê viu aquilo?
Aquilo o que cara?
É isso!
Isso o que meu velho... cê tá esquisito hoje...
Cacete... perdi metade de mim... Não, é sério cara... Porra, não tenho mais a metade dos sonhos e sumiu 50% da esperança. Como minha coragem e rebeldia sumiram em metade, fiquei com o dobro do medo e do conformismo. Cara eu quando eu tiver crise de depressão to fudido...
Perdi a metade boa e a outra dobrou então?
Pêra aí... tá confuso. Quem perdeu o que?
Você também perdeu metade?
Metade do que cara?
De você porra
Ta maluco? Sei lá cara, você viu ou não viu aquilo?
Não lembro
Puta que pariu Zéssilva... Pega mais uma cachaça lá...
Aquilo o que cara?
É isso!
Isso o que meu velho... cê tá esquisito hoje...
Cacete... perdi metade de mim... Não, é sério cara... Porra, não tenho mais a metade dos sonhos e sumiu 50% da esperança. Como minha coragem e rebeldia sumiram em metade, fiquei com o dobro do medo e do conformismo. Cara eu quando eu tiver crise de depressão to fudido...
Perdi a metade boa e a outra dobrou então?
Pêra aí... tá confuso. Quem perdeu o que?
Você também perdeu metade?
Metade do que cara?
De você porra
Ta maluco? Sei lá cara, você viu ou não viu aquilo?
Não lembro
Puta que pariu Zéssilva... Pega mais uma cachaça lá...
terça-feira, 10 de abril de 2007
Em mim
estou no inferno, preciso sair dele
e se você quer saber, no inferno não tem fogo...
é frio e escuro
tão frio e tão escuro que não deixa a gente se mexer
e se você quer saber, no inferno não tem fogo...
é frio e escuro
tão frio e tão escuro que não deixa a gente se mexer
segunda-feira, 9 de abril de 2007
Intervalo
Não raro estou lendo um livro qualquer e sem controle ou intenção começo a devanear. Não deixo de ler e sigo a leitura como autômato devaneando como os inocentes. Leio como quem olha fotos em um álbum desinteressante, não por falta de interesse, mas por estar em outro canto e devaneio como quem tem um filme na televisão mas não presta muita atenção porque faz duas coisas ao mesmo tempo.
Esse intervalo de tempo é completamente esquecido, assim como as páginas que foram lidas e os devaneios que foram vividos.
Nessa intersecção de mim mesmo nessas duas atividades que não foram porque não as lembro, sou inexistente e puro.
Esse intervalo de tempo é completamente esquecido, assim como as páginas que foram lidas e os devaneios que foram vividos.
Nessa intersecção de mim mesmo nessas duas atividades que não foram porque não as lembro, sou inexistente e puro.
Clarice Lispector
"Não gosto do que acabo de escrever - mas sou obrigada a aceitar o trecho todo porque ele me aconteceu. E respeito muito o que eu me aconteço. Minha essência é inconsciente de si própria e é por isso que eu cegamente me obedeço."
"Lê a energia que está no meu silêncio"
Ela é fantástica não?
"Lê a energia que está no meu silêncio"
Ela é fantástica não?
domingo, 8 de abril de 2007
Lampejo
Alguns momentos na vida podem sim, ser bons
Um beijo da pessoa amada, o reencontro após as trevas da saudade
Um encontro com os amigos, uma mesa de bar sem depressão
Uma risada, um abraço sem necessidade perdão
Qualquer hora em que se esquece de quem se é
Ser o instante e nada mais
Um beijo da pessoa amada, o reencontro após as trevas da saudade
Um encontro com os amigos, uma mesa de bar sem depressão
Uma risada, um abraço sem necessidade perdão
Qualquer hora em que se esquece de quem se é
Ser o instante e nada mais
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Parvos
Se o cara é cardíaco, todo mundo fica cheio de compaixão...
Qualquer falta em qualquer órgão é compreensível...
O dia que alguém me explicar o motivo das pessoas não considerarem o cérebro um órgão, agradecerei... Ao menos um órgão passível de sofrer doenças...
E ainda sou obrigado a ouvir que meu ódio é infundado...
Só não desejo àqueles que dizem tais absurdo os meus demônios, porque seria muita maldade... o que se passa no meu peito eu não desejo a nenhum inimigo meu...
Se quiserem ter uma palhinha, fiquem três noites sem dormir...
Qualquer falta em qualquer órgão é compreensível...
O dia que alguém me explicar o motivo das pessoas não considerarem o cérebro um órgão, agradecerei... Ao menos um órgão passível de sofrer doenças...
E ainda sou obrigado a ouvir que meu ódio é infundado...
Só não desejo àqueles que dizem tais absurdo os meus demônios, porque seria muita maldade... o que se passa no meu peito eu não desejo a nenhum inimigo meu...
Se quiserem ter uma palhinha, fiquem três noites sem dormir...
quarta-feira, 4 de abril de 2007
terça-feira, 3 de abril de 2007
Cansado e reticente
Estou tão cansado que minhas reticências não são mais três pontinhos
São cinco.....
.....
São cinco.....
.....
E minhas carências....
Saudade só se mata no abraço, entre os dois corpos, no entrelaço
Morrer não pode doer mais do que viver...
Não sei não, mas acho que sem poesia minha vida perde o pouco sentido que ainda tem...
Morrer não pode doer mais do que viver...
Não sei não, mas acho que sem poesia minha vida perde o pouco sentido que ainda tem...
I heard a little girl
Eu nunca estou vazio
Só hoje
Sem versos, sem textos, sem idéias
Acho que isso é um pouquinho de morte
Estar vazio é um pedacinho de não ser
Como não tenho o que dizer vou colocar uma letra de música de alguém que quando escreveu tinha alguma coisa a dizer
"My friends are so depressed
I feel the question
Of your loneliness
Confide... `cause Ill be on your side
You know I will, you know I will
X girlfriend called me up
Alone and desperate
On the prison phone
They want... to give her 7 years
For being sad
I love all of you
Hurt by the cold
So hard and lonely too
When you dont know yourself
My friends are so distressed
And standing on
The brink of emptiness
No words... I know of to express
This emptiness
Imagine me taught by tragedy
Release is peace
I heard a little girl
And what she said
Was something beautiful
To give... your love
No matter what"
Red Hot Chili Peppers - My friends
Só hoje
Sem versos, sem textos, sem idéias
Acho que isso é um pouquinho de morte
Estar vazio é um pedacinho de não ser
Como não tenho o que dizer vou colocar uma letra de música de alguém que quando escreveu tinha alguma coisa a dizer
"My friends are so depressed
I feel the question
Of your loneliness
Confide... `cause Ill be on your side
You know I will, you know I will
X girlfriend called me up
Alone and desperate
On the prison phone
They want... to give her 7 years
For being sad
I love all of you
Hurt by the cold
So hard and lonely too
When you dont know yourself
My friends are so distressed
And standing on
The brink of emptiness
No words... I know of to express
This emptiness
Imagine me taught by tragedy
Release is peace
I heard a little girl
And what she said
Was something beautiful
To give... your love
No matter what"
Red Hot Chili Peppers - My friends
quinta-feira, 29 de março de 2007
Adianta ser carinhoso, generoso, cavalheiro, honesto e et cetera?
a minha poesia é minha vida
é muito triste só fazer o bem e a vida só te dar o mal
é muito triste ser um bom ser, que só quer o bem e nada dar certo
a vida me tortura
é muito triste só fazer o bem e a vida só te dar o mal
é muito triste ser um bom ser, que só quer o bem e nada dar certo
a vida me tortura
quarta-feira, 28 de março de 2007
Reflexãozinha de fim de tarde
Então fico aqui...
Acendo um toco de cigarro, tusso e coço o olho. Faço planos pro futuro, para quando a vida melhorar e ela nunca melhora, penso no que vou fazer, monto minha rotina dos anos por vir, me imagino casado e saudável, correndo e andando de bicicleta com meus filhos.
E em cada gesto fica a memória de tudo que não fiz e de tudo que não fui.
“O mais perto que eu cheguei da felicidade foi a euforia.”
Antônio Guerino
Acendo um toco de cigarro, tusso e coço o olho. Faço planos pro futuro, para quando a vida melhorar e ela nunca melhora, penso no que vou fazer, monto minha rotina dos anos por vir, me imagino casado e saudável, correndo e andando de bicicleta com meus filhos.
E em cada gesto fica a memória de tudo que não fiz e de tudo que não fui.
“O mais perto que eu cheguei da felicidade foi a euforia.”
Antônio Guerino
Bossa Lounge
terça-feira, 27 de março de 2007
Sobre os hábitos
Um homem pode ser íntegro, ter boa índole e caráter. Um homem pode ser honesto, fiel e generoso. Pode ser sensível e cavalheiro, corajoso embora comedido. Pode ter todas as qualidades que existem, mas sempre estará muito próximo da lama, caminhando em uma linha muito tênue entre a honradez e a imoralidade se tiver um vício. Qualquer vício que seja. Aos pés de um vício um grande homem se curva, se rebaixa, sempre desequilibrado na beira de um precipício moral.
Não há dignidade no vício.
Não há dignidade no vício.
segunda-feira, 26 de março de 2007
domingo, 25 de março de 2007
Um pouco
Sou paranóico… Tenho um pouco de tudo, um pouco de obsessão, um pouco de ciúmes demais, um pouco de síndrome do pânico, um pouco de sonhos, um pouco (poucão) de depressão, um pouco de ninfomania, um pouco de alcoolismo, sou um pouco carinhoso demais, um pouco generoso demais, fumo um pouco demais, gosto de tudo um pouco, tenho um pouco de pesadelos sempre que consigo dormir e sou um pouco confuso.
Pelo que me recordo, aos 7 anos tive meu primeiro pesadelo horrível o suficiente para ser lembrado 17 anos depois... Nada de muito plausível ou real... Eu estava amarrado à uma cadeira e minha avó materna chegava sangrando e dizendo que era minha culpa e sumia, minha irmã chegava, não dizia nada (talvez por ter 4 anos quando eu tinha 7) e morria, sangrando também, meu pai era o último e também nada dizia e morria na minha frente sem dizer nada.
Nada muito real, embora os pesadelos fossem com o tempo se tornando tão reais que eu tinha que ligar para as pessoas ou ir até elas quando possível ao acordar para saber se foi realmente pesadelo ou realidade, que seja... Uma coisa mantém a outra.
À partir dos 10 anos fiz de mim um covarde introspectivo, aos 14 fiz de mim um rebelde com motivos nobres numa busca intelectual idiota, aos 17 fiz de mim um boêmio e a vida me fez poeta.
Eu amei bastante, chorei bastante e sofri bastante assim como a maioria das pessoas, talvez a única coisa que eu tenha de diferente do resto do mundo seja que o resto do mundo não sou eu. Só eu posso ter vergonha de mim mesmo, só eu posso sorrir ao terminar um poema que é meu, só eu posso sentir a minha dor de barriga, só eu posso ter o meu prazer no meu copo de whisky, só eu posso não entender a minha dor do jeito que eu não entendo (mesmo sabendo que nunca vai ser a maior do mundo, ainda bem), meu mundo é meu, só eu posso ver o mundo nos olhos da específica mulher que eu amo do jeito que eu vejo (e espero que seja minha para sempre), meu mundo é meu.
Acho que ainda consigo ser visto como uma pessoa normal, isso é um pouco perturbador, mas é minha perturbação da minha cabeça que é só minha.
Acho que isso é uma vantagem... Nunca deixei de ser eu mesmo, nem ousei tentar... É bom ceder a si próprio um pouco.
Ser um só um pouquinho humano no meio de monstros.
Pelo que me recordo, aos 7 anos tive meu primeiro pesadelo horrível o suficiente para ser lembrado 17 anos depois... Nada de muito plausível ou real... Eu estava amarrado à uma cadeira e minha avó materna chegava sangrando e dizendo que era minha culpa e sumia, minha irmã chegava, não dizia nada (talvez por ter 4 anos quando eu tinha 7) e morria, sangrando também, meu pai era o último e também nada dizia e morria na minha frente sem dizer nada.
Nada muito real, embora os pesadelos fossem com o tempo se tornando tão reais que eu tinha que ligar para as pessoas ou ir até elas quando possível ao acordar para saber se foi realmente pesadelo ou realidade, que seja... Uma coisa mantém a outra.
À partir dos 10 anos fiz de mim um covarde introspectivo, aos 14 fiz de mim um rebelde com motivos nobres numa busca intelectual idiota, aos 17 fiz de mim um boêmio e a vida me fez poeta.
Eu amei bastante, chorei bastante e sofri bastante assim como a maioria das pessoas, talvez a única coisa que eu tenha de diferente do resto do mundo seja que o resto do mundo não sou eu. Só eu posso ter vergonha de mim mesmo, só eu posso sorrir ao terminar um poema que é meu, só eu posso sentir a minha dor de barriga, só eu posso ter o meu prazer no meu copo de whisky, só eu posso não entender a minha dor do jeito que eu não entendo (mesmo sabendo que nunca vai ser a maior do mundo, ainda bem), meu mundo é meu, só eu posso ver o mundo nos olhos da específica mulher que eu amo do jeito que eu vejo (e espero que seja minha para sempre), meu mundo é meu.
Acho que ainda consigo ser visto como uma pessoa normal, isso é um pouco perturbador, mas é minha perturbação da minha cabeça que é só minha.
Acho que isso é uma vantagem... Nunca deixei de ser eu mesmo, nem ousei tentar... É bom ceder a si próprio um pouco.
Ser um só um pouquinho humano no meio de monstros.
sábado, 24 de março de 2007
Piedade e misericórdia
Piedade é aquilo que eu sinto quando vejo uma mãe enterrando o próprio filho.
Misericórdia é aquilo que assola meu peito ao ver chegar na janela do meu carro um menino que não sabe o que é a vida, por motivos que não discutirei aqui (efeito Brasil, falta de oportunidade, má criação, necessidade).
Peço ao mundo misericórdia...
Não pode chegar ao vidro de um carro de um poeta, que tem sonhos bonitos, generoso, que sempre quis ajudar todos, em tudo que foi possível, um garoto de no máximo 10 anos, com um canivete dizendo, me dá o dinheiro que eu vou embora sem rasgar tua cara, sem te furar... Completamente cheirado de cola...
Eu me entristeço de uma forma tão profunda que nem posso lastimar... Me machuca na alma ver coisas assim acontecerem, e sou impotente nessas questões...
Minha noiva estava ao lado, depois ela perguntou: “Por Que você não fechou o vidro” Eu respondi que não fechei porque ele não tinha o que tirar de mim.
Roubou 2 reais que eu tinha na carteira... Já fui assaltado por homens, por adolescentes muito mais vividos que eu. Ser assaltado por uma criança me deixou sem reação, descompensou minha pressão e eu passei mal algumas quadras adiante, com sensação de morte iminente...
Cara... era uma criança... uma criança que rasgaria minha cara do olho até o queixo porque eu não tinha dez reais na carteira...
É crime andar armado...
Não é crime deixar um filho perdido no mundo pra rasgar rostos ou jogar ácido na cara de mulheres indefesas no trânsito por algumas notas de dez.
E a bolsa família do nosso sapo barbudo só dá merreca de dinheirinho para aquelas mães que tem 3 filhos ou mais...
Se o nosso presidente incentiva os menos agraciados a terem mais menininhos que pegam canivetes para tirar dinheiro irrisório de pessoas de bem no farol para ganhar a bolsa família, quem sou eu para dizer que está tudo errado?
Mas eu sou metido... Sou inteligente, lúcido em minhas colocações...
Ta tudo errado, o mundo fede e tudo é uma bosta, e eu quero MESMO que todos esses hipócritas filhos da puta morram com navalhadas de menininhos de 8 anos que eles incentivaram o nascimento...
Misericórdia é aquilo que assola meu peito ao ver chegar na janela do meu carro um menino que não sabe o que é a vida, por motivos que não discutirei aqui (efeito Brasil, falta de oportunidade, má criação, necessidade).
Peço ao mundo misericórdia...
Não pode chegar ao vidro de um carro de um poeta, que tem sonhos bonitos, generoso, que sempre quis ajudar todos, em tudo que foi possível, um garoto de no máximo 10 anos, com um canivete dizendo, me dá o dinheiro que eu vou embora sem rasgar tua cara, sem te furar... Completamente cheirado de cola...
Eu me entristeço de uma forma tão profunda que nem posso lastimar... Me machuca na alma ver coisas assim acontecerem, e sou impotente nessas questões...
Minha noiva estava ao lado, depois ela perguntou: “Por Que você não fechou o vidro” Eu respondi que não fechei porque ele não tinha o que tirar de mim.
Roubou 2 reais que eu tinha na carteira... Já fui assaltado por homens, por adolescentes muito mais vividos que eu. Ser assaltado por uma criança me deixou sem reação, descompensou minha pressão e eu passei mal algumas quadras adiante, com sensação de morte iminente...
Cara... era uma criança... uma criança que rasgaria minha cara do olho até o queixo porque eu não tinha dez reais na carteira...
É crime andar armado...
Não é crime deixar um filho perdido no mundo pra rasgar rostos ou jogar ácido na cara de mulheres indefesas no trânsito por algumas notas de dez.
E a bolsa família do nosso sapo barbudo só dá merreca de dinheirinho para aquelas mães que tem 3 filhos ou mais...
Se o nosso presidente incentiva os menos agraciados a terem mais menininhos que pegam canivetes para tirar dinheiro irrisório de pessoas de bem no farol para ganhar a bolsa família, quem sou eu para dizer que está tudo errado?
Mas eu sou metido... Sou inteligente, lúcido em minhas colocações...
Ta tudo errado, o mundo fede e tudo é uma bosta, e eu quero MESMO que todos esses hipócritas filhos da puta morram com navalhadas de menininhos de 8 anos que eles incentivaram o nascimento...
quinta-feira, 22 de março de 2007
quarta-feira, 21 de março de 2007
Passado futuro
Viver do passado é uma merda... anula o futuro e cria um vazio crescente entre o presente e aquele passado pelo qual se vive...
Quanto mais se vive no passado, mais se distancia da própria vida.
Quanto mais se vive no passado, mais se distancia da própria vida.
Liberdade
A verdadeira liberdade é utópica. Se não estamos presos a pessoas ou coisas quaisquer que sejam, estamos presos a nós mesmos, em nós mesmo e por nós mesmos.
Ser livre é poder morrer.
Ser livre é poder morrer.
Ápice do amor
Existe o nirvana em um casal. É um estado de harmonia plena que se atinge quando se chega a um conhecimento tão profundo dentro do outro e de si próprio, que as palavras não fazem mais sentido e as almas se fundem, tornam-se unas e se separam gêmeas, laço eterno que não depende mais de nada para existir. Co-existem em corpos diferentes mas olhares iguais.
Inside ourselves
Havia uma luz bruxuleante que nos guiava docemente. Não lembro exatamente quando foi que um sopro doentio de desalento apagou-a e nos perdemos na penumbra.
Pequenos prazeres
Restam algumas coisas boas na vida. Deitar bêbado no breu e ouvir música é uma delas. Saborear a música até adormecer.
Eu vivo em nostalgia, me alimento de passado. Caminho olhando sobre o ombro, sinto como se tivesse mais vida atrás de mim do que por vir. Isso é um pouco triste, incômodo de constatar.
Eu vivo em nostalgia, me alimento de passado. Caminho olhando sobre o ombro, sinto como se tivesse mais vida atrás de mim do que por vir. Isso é um pouco triste, incômodo de constatar.
Vendo o dia apagar-se
O tempo precisa passar Zéssilva. Tira o dedo do nariz e me responde filho da puta.
É, eu sei que não passa irmão... Eu sei que as coisas não acontecem e a espera ensandece. Eu só queria saber como você consegue ficar assim tranqüilo, com o dedo no nariz como se estivesse tudo bem...
Não cara... Você não está entendendo... Não está tudo bem...
É, eu sei que não passa irmão... Eu sei que as coisas não acontecem e a espera ensandece. Eu só queria saber como você consegue ficar assim tranqüilo, com o dedo no nariz como se estivesse tudo bem...
Não cara... Você não está entendendo... Não está tudo bem...
terça-feira, 20 de março de 2007
uma lágrima
Os telefones tocam sempre... De uma forma ou de outra...
Quando se tem ânimo, quando se tem dinheiro, quando se tem sonhos bonitos que podem se concretizar, quando existe esperança
as pessoas somem, a vida corre, cada um se arrasta do jeito que pode, e se não se arrasta hoje, se arrastará um dia...
Claro que continuo tendo sonhos, evidente que ainda penso em ser feliz, por mais infeliz que tenham sido minhas noites, e meus dias sempre foram escuros...
Eu tenho poucos amigos... com um deles foi esse trecho de diálogo que deixo aqui...
Otsuka
amanha a noite vc ta ocupado?
Amigo x diz:
essa semana tô... to trabalhando em casa a noite
Otsuka diz:
qdo vc puder, vamos beber como nos velhos tempos
x diz:
vamos
há um bom vinho aqui guardado com o seu nome nele
um amigo trouxe do chile
disse q era um cabernet do caralho
Otsuka diz:
pq vc me abandona e agora quer me fazer chorar?
"Não hesito em chorar, mas procuro ser breve"
frase minha mesmo...
um grande abraço
Quando se tem ânimo, quando se tem dinheiro, quando se tem sonhos bonitos que podem se concretizar, quando existe esperança
as pessoas somem, a vida corre, cada um se arrasta do jeito que pode, e se não se arrasta hoje, se arrastará um dia...
Claro que continuo tendo sonhos, evidente que ainda penso em ser feliz, por mais infeliz que tenham sido minhas noites, e meus dias sempre foram escuros...
Eu tenho poucos amigos... com um deles foi esse trecho de diálogo que deixo aqui...
Otsuka
amanha a noite vc ta ocupado?
Amigo x diz:
essa semana tô... to trabalhando em casa a noite
Otsuka diz:
qdo vc puder, vamos beber como nos velhos tempos
x diz:
vamos
há um bom vinho aqui guardado com o seu nome nele
um amigo trouxe do chile
disse q era um cabernet do caralho
Otsuka diz:
pq vc me abandona e agora quer me fazer chorar?
"Não hesito em chorar, mas procuro ser breve"
frase minha mesmo...
um grande abraço
segunda-feira, 19 de março de 2007
Setecentos PORRA!
Não posso deixar de fazer essa babaquice...
Claro que não significa nada, absolutamente coisa alguma, mas me deixa contente, afinal minha poesia sou eu, é tudo que eu tenho
700 CARALHO!
EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
www.darkdreams.com.br
e vai a ultima poesia que eu recitei em um bar...
Há olhos que são estrelas
Moro em uma cidade sem estrelas
Uma cidade em o que se quer venerar
Está impuro
Da janela do meu quarto um turbilhão de prédios que tentam me alcançar
Se me escondo nas cobertas, fatigado
Não é por medo do escuro
Mas por medo do que me tornei
Vivendo nesta cidade sem estrelas
Moro em uma cidade que o entardecer é cinza
E o pôr do sol não é visível
As alvoradas são distantes
Não são o que sonho de um amanhecer
Moro em uma cidade onde a poesia está perdida
Mendiga, com as calças urinadas, pedindo misericórdia
Nesta cidade não há resgate, ou intenção de mãos estendidas
A noite que agora me acolhe, em breve me atacará
As mãos que hoje se entrelaçam,
Amanhã não se lembram do nome
Nem tampouco da cor dos olhos
Que as encontraram
Brisa noturna com cheiro de esgoto
Devem ser dos fantasmas que habitam a madrugada
Morre-se sem saber porque nasceu
Cai-se morto sem saber que nunca viveu
Eu, fico procurando a lua
Senhora, me aparece e não me vê
E o hálito azedo da madrugada me lembra de que vivo
Nesta cidade sem estrelas
Moro em uma cidade em que a lua usa véu
Para escapar dos olhares fúnebres
E por não querer ver com nitidez as ações
Daqueles que caminham por lá
Tenho sede
Minha língua áspera implora
Tenho fome
Durmo sem saber como me deitei
E o dia seguinte é sempre igual
Olho para o lado, sonolento
E a aurora é uma janela fechada
Acendo um cigarro, sorrio
Abro a janela
Já é tarde, e a tarde são prédios enfileirados
Uma pomba radioativa tenta dizer alguma coisa
Marcada pela podridão
Moro nesta cidade onde se chora e não se ouve
Nesta cidade, último refúgio dos suicidas
Moro nesta cidade que cheira depressão
Verte hostilidade pela garganta seca de poluição
Cidade que não sabe o que é o silêncio
Embora todas os corpos que caminham
Caminham escondidos no mais profundo
Silêncio
Procuro estrelas nos olhos das meninas
Procuro olhos que são estrelas de gente que vale a pena
E todos estão perdidos
Como eu
Há olhos que são estrelas
Estrelas bêbadas, estrelas perdidas
Estrelas cegas, sem rumo
Não há esperança para pessoas que carregam estrelas
Donas de coração louvável mas de olhar vazio
Nesta cidade onde não se encontra cheiro de grama
Onde o orvalho suja a seda que se põe no caule da rosa
Para proteger mãos pálidas de espinhos indefesos
Rosa com câncer de solo infértil
Lutou para nascer e se arrependeu
O amanhã só não é igual a ontem
Pelos olhos que me são sinceros
Pela poesia, que redundante muda a ordem das palavras
E pelos acordes de violão que me acalmam, e são nossos
Moro nesta cidade desconfiança
Crenças vazias e esperanças vãs
Respiro fundo o ar acre que me é oferecido
Olho para o céu turvo que existe com descaso
E vem descendo, descendo, descendo
Apago meu cigarro
Coloco meu chapéu
E sorrio para a cidade que me ignora
Fecho a porta atrás de mim
Caminho com passos indiferentes
E hesito antes de olhar para trás temeroso
Alcanço o elevador
Canto com a música enjaulada em vidros fumê
Como se tivesse companhia
Como se houvesse algum calor
E penetro a noite que me aguarda
São Paulo, 26 de agosto de 2004
Tenho 22 anos existidos
Moro em uma cidade sem estrelas
E alguns olhos que gostam de me ver
E são estrelas
26-8-2004
Claro que não significa nada, absolutamente coisa alguma, mas me deixa contente, afinal minha poesia sou eu, é tudo que eu tenho
700 CARALHO!
EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
www.darkdreams.com.br
e vai a ultima poesia que eu recitei em um bar...
Há olhos que são estrelas
Moro em uma cidade sem estrelas
Uma cidade em o que se quer venerar
Está impuro
Da janela do meu quarto um turbilhão de prédios que tentam me alcançar
Se me escondo nas cobertas, fatigado
Não é por medo do escuro
Mas por medo do que me tornei
Vivendo nesta cidade sem estrelas
Moro em uma cidade que o entardecer é cinza
E o pôr do sol não é visível
As alvoradas são distantes
Não são o que sonho de um amanhecer
Moro em uma cidade onde a poesia está perdida
Mendiga, com as calças urinadas, pedindo misericórdia
Nesta cidade não há resgate, ou intenção de mãos estendidas
A noite que agora me acolhe, em breve me atacará
As mãos que hoje se entrelaçam,
Amanhã não se lembram do nome
Nem tampouco da cor dos olhos
Que as encontraram
Brisa noturna com cheiro de esgoto
Devem ser dos fantasmas que habitam a madrugada
Morre-se sem saber porque nasceu
Cai-se morto sem saber que nunca viveu
Eu, fico procurando a lua
Senhora, me aparece e não me vê
E o hálito azedo da madrugada me lembra de que vivo
Nesta cidade sem estrelas
Moro em uma cidade em que a lua usa véu
Para escapar dos olhares fúnebres
E por não querer ver com nitidez as ações
Daqueles que caminham por lá
Tenho sede
Minha língua áspera implora
Tenho fome
Durmo sem saber como me deitei
E o dia seguinte é sempre igual
Olho para o lado, sonolento
E a aurora é uma janela fechada
Acendo um cigarro, sorrio
Abro a janela
Já é tarde, e a tarde são prédios enfileirados
Uma pomba radioativa tenta dizer alguma coisa
Marcada pela podridão
Moro nesta cidade onde se chora e não se ouve
Nesta cidade, último refúgio dos suicidas
Moro nesta cidade que cheira depressão
Verte hostilidade pela garganta seca de poluição
Cidade que não sabe o que é o silêncio
Embora todas os corpos que caminham
Caminham escondidos no mais profundo
Silêncio
Procuro estrelas nos olhos das meninas
Procuro olhos que são estrelas de gente que vale a pena
E todos estão perdidos
Como eu
Há olhos que são estrelas
Estrelas bêbadas, estrelas perdidas
Estrelas cegas, sem rumo
Não há esperança para pessoas que carregam estrelas
Donas de coração louvável mas de olhar vazio
Nesta cidade onde não se encontra cheiro de grama
Onde o orvalho suja a seda que se põe no caule da rosa
Para proteger mãos pálidas de espinhos indefesos
Rosa com câncer de solo infértil
Lutou para nascer e se arrependeu
O amanhã só não é igual a ontem
Pelos olhos que me são sinceros
Pela poesia, que redundante muda a ordem das palavras
E pelos acordes de violão que me acalmam, e são nossos
Moro nesta cidade desconfiança
Crenças vazias e esperanças vãs
Respiro fundo o ar acre que me é oferecido
Olho para o céu turvo que existe com descaso
E vem descendo, descendo, descendo
Apago meu cigarro
Coloco meu chapéu
E sorrio para a cidade que me ignora
Fecho a porta atrás de mim
Caminho com passos indiferentes
E hesito antes de olhar para trás temeroso
Alcanço o elevador
Canto com a música enjaulada em vidros fumê
Como se tivesse companhia
Como se houvesse algum calor
E penetro a noite que me aguarda
São Paulo, 26 de agosto de 2004
Tenho 22 anos existidos
Moro em uma cidade sem estrelas
E alguns olhos que gostam de me ver
E são estrelas
26-8-2004
A ansiedade palpita no vácuo do peito
Um grande artista liberta-se dos próprios pudores. Morre sempre sem ter vivido, possui todas as coisas, todas as mulheres com o olhar, com os olhos chama-as em silêncio e tem a tudo em um devaneio pleno.
Possui tudo aquilo que nunca vira, com os sonhos, sonha e tem tudo aquilo que existe e tudo aquilo que não existe também.
Um grande artista erra pela existência
Possui tudo aquilo que nunca vira, com os sonhos, sonha e tem tudo aquilo que existe e tudo aquilo que não existe também.
Um grande artista erra pela existência
Roubaram o meu céu
Fico a noite toda desperto na esperança tola
De ver alguma estrela nesse céu abandonado por todos os deuses
E quando enfim a alvorada me chega ardente
Sinto-me doente e preciso fechar a janela
Enfiar-me nas cobertas
E desejar adormecer para nunca mais despertar
E desperto sempre quando o céu está claro demais para ter estrelas
De ver alguma estrela nesse céu abandonado por todos os deuses
E quando enfim a alvorada me chega ardente
Sinto-me doente e preciso fechar a janela
Enfiar-me nas cobertas
E desejar adormecer para nunca mais despertar
E desperto sempre quando o céu está claro demais para ter estrelas
Ah, nasci na época errada
Tirando o fato de eu gostar das bandas mortas, dos poetas mortos, dos romancistas mortos, de tudo que é póstumo, tem uma frase que cresceu junto comigo, tanto que não sei nem quem é o autor... E por isso peço sinceros perdões (já que um só seria insuficiente).
"Um homem só morrerá completo se plantar uma árvore, publicar um livro e tiver um filho"
é algo assim...
hoje, além de ter ficado mais fácil, perdeu o brilho e a paixão
Hoje em dia, um homem é completo se for o estereótipo de beleza, se tiver várias para trepar a hora que quiser e tiver um blog ou fotolog... E isso serve para as mulheres também.
Engraçado... o mundo fez a redação publicitária reduzir-se a frases sucintas e concisas... concordo com isso (Less is more)
A evolução do mundo fez os capítulos dos livros mais curtos, fez o break comercial, fez tudo ficar minimalista...
E minha frase adaptada no tempo ficou maior que a original... Acho que essa é a grande prova de que nasci no século errado... Dois séculos atrasado...
"Um homem só morrerá completo se plantar uma árvore, publicar um livro e tiver um filho"
é algo assim...
hoje, além de ter ficado mais fácil, perdeu o brilho e a paixão
Hoje em dia, um homem é completo se for o estereótipo de beleza, se tiver várias para trepar a hora que quiser e tiver um blog ou fotolog... E isso serve para as mulheres também.
Engraçado... o mundo fez a redação publicitária reduzir-se a frases sucintas e concisas... concordo com isso (Less is more)
A evolução do mundo fez os capítulos dos livros mais curtos, fez o break comercial, fez tudo ficar minimalista...
E minha frase adaptada no tempo ficou maior que a original... Acho que essa é a grande prova de que nasci no século errado... Dois séculos atrasado...
A aterrorizante passagem obscura
As pessoas só chamam a morte de eternidade por um motivo muito simples ao meu ver.
Quando alguém morre, elas passam as suas próprias eternidades sem poderem tocar aquele que foi, e o que alenta-os é pensar saber (ou crer) que os que atravessaram a fronteira do desconhecido estão eternamente em paz e harmonia.
Minha eternidade é até meu cérebro parar de emitir ondas doentias.
Quando alguém morre, elas passam as suas próprias eternidades sem poderem tocar aquele que foi, e o que alenta-os é pensar saber (ou crer) que os que atravessaram a fronteira do desconhecido estão eternamente em paz e harmonia.
Minha eternidade é até meu cérebro parar de emitir ondas doentias.
domingo, 18 de março de 2007
Quem foi que pregou que sou inferior? Quem foi o primeiro filho da puta a escrever isso?
Sei sobre tuas doutrinas e não aceito ordens
Que espécie de filosofia é esta
Sem embasamento algum?
Sim, me senti mal, claro que chorei
E evoco o que for para aliviar minha angústia
Desde quando? Existem relatos absurdos como essas linhas?
Quero datas, nomes, quero números e culpados
Quero fatos e quero todos
Quero provas
Rebanho insuficiente
Força ausente
Carente...
Rebanho... Insuficiente.
Não é contigo que eu falo
Discurso para todos vocês
Cada ovelha singular.
Me senti mal pela ofensa e estudarei
Aquele que crê teme
Eu temo sem crer
E enfrento meus demônios
Covardes pensadores.
Se houver inferno, queime nele seu ingrato
Que espécie de filosofia é esta
Sem embasamento algum?
Sim, me senti mal, claro que chorei
E evoco o que for para aliviar minha angústia
Desde quando? Existem relatos absurdos como essas linhas?
Quero datas, nomes, quero números e culpados
Quero fatos e quero todos
Quero provas
Rebanho insuficiente
Força ausente
Carente...
Rebanho... Insuficiente.
Não é contigo que eu falo
Discurso para todos vocês
Cada ovelha singular.
Me senti mal pela ofensa e estudarei
Aquele que crê teme
Eu temo sem crer
E enfrento meus demônios
Covardes pensadores.
Se houver inferno, queime nele seu ingrato
sábado, 17 de março de 2007
Reflexão de uma manhã de sábado
Tido que existem coisas boas e ruins, que existem situações em que se escolhe e situações que te escolhem, ações volutárias e ações obrigatórias e a frequência com que cada qual ocorre, me deixa bravo.
A forma com a qual a maré nos faz viver é desrespeitosa, vai contra a natureza do animal que em nós habita, vai contra os instintos que temos de reprimir em cada minuto.
"O que estou fazendo aqui" é a frase mais comum dos descontentes sobreviventes da vida...
O mundo nos fez inquietos, sempre reclamando do que está à nossa volta, nunca satisfeitos.
Insistir em viver é ir contra a razão, é tirar sarro da lucidez.
A forma com a qual a maré nos faz viver é desrespeitosa, vai contra a natureza do animal que em nós habita, vai contra os instintos que temos de reprimir em cada minuto.
"O que estou fazendo aqui" é a frase mais comum dos descontentes sobreviventes da vida...
O mundo nos fez inquietos, sempre reclamando do que está à nossa volta, nunca satisfeitos.
Insistir em viver é ir contra a razão, é tirar sarro da lucidez.
quarta-feira, 14 de março de 2007
Sobre a depressão
Já não vejo mais razão para me levantar, para tomar banho ou escovar os dentes. Eu faço tudo isso, sem vontade, como se não fizesse, sem sentido, quando o que manda minha alma é fazer nada disso.
Tenho falta de ar e meu peito dói. Ando tão apático que nem preocupado eu consigo ficar (comigo é claro, me preocupo aflitivamente com aqueles que amo). Acho que meu organismo está desistindo aos pouquinhos, de forma tão imperceptível quanto é possível.
Na maior das verdades eu não consigo lutar contra mim mesmo e sei que estou só
Sei, ou ao menos sinto, que tenho ainda muita coisa a escrever...Sinto que não saí ainda do começo da minha obra. E me sinto enfermo, morrendo...
Morrendo!
Engraçado como nessas horas em que o ar me falta mais densamente, meu estômago arde mais agressivamente e as pontadas no peito são mais fortes, eu sinto uma estranha paz, uma paz muito grande e boa em meio ao desalento desordenado e perfeito. Mesmo com os braços e pernas moles, pesados e dormentes. Morrendo!
É assim mesmo, o dia está claro, quente e bonito. A claridade ofusca as vistas. Existe a natureza e parece tão frágil quanto eterna. Sábia e cruel. E eu aqui, profundamente entristecido.
Acho que algumas pessoas estão fadadas a viver pouco, esse é o tipo de situação desagradável que se tem de aceitar, tido que é inexorável e seria estúpido ficar reclamando ou lamentando.
Consola-me saber que existiram grandes seres humanos que viveram muito pouco e fizeram muito, o primeiro exemplo que bóia na minha mente é Álvares de Azevedo. Em contrapartida existiram e sempre existirão pessoas que viveram muito e pouco fizeram de grande ou belo, quando não nada.
Não considero isso algum tipo de injustiça, já que nessas divagações imbecis acabo chegando a algo próximo de uma conclusão alentadora. Acho até que cada um vive até esgotar-se, quando seca a fonte, quando não há mais o que produzir, definha merecida e completamente.
“Tudo murcha num dia, aquele que vive demais morre vivo” – Chateaubriand
Fernando Pessoa deixou seu Livro do Desassossego interminado, e segundo muitos, eu inclusive, é uma obra muito mais pura e genial do que se ele tivesse podado, tosado, refinado, ou feito qualquer coisa que o valha... Acho que todo grande artista morre antes do declínio.
Meus amigos incontáveis vezes me tiraram do buraco, mas chega uma hora que nem os braços mais longos e bondosos alcançam o fundo de um buraco tão profundo.
Talvez seja realmente tarde demais...
Meus devaneios já não são mais belos, minhas divagações me trazem imagens mentais horríveis.
Devaneios não diferem mais dos pesadelos medonhos que eu tenho quando durmo. Agora é pra valer. Toda a minha vida virou algum tipo de terror noturno depressivo.
Envolto nessa espera que me consome, nessa angústia que não tem fim
Ontem mesmo, durante a madrugada, chorei em silencio, sem violência, como alguém que acatou sua condição, acostumou-se a toda dor angustiante e só deixa escorrer as lágrimas pesadas sem conter nem forçar, por não suportar tanto peso, para apenas aliviar um pouco a alma.
Saiu. Sumiu na penumbra, andarilho da garrafa de Pernod Ricard gelada. Breu. As lágrimas que banhavam-lhe as faces eram quentes e invisíveis. Perdido.
Um poeta estuda a beleza. Exilado na noite.
Tenho falta de ar e meu peito dói. Ando tão apático que nem preocupado eu consigo ficar (comigo é claro, me preocupo aflitivamente com aqueles que amo). Acho que meu organismo está desistindo aos pouquinhos, de forma tão imperceptível quanto é possível.
Na maior das verdades eu não consigo lutar contra mim mesmo e sei que estou só
Sei, ou ao menos sinto, que tenho ainda muita coisa a escrever...Sinto que não saí ainda do começo da minha obra. E me sinto enfermo, morrendo...
Morrendo!
Engraçado como nessas horas em que o ar me falta mais densamente, meu estômago arde mais agressivamente e as pontadas no peito são mais fortes, eu sinto uma estranha paz, uma paz muito grande e boa em meio ao desalento desordenado e perfeito. Mesmo com os braços e pernas moles, pesados e dormentes. Morrendo!
É assim mesmo, o dia está claro, quente e bonito. A claridade ofusca as vistas. Existe a natureza e parece tão frágil quanto eterna. Sábia e cruel. E eu aqui, profundamente entristecido.
Acho que algumas pessoas estão fadadas a viver pouco, esse é o tipo de situação desagradável que se tem de aceitar, tido que é inexorável e seria estúpido ficar reclamando ou lamentando.
Consola-me saber que existiram grandes seres humanos que viveram muito pouco e fizeram muito, o primeiro exemplo que bóia na minha mente é Álvares de Azevedo. Em contrapartida existiram e sempre existirão pessoas que viveram muito e pouco fizeram de grande ou belo, quando não nada.
Não considero isso algum tipo de injustiça, já que nessas divagações imbecis acabo chegando a algo próximo de uma conclusão alentadora. Acho até que cada um vive até esgotar-se, quando seca a fonte, quando não há mais o que produzir, definha merecida e completamente.
“Tudo murcha num dia, aquele que vive demais morre vivo” – Chateaubriand
Fernando Pessoa deixou seu Livro do Desassossego interminado, e segundo muitos, eu inclusive, é uma obra muito mais pura e genial do que se ele tivesse podado, tosado, refinado, ou feito qualquer coisa que o valha... Acho que todo grande artista morre antes do declínio.
Meus amigos incontáveis vezes me tiraram do buraco, mas chega uma hora que nem os braços mais longos e bondosos alcançam o fundo de um buraco tão profundo.
Talvez seja realmente tarde demais...
Meus devaneios já não são mais belos, minhas divagações me trazem imagens mentais horríveis.
Devaneios não diferem mais dos pesadelos medonhos que eu tenho quando durmo. Agora é pra valer. Toda a minha vida virou algum tipo de terror noturno depressivo.
Envolto nessa espera que me consome, nessa angústia que não tem fim
Ontem mesmo, durante a madrugada, chorei em silencio, sem violência, como alguém que acatou sua condição, acostumou-se a toda dor angustiante e só deixa escorrer as lágrimas pesadas sem conter nem forçar, por não suportar tanto peso, para apenas aliviar um pouco a alma.
Saiu. Sumiu na penumbra, andarilho da garrafa de Pernod Ricard gelada. Breu. As lágrimas que banhavam-lhe as faces eram quentes e invisíveis. Perdido.
Um poeta estuda a beleza. Exilado na noite.
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