Ensaios
Bruno Otsuka
I
Sempre tateei no escuro
Existe o poeta
Pleno e perdido em tanto amor
II
O mais infeliz dos homens
Sonhos invadidos por toda dor que há
Não sabe mais o que é real
III
Os anos foram
Para onde não sei
Não, não voltam mais
IV
Moldei-me um homem para ti
Não sei mais viver sem ser o que me tornei
Sem esperar tua presença
V
É poeta
Vive no passado
Temendo o futuro
VI
Vives comigo em sonhos
Que são puros
Transbordam carinho
VII
Vampirismo psíquico
Dores musculares
Nenhuma esperança
VIII
Névoa suspensa no espaço
Branca escuridão
Vil
IX
Ante ontem não tenho passado
Ontem o passado me corrói
Hoje meus erros me mutilam
X
Grito com toda força que resta
Bolhas de desespero
De estar submerso
XI
Junto as palmas das mãos
Junto as plantas dos pés
E não entendo o que faço
XII
Logo que amanheceu
Havia um aperto
Rosnando no meu peito
XIII
Olhar cadavérico
Etéreo
Atroz
XIV
Tenho dúvidas na mente
Lágrimas nos olhos
E muita dor no coração
13-3-2005
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
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