terça-feira, 31 de julho de 2007

Ricardo Otsuka

após eu ter resolvido um pequeno problema

Porra pai... o que seria de você sem mim?

Rico filho...

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Claudete Otsuka

"Se eu tivesse sido rica, seria médica, como era pobre virei mãe."

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Perder alguém querido é duro

Perder a si mesmo e ficar anos tentando reencontrar - a alegria que talvez nunca tenha existido, os sonhos, a esperança -

sabendo ser impossível... é devastador, incontornável.

enfim, versos

Há versos que eu sinto ser o último
Há dias que eu sinto que pode ser o último
Suspiros... Nunca senti o último
E eu a tanto tempo sem fazer versos
Versos que fazem suspirar
Fiz nesta noite passada, insone, um poema
E houve uma das coisas que realmente me incomodam:

Lágrimas bobas.

Segue um trecho do poema chamado Lamento

Foram anos inefáveis
Tudo que fiz ou vi
Não necessariamente vivi

Não sou isento de culpa, mas de vida
Quantas noites não cantei versos
E quantas vezes não me ouvi?(...)


Link http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=850

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Paulo Leminski

pelos caminhos que ando
um dia vai ser
só não sei quando

sábado, 21 de julho de 2007

Nada vale a pena

Tomou banho, perfumou-se
Foi à manicure pela primeira vez
foi ao barbeiro
cortou o cabelo e fez a barba
Comprou roupa nova, vestiu-se
Foi ao dentista
Tudo para ela

Ataque cardíaco
Fez tudo para morrer bonitinho

Nightmare

A história é sempre igual

duas horas de sono mal dormido por noite e um pesadelo horrível e terrivelmente real

olha... sério, não suporto mais não...

segunda-feira, 16 de julho de 2007

As qualidades você já conhece...

Sei bem que poderia ser um homem melhor para você
-Em meus hábitos, minhas atitudes, meu ciúme, meus medos-
Sei também que (aos poucos) serei

O que me intriga é saber que é impossível eu te amar amanhã, ainda mais do que eu te amo hoje
E sei que amanhã amarei mais.

Já que dizem que EU só falo de MIM

EU fico com o sonho que inebria
Com a eterna felicidade como cisma
Durmo com a plena insônia bêbada
Das trevas em que minha alma abisma

EU suspiro na sombra fria
E sei que minha grande fantasia
De felicidade e alegrias matinais
São a mais longínqua utopia.

Sai pra lá limítrofe

hey... não me culpem por fugir dos seres humanos vazios....

Eu fujo, ignoro, fujo de novo, e o faço com orgulho de poeta

se é que existe orgulho em ser poeta

sábado, 14 de julho de 2007

Dark embrace

... Feeling... Lonely?

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Elenice Mori

um trecho de um post da lele

"E quem precisa de um poeta dentro de si?

Pretensão, fantasia, ou mesmo inveja dos poetas que me fascinam e transportam para outra dimensão.

Poetas são seres cujo talento vai além do simples querer. Fazer poesia é algo sagrado e especial, e poetas são anjos que foram criados para nos lembrar que existe sonho, que existe dor, que existe amor, ódio, que existe o bem e o mal. E que a despeito disto tudo, existe beleza e harmonia em cada canto do universo."

brilhante lele.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Farelo

Não hesitei um instante sequer
E minha vida foi desfeita
Antes mesmo de ser feita
Por um par de olhos de mulher!

São breves instantes
Que transformam simples corpos
Em olhares amantes.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Aquela melancolia de que está sim, sim repleta
Inteira, macia, pura e distante
apunhalando com calma e serenamente
O peito de um poeta

Aqueles olhares perdidos
E os últimos olhares distantes
Que fazem palpitar os colos carentes
De todos os amantes

é... é inefável mesmo... paciência...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Eu vi mais que eu gostaria...

E vi em uma idade feita para ser pura... Fui semeado de pesadelos

Eu vi a escuridão que existe em mim... E não gostei.
Se fui feliz? Lhe digo que não...
Mas amei pessoas e coisas
é... tive bons momentos :)

I feel so hollow

O que, fora whisky e um abraço de alguém querido traz mais bem e alívio para uma alma em agonia

Do que uma música que a traduza?

A música ativa em nós um sentido além dos 5, preenche um pouco do vazio que insiste em estar no peito de alguns de nós.

Desculpe pelo tamanho, eu sei que a idéia do blog é ser dinâmico, mas...


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Björk

"I've Seen It All"

I've seen it all, I have seen the trees,
I've seen the willow leaves dancing in the breeze
I've seen a man killed by his best friend,
And lives that were over before they were spent.
I've seen what I was - I know what I'll be
I've seen it all - there is no more to see!

You haven't seen elephants, kings or Peru!
I'm happy to say I had better to do
What about China? Have you seen the Great Wall?
All walls are great, if the roof doesn't fall!

And the man you will marry?
The home you will share?
To be honest, I really don't care...

You've never been to Niagara Falls?
I have seen water, its water, that's all...
The Eiffel Tower, the Empire State?
My pulse was as high on my very first date!
Your grandson's hand as he plays with your hair?
To be honest, I really don't care...

I've seen it all, I've seen the dark
I've seen the brightness in one little spark.
I've seen what I chose and I've seen what I need,
And that is enough, to want more would be greed.
I've seen what I was and I know what I'll be
I've seen it all - there is no more to see!

You've seen it all and all you have seen
You can always review on your own little screen
The light and the dark, the big and the small
Just keep in mind - you need no more at all
You've seen what you were and know what you'll be
You've seen it all - there is no more to see!
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Ela canta essa música com o Thom Yorke no FANTÁSTICO filme, Dançando no escuro, estrelado pela mesma, quem não viu, deveria largar o que está fazendo e assistir.

mais do mesmo

Silencio meus passos hesitantes no escuro
Na obscura hora derradeira
Quando imóvel meus olhos vidram
Por minha lágrima primeira

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Contraste

Respiro fundo num susto
E num soluço de lucidez
Reconheço mais uma vez
A treva que em mim mora

Sem que eu possa impedir
-Enxame de sordidez-
Chega a fria luz da aurora.


Bruno Kendy Otsuka
Quem nunca sentiu inveja literária que atire a primeira bola de bosta!

Evapora tão rápido...

Quem nunca sofreu a agonia de perder um verso! Estou ficando relapso... Perdi duas idéias em dois dias... Talvez isso signifique alguma coisa... E toda coisa que significa alguma coisa me amedronta...

Evapora rápido ou é minha cabeça que já não ajuda?

Tenho inveja daqueles poetas cantadores de odes, os declamadores que tinham mil poemas na cabeça e recitavam quando finalmente a noite lhes chegava através do absinto e do ópio...

Talvez meus versos não sejam suficientemente bons para serem lembrados... Nem por mim, que de fato, não recito um poema inteiro de cor sequer...

A única poesia que eu tenho de cor é o soneto "Versos Íntimos" de Augusto dos Anjos, digníssima de ser lembrada.

Attilio Milano

"Poesia é doença que só encontra remédio na morte"

"A morte levou-te cedo para que a tua glória não viesse tarde"

in: Prefácio de Poesias Completas de Álvares de Azevedo

terça-feira, 3 de julho de 2007

Um poema do começo do ano

Filho da Metrópole
Bruno Otsuka

Sou filho da metrópole
Já nasci contaminado, doente
Todas as minhas ânsias
São urgentes

Não há em quem possa confiar
Não há alguém para crer
Sabiamente não procuro respostas
Aguardo pacientemente perecer

Não pode perder o rumo
Aquele que nunca soube o caminho
Não tem como se perder
Aquele que já nasceu sozinho

Sou filho da metrópole
Não se encontra quem já nasceu perdido
Paranóico num oceano de gente
Na nascente eu já estava poluído

Sociofóbico e inativo
Nunca me sinto bem vindo
Sem lar, existindo sem motivo
Apavorado, peregrino sem sentido

Sou o que restou de uma epidemia
Sou advindo da mais rubra hemorragia
Internamente corrosiva
Sou o abrigo da agonia

Sou cria de uma cultura de abandono
Mutação da mais devastadora doença
Cultura de estereótipos e indiferença
Sou o resultado da mais niilista descrença

Sou fruto dessa cidade, cárcere seletivo
Onde cada presença pesa mais que qualquer ausência
São todos pálidos os sorrisos

Filho da metrópole que esmorece em sangria
Noites mal dormidas esmaecendo em sono denso
Indisposição perfumando cada dia

Sou resultado da mais profunda desarmonia
Caminho e tenho sonhos inalcançáveis
Semeando o abismo que angustia

Sento-me nos bares e bebo para conseguir dormir
Olho as construções e ouço as músicas que alimentam
Vejo um mundo, sinto a brisa no rosto e lembro das crianças
Nada são senão poços infindos exalando desesperanças.


12-1-2007