terça-feira, 28 de agosto de 2007

And you?

What hurts you the most?

What makes you weep instead of sleep?

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

oh... the past

é, eu sei... estou saudosista... é saudade da inspiração, dos versos, da paz inquieta...

Juro que me dói... não, nada disso... outra coisa... ei... te amo... :) p a r a c a c e t e . . .

Me dá a mão?

Não se esqueça do ramo de alecrim

Não se esqueça do ramo de alecrim
Bruno Otsuka

Quando for partir
Não deixe de olhar para trás

Quando for sorrir
Não se esqueça das lembranças más

O que ficou é o que te fará definhar
Teus erros
Teu penar

Teus passos aniquilam teus espaços
E não se esqueça de envelhecer...

Nada mais turvo que sofrer como criança
Tendo consciência do que significa a dor

Olhe no espelho e encare por cinco minutos
A fim de ver o que realmente é
E deixe de ser
A fim de sobreviver

Sinta estremecer de desalento
Pela miséria que se tornou

Teu sono que seja das maldições
A mais perturbadora.

Minha memória peca, ia te dizer algo...
Mas mesmo pecando memória e saúde, ficam os versos
Como prova de que existi
E existirei sem deixar máculas de caráter

Grita pequena. Grita que sedado não ouço teus murmúrios
Ou ao menos não me lembro de ter ouvido
Grita, que meus ouvidos entupidos de entorpecentes te ouvem
E os olhos boiando de embriaguez e sono contemplam
Enquanto brilhas mais que a lua
Inocente... Seja crucificada ao meu lado
Ingênuos e sem termos vivido

Faça da noite e de tua solitude teu cárcere mais profano,
para doravante abrir as asas de teu sorriso
Borboleta saindo do casulo
Tome o mundo como deveria ter sido
E mostre os dentes somente a aquilo com beleza real e que seja tão singelo que mereça esse brilho


Escuta...
Não conheço teus olhos
Mas visceralmente entendo tua alma.


31-1-2006

uma antiga

Ensaios
Bruno Otsuka

I

Sempre tateei no escuro
Existe o poeta
Pleno e perdido em tanto amor

II

O mais infeliz dos homens
Sonhos invadidos por toda dor que há
Não sabe mais o que é real

III

Os anos foram
Para onde não sei
Não, não voltam mais

IV

Moldei-me um homem para ti
Não sei mais viver sem ser o que me tornei
Sem esperar tua presença

V

É poeta
Vive no passado
Temendo o futuro

VI

Vives comigo em sonhos
Que são puros
Transbordam carinho

VII

Vampirismo psíquico
Dores musculares
Nenhuma esperança

VIII

Névoa suspensa no espaço
Branca escuridão
Vil

IX

Ante ontem não tenho passado
Ontem o passado me corrói
Hoje meus erros me mutilam

X

Grito com toda força que resta
Bolhas de desespero
De estar submerso

XI

Junto as palmas das mãos
Junto as plantas dos pés
E não entendo o que faço

XII

Logo que amanheceu
Havia um aperto
Rosnando no meu peito

XIII

Olhar cadavérico
Etéreo
Atroz

XIV

Tenho dúvidas na mente
Lágrimas nos olhos
E muita dor no coração

13-3-2005

Trecho de Tocando Estrelas

Quanto mais eu tento tocar as estrelas
Mais as estrelas se afastam do meu céu

Enquanto turvo minha percepção
Na esperança de sentir algum alívio
Flagelo-me ao léu

Acredito na beleza
Respostas trazidas pelo vento
Em suaves harmonias
Almofadas de cimento

Meu repouso está mais próximo de tormento
Do que de descanso propriamente dito
E que todo o sofrimento
Seja da felicidade o requisito


http://darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=730

Charles Baudelaire

"Poesia é simplesmente linguagem repleta no grau máximo possível de significado."

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Outer view

As vezes não se vê a verdade quando está muito próxima
E quando se vê já está de costas
Já está mudada e talvez não seja mais a verdade
Eu por meu lado me engano
É uma forma doentia de sofrer menos
Creio, por não ter possibilidade de suportar mais.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A arte é mais leve quando o pranto é mais raso
... to be continued

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

O cumpridor de promessas

Dois anos e oito meses e só conseguiu realmente sentir a brisa e inspirá-la de modo visceral, quando deu o primeiro passo para fora do hospital psiquiátrico onde jamais se sentira bem vindo ou adequado.
Após o impessoal ruído metálico das portas se fechando atrás de si (2 anos e oito meses antes o mundo estava atrás, agora, o inferno), pode viver aquele ar puro, campestre.
Um amor. Quase três anos de tortura por amar uma mulher. Respirou fundo mais uma vez e decidiu dar seus primeiros passos em liberdade – sabia no fundo que jamais estaria livre daquela chaga negra em seu espírito -.
Por um tempo caminhou a esmo, já que não tinha ninguém que o esperasse ou alguém para esperar. Continuou deliciando-se conforme lhe foi possível com o sopro leve e frio das montanhas de outono.
Sentia o empurrão de vento dos raros carros que passavam e imaginava que tipo de vida se escondia atrás daquelas armaduras de metal quando, finalmente, encontrou um café de beira de estrada que assim como a estrada estava cercado pela vegetação densa e autunal.
Entrou, esquentou o balcão com sua barriga inexistente e pediu um Pernod Ricard, com muito gelo por favor. O primeiro gole o fez sua de prazer e de angústia, na mente voltava o primeiro choque e os vômitos causados por pesadíssimos anti-depressivos.
Sorriu. Era livre agora, livre para um novo rumo, uma nova vida, livre para sofrer sozinho com suas lembranças e escolhas, jurou que manteria aquele sorriso e aquela sensação de alegria até o seu último segundo. Sentia isso fundo na alma.
O segundo gole trouxe prazer físico e moral, pediu um peixe grelhado e perguntou se poderia conhecer a cozinha.
Cozinha simples, mas organizada, honesta. Ao dizer olá muito prazer aos de direito, pegou a primeira faca que lhe pareceu afiada e dilacerou o próprio pescoço.

Desabou sorrindo, e o mesmo sorriso permaneceu.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Biscoito da sorte

Existiu, faz um certo tempo, um jovem rapaz que achou um biscoito da sorte no chão.
O biscoito disse:
Corra atrás dos seus sonhos.

Ele foi infeliz

Primeira hipótese: O biscoito mentiu.

Segunda hipótese: O rapaz não corria rápido o suficiente ou era o sonho que estava distante demais?

Terceira hipótese: Ele já era infeliz, que muda uma escolha?

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Indecisão

qual dos 2 é melhor?


Um frágil poema

http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=650

ou

Teu arrependimento

http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=508

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Trecho de Sonho e não sei acordar

Redescubro todo meu poder de sentir angústia
A embrulhar-me o estômago em greve
Olho meus erros em cada minúcia
Não hesito em chorar, mas procuro ser breve.

http://darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=631