Escorre desespero da fonte
Inerte como tudo
Tratei de ir embora
Fiz o que pude
E foi nada
Claro como tudo
Sol refletido no vidro
De um prédio tão alheio
Que me causa náusea
Afaga meu rosto com navalha
Tira o que me resta de pureza
Infeliz sanguessuga
Traga contigo aquilo de bom
Que sobrou no seu peito
Sempre sobra um restinho
Grita como Jó queria
Peca como Judas
Canalha bastardo
Um
Sorriso
Bastaria
Quanto é belo
Teu sorriso
Que me vale amanhecer
Ouso viver
Sem memória
Seria vida?
Quadros jamais pintados
Caneta sem tinta
Violino sem corda
Gritei e não ouvi
Nenhum som
Foi angustiante
Como um sonho ruim
Respirei pela primeira vez
E não morri desde então
sexta-feira, 24 de novembro de 2006
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
Cadáveres não precisam de colo
Relaxa meu pai
Eu não sei o que vai ser
Mas tenho uma saída, e você
Nada tem senão esperança
Beba esse whisky comigo
Deixe de ser criança
Eu atiro na família toda
E seremos só lembrança
Eu não sei o que vai ser
Mas tenho uma saída, e você
Nada tem senão esperança
Beba esse whisky comigo
Deixe de ser criança
Eu atiro na família toda
E seremos só lembrança
sábado, 18 de novembro de 2006
oco
Sem nenhuma inspiração passo esses dias difíceis
Longos e difíceis...
Fito o vazio e o vazio me envolve
sem a menor explicação...
entra no peito como a atmosfera
Me torno o vazio propriamente
sem desejar ser esquecido
vou sumindo lentamente
Longos e difíceis...
Fito o vazio e o vazio me envolve
sem a menor explicação...
entra no peito como a atmosfera
Me torno o vazio propriamente
sem desejar ser esquecido
vou sumindo lentamente
Assinar:
Postagens (Atom)