(...)Meus sonhos repousam logo ali
Num universo paralelo que não há como tocar
Afoguei tudo o que eu deveria ter feito
Agora estou perdido nesta noite seca
Então o mundo adormece e meus sonhos despertam
O peito aperta e choro baixinho, quase escondido
Porque tenho vergonha das minhas lágrimas(...)
Para quem quiser ler na íntegra,
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=866
terça-feira, 18 de setembro de 2007
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Ensaios
Pequenos Ensaios de um mês em depressão XIII
Bruno Otsuka
Eu te amo tanto que queria que você morresse agora, assim, feliz
Sem ter de me ver definhar
Sem envelhecer tristemente
Sem porém, sem além
Lembro de todos os nossos bons momentos
- Todos os teus sorrisos planam em memória –
E penso em tudo o que teríamos de bom
Que viveríamos de bonito
- Em devaneios vejo tanto de completude que compartilharíamos –
Todos os teus sorrisos
Adeus.
Bruno Otsuka
Eu te amo tanto que queria que você morresse agora, assim, feliz
Sem ter de me ver definhar
Sem envelhecer tristemente
Sem porém, sem além
Lembro de todos os nossos bons momentos
- Todos os teus sorrisos planam em memória –
E penso em tudo o que teríamos de bom
Que viveríamos de bonito
- Em devaneios vejo tanto de completude que compartilharíamos –
Todos os teus sorrisos
Adeus.
Ensaios
Pequenos Ensaios de um mês em depressão VIII
Bruno Otsuka
Triste é o homem que abandona seus sonhos
Triste – e ainda mais –
É o sonho que morre embrião
E de uma imensa tristeza, o abandono
Não se supera jamais
Triste da vida que seria
Triste da vida privada de ser
Dói-me na alma olhar essas vidas
Em que viver se equipara a morrer
Triste é o “se” que gera uma dúvida
Mais triste é o “se” que habita o passado
Nada é mais triste que aquilo já traçado
Nada pior que um erro imutável
Sei que nunca fui nada e fico melancólico com uma profunda calma
Qual verso retrataria a profundidade desse enigma que dói em minha alma?
Bruno Otsuka
Triste é o homem que abandona seus sonhos
Triste – e ainda mais –
É o sonho que morre embrião
E de uma imensa tristeza, o abandono
Não se supera jamais
Triste da vida que seria
Triste da vida privada de ser
Dói-me na alma olhar essas vidas
Em que viver se equipara a morrer
Triste é o “se” que gera uma dúvida
Mais triste é o “se” que habita o passado
Nada é mais triste que aquilo já traçado
Nada pior que um erro imutável
Sei que nunca fui nada e fico melancólico com uma profunda calma
Qual verso retrataria a profundidade desse enigma que dói em minha alma?
Ensaios
Pequenos Ensaios de um mês em depressão I
Bruno Otsuka
Pegue meu cadáver
É todo teu...
Respira, mas não vive
Caminha, mas feneceu!
Ou deixe-o à sombra
À penumbra de um sonho meu
Deixe-o definhar
Ao derradeiro abraço de Morfeu.
Bruno Otsuka
Pegue meu cadáver
É todo teu...
Respira, mas não vive
Caminha, mas feneceu!
Ou deixe-o à sombra
À penumbra de um sonho meu
Deixe-o definhar
Ao derradeiro abraço de Morfeu.
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Minha vida foi uma noite
Sempre fui absolutamente imediatista
Sempre agi por puro e profundo impulso
Todo impulso que eu reprimo me faz morrer
E de tantas mortes já não sei mais o que é estar vivo
Enterrado em cárcere arbitrário já não sei o que persigo
Talvez por ser tão imediatista eu fique tão estagnado
Não consigo me mexer, já não posso fazer nada do passado
Vejo a vida beber minha liberdade que nunca houve
Vejo minha juventude sem sentido ou razão perecer
E sem nenhum motivo, existir me faz morrer
Esperando algo acontecer jurando que jamais serei
O mesmo tão ruim assim tenho de ser forte e grande
Tenho de aproveitar o ar que meus pulmões expande
E superar as trilhas de carmim
Ouvindo os tristes silvos da madrugada me sinto
Tão opaco
Vejo tudo que fiz e minto
Tentando me convencer de que tudo será melhor
Entrego-me primeiro a Baco
E logo após a Morfeu que vem trazer súcubos
A atormentar meu sono frágil
Fico toda tarde em estupor
Existo e morro mais uma vez
Ao saber que amigos meus
Esqueceram da minha dor
Sei que de mim resta o fulgor
Das cinzas daquilo que poderia ter sido
Se não fosse tão melancólico assim
Sei que tudo que eu tentei fazer de bom acabou sendo maldade
Eu sinto aquilo que um dia fora próximo se afastando lentamente
Cada vez mais se adensando, se mesclando com a bruma no horizonte inalcançável.
É durante a tarde que a tristeza me invade
Todos os pombos da paz estão mortos
Minhas paixões enterradas
Não tenho forças nem para gritar
Toda minha fúria revoltada
Paro na frente do espelho, ressacado
E flui pela minha mente que sou o vazio
Que inundou minha família de vácuo
Tenho ódio de todo verso que externo
Me sinto sonolento e indisposto
Mas sinto desde já o olor doce e acre do whisky
O cenário esfumaçado e trágico, onírico e eterno.
Vejo uma sombra esmaecer no espírito culpado
Vejo-me em cada momento mais maculado
Fito o vazio com descrença e desânimo
O mesmo vazio pelo qual sempre fui maltratado
Tenho amores que de tão belos me assustam
E não me sinto menos oco por isso
O mundo é um lugar muito duro
Quando se chora insone
Sozinho no escuro
-te encontro nos sonhos, sei que estarás ali
para sempre... jamais morrerias e sei onde estás-
Já que todo o meu verão não é o bastante para aquecer teu mundo
Tudo o que posso fazer é aguardar
Minha vida foi a mais longa das noites
De núpcias interrompidas
Passo-a em claro
Cantarolando em profundo solilóquio.
Bruno Otsuka
17-1-2007
Sempre agi por puro e profundo impulso
Todo impulso que eu reprimo me faz morrer
E de tantas mortes já não sei mais o que é estar vivo
Enterrado em cárcere arbitrário já não sei o que persigo
Talvez por ser tão imediatista eu fique tão estagnado
Não consigo me mexer, já não posso fazer nada do passado
Vejo a vida beber minha liberdade que nunca houve
Vejo minha juventude sem sentido ou razão perecer
E sem nenhum motivo, existir me faz morrer
Esperando algo acontecer jurando que jamais serei
O mesmo tão ruim assim tenho de ser forte e grande
Tenho de aproveitar o ar que meus pulmões expande
E superar as trilhas de carmim
Ouvindo os tristes silvos da madrugada me sinto
Tão opaco
Vejo tudo que fiz e minto
Tentando me convencer de que tudo será melhor
Entrego-me primeiro a Baco
E logo após a Morfeu que vem trazer súcubos
A atormentar meu sono frágil
Fico toda tarde em estupor
Existo e morro mais uma vez
Ao saber que amigos meus
Esqueceram da minha dor
Sei que de mim resta o fulgor
Das cinzas daquilo que poderia ter sido
Se não fosse tão melancólico assim
Sei que tudo que eu tentei fazer de bom acabou sendo maldade
Eu sinto aquilo que um dia fora próximo se afastando lentamente
Cada vez mais se adensando, se mesclando com a bruma no horizonte inalcançável.
É durante a tarde que a tristeza me invade
Todos os pombos da paz estão mortos
Minhas paixões enterradas
Não tenho forças nem para gritar
Toda minha fúria revoltada
Paro na frente do espelho, ressacado
E flui pela minha mente que sou o vazio
Que inundou minha família de vácuo
Tenho ódio de todo verso que externo
Me sinto sonolento e indisposto
Mas sinto desde já o olor doce e acre do whisky
O cenário esfumaçado e trágico, onírico e eterno.
Vejo uma sombra esmaecer no espírito culpado
Vejo-me em cada momento mais maculado
Fito o vazio com descrença e desânimo
O mesmo vazio pelo qual sempre fui maltratado
Tenho amores que de tão belos me assustam
E não me sinto menos oco por isso
O mundo é um lugar muito duro
Quando se chora insone
Sozinho no escuro
-te encontro nos sonhos, sei que estarás ali
para sempre... jamais morrerias e sei onde estás-
Já que todo o meu verão não é o bastante para aquecer teu mundo
Tudo o que posso fazer é aguardar
Minha vida foi a mais longa das noites
De núpcias interrompidas
Passo-a em claro
Cantarolando em profundo solilóquio.
Bruno Otsuka
17-1-2007
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