Pequenos Ensaios de um mês em depressão VIII
Bruno Otsuka
Triste é o homem que abandona seus sonhos
Triste – e ainda mais –
É o sonho que morre embrião
E de uma imensa tristeza, o abandono
Não se supera jamais
Triste da vida que seria
Triste da vida privada de ser
Dói-me na alma olhar essas vidas
Em que viver se equipara a morrer
Triste é o “se” que gera uma dúvida
Mais triste é o “se” que habita o passado
Nada é mais triste que aquilo já traçado
Nada pior que um erro imutável
Sei que nunca fui nada e fico melancólico com uma profunda calma
Qual verso retrataria a profundidade desse enigma que dói em minha alma?
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
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