segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Ensaios

Pequenos Ensaios de um mês em depressão VIII
Bruno Otsuka

Triste é o homem que abandona seus sonhos
Triste – e ainda mais –
É o sonho que morre embrião
E de uma imensa tristeza, o abandono
Não se supera jamais

Triste da vida que seria
Triste da vida privada de ser
Dói-me na alma olhar essas vidas
Em que viver se equipara a morrer

Triste é o “se” que gera uma dúvida
Mais triste é o “se” que habita o passado
Nada é mais triste que aquilo já traçado
Nada pior que um erro imutável

Sei que nunca fui nada e fico melancólico com uma profunda calma
Qual verso retrataria a profundidade desse enigma que dói em minha alma?

Nenhum comentário: