é engraçado... é trágico
é tentar juntar os cacos e cortar a mão ao faze-lo
e insistir
e doer e ter espasmos involutários e espalhar os cacos
e juntar e se cortar
involutariamente enlouquecer
é engraçado, é trágico
quinta-feira, 31 de maio de 2007
trecho de - Jamais, dd 2005
Não quero falar com ninguém
Não quero ver ninguém
Cada vez mais sou ninguém
Os dias flutuam sem que eu perceba
Minhas vontades cada vez mais fracas
Um desalento que a cada momento me faz
Ser um pouquinho mais insignificante
Eu que nunca fui alguém, mas sempre fui intenso...
Agora aqui perdido e em torpor
Acordo em uma confusão de dias que não tento entender
Acontecimentos que não sei se são sonho ou realidade
Chacoalham minha mente que hesita
E meu coração que não quer mais responder
Na penumbra do quarto a silhueta do mais triste dos semblantes
Me olha por dentro com piedade
Por saber o que é ser só
16-3-2005
Não quero ver ninguém
Cada vez mais sou ninguém
Os dias flutuam sem que eu perceba
Minhas vontades cada vez mais fracas
Um desalento que a cada momento me faz
Ser um pouquinho mais insignificante
Eu que nunca fui alguém, mas sempre fui intenso...
Agora aqui perdido e em torpor
Acordo em uma confusão de dias que não tento entender
Acontecimentos que não sei se são sonho ou realidade
Chacoalham minha mente que hesita
E meu coração que não quer mais responder
Na penumbra do quarto a silhueta do mais triste dos semblantes
Me olha por dentro com piedade
Por saber o que é ser só
16-3-2005
Zéssilva no gabinete
Zéssilva, em uma hipotética conversa com o prefeito, sobre grafiteiros:
-Quantos assaltos, seqüestros e homicídios acontecem nessa cidade por dia?
-O que isso tem a ver com esses vândalos?
-Nada, é por isso que pessoas sujando muros preocuparem tanto a mídia e ocuparem tanto o senhor me envergonha.
Zéssilva levanta e sai sem resolver nada, mas também não se importa.
-Quantos assaltos, seqüestros e homicídios acontecem nessa cidade por dia?
-O que isso tem a ver com esses vândalos?
-Nada, é por isso que pessoas sujando muros preocuparem tanto a mídia e ocuparem tanto o senhor me envergonha.
Zéssilva levanta e sai sem resolver nada, mas também não se importa.
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Álvares de Azevedo
"A poesia é o vôo das aves da manhã no banho morno das nuvens vermelhas da madrugada, é o cervo que se rola no orvalho da montanha relvosa, que se esquece da morte de amanhã, da agonia de ontem em seu leito de flores!"
terça-feira, 29 de maio de 2007
Icy hours
Estou com frio... Triste e com frio. Frio por dentro e por fora, dedos gelados, alma glacial.
Bebo e não me aquece nem satisfaz. Fumo e falta sempre algo para preencher esse vácuo nativo do peito, sugando a energia, a vontade, a perseverança.
O desalento me consome voraz.
Bebo e não me aquece nem satisfaz. Fumo e falta sempre algo para preencher esse vácuo nativo do peito, sugando a energia, a vontade, a perseverança.
O desalento me consome voraz.
Trecho de Antagonismo, dd844
Amei muito pela vida
Com um ardor viril
Sofri muito pela vida
Com uma dor senil
"Se a tua dor te aflige, faz dela um poema"
Eça de Queiróz
Com um ardor viril
Sofri muito pela vida
Com uma dor senil
"Se a tua dor te aflige, faz dela um poema"
Eça de Queiróz
segunda-feira, 28 de maio de 2007
E então fico a madrugada toda, a partir de agora, tentando dormir, acordando, lendo Nietzsche, não entendendo, relendo, entendendo o que eu quero entender, procurando na internet o que eu deveria ter entendido e discordando, querendo dormir, tentando mais uma vez...
e sei que será mais uma madrugada comum...
Sem os sonhos, sem a vida, abraçado com a arte, devaneio insone.
e sei que será mais uma madrugada comum...
Sem os sonhos, sem a vida, abraçado com a arte, devaneio insone.
Cade o Absinto?
Uma coisa que me deixa profundamente triste é terem proibido o Absinto em sua fórmula original.
O William Faulkner disse:
"O que preciso para o meu trabalho é papel, caneta, tabaco e um pouco de whisky."
Bom, para o meu também, mas um pouco de absinto de quando em vez não iria mal...
Não tem como negar, mudar o estado mental muda a inspiração, às vezes para melhor, outras para pior, mas de qualquer maneira, a alteração é necessária para muitos.
Ao absinto e à arte, três saúdes.
Verlaine:
"For me my glory is an
Humble ephemeral Absinthe
Drunk on the sly, with fear of treason
and if I drink it no longer,
it is for a good reason."
Oscar Wilde:
"For me my glory is an
Humble ephemeral Absinthe
Drunk on the sly, with fear of treason
and if I drink it no longer,
it is for a good reason."
"After the first glass you see things as you wish they were. After the second, you see things as they are not. Finally you see things as they really are"
O William Faulkner disse:
"O que preciso para o meu trabalho é papel, caneta, tabaco e um pouco de whisky."
Bom, para o meu também, mas um pouco de absinto de quando em vez não iria mal...
Não tem como negar, mudar o estado mental muda a inspiração, às vezes para melhor, outras para pior, mas de qualquer maneira, a alteração é necessária para muitos.
Ao absinto e à arte, três saúdes.
Verlaine:
"For me my glory is an
Humble ephemeral Absinthe
Drunk on the sly, with fear of treason
and if I drink it no longer,
it is for a good reason."
Oscar Wilde:
"For me my glory is an
Humble ephemeral Absinthe
Drunk on the sly, with fear of treason
and if I drink it no longer,
it is for a good reason."
"After the first glass you see things as you wish they were. After the second, you see things as they are not. Finally you see things as they really are"
domingo, 27 de maio de 2007
sexta-feira, 25 de maio de 2007
A resposta
Olha, querem saber porque eu escrevo em primeira pessoa?
Porque eu escrevo o que sinto.
Porque a pessoa que estiver lendo vai falar EU, e se se indentificar vai estar lendo algo sobre ela mesmo em sua própria pessoa, isso me agrada.
E finalmente, porque eu quero, é assim que me vem, é assim que será enquanto vier assim.
nesse caso da literatura, a identificação é o espelho olhando para o poeta, e a imagem não se vê, pode ser qualquer um... qualquer leitor e eu agradeço a todos os meus...
Aquele que olha para o mundo não se vê, vê aquilo que se olha.
Porque eu escrevo o que sinto.
Porque a pessoa que estiver lendo vai falar EU, e se se indentificar vai estar lendo algo sobre ela mesmo em sua própria pessoa, isso me agrada.
E finalmente, porque eu quero, é assim que me vem, é assim que será enquanto vier assim.
nesse caso da literatura, a identificação é o espelho olhando para o poeta, e a imagem não se vê, pode ser qualquer um... qualquer leitor e eu agradeço a todos os meus...
Aquele que olha para o mundo não se vê, vê aquilo que se olha.
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Conversa de msn
O Poliman, postou um texto no blog dele que começa assim
"A verdade é que você é aquilo que os outros pensam que você é. E ponto."
Aí eu perguntei a ele o que pensam que eu sou, eis o começo da resposta
Daniel Lobo diz:
de vc é dificil dizer
Daniel Lobo diz:
pq eu tenho minha visão, mas ela é minha e eu te conheço melhor do que a maioria das pessoas
Daniel Lobo diz:
não é uma visão comum
Aí eu disse que ele estava confirmando o próprio post, na parte em que ele diz
"Principalmente porque perguntar quase nunca funciona pois as pessoas, em geral, não estão dispostas a serem inteiramente francas ou diretas com você."
Então ele disparou:
Daniel Lobo diz:
vc é um depressivo alcoolatra
Daniel Lobo diz:
que sobrevive escrevendo o que sente
Daniel Lobo diz:
tem ficado bom nisso
Daniel Lobo diz:
mas isso já é pessoal
Daniel Lobo diz:
não acredito que o pessoal, da faap pelo menos te visse como alcoolatra nem como depressivo, pq na época vc era bem mais animado
Concluo que antes de ser um bom amigo, generoso e leal, sou um depressivo bêbado de merda ehheheheheheh.
Para quem quiser ler o post inteiro do Poli o link é esse:
http://meusdesatinos.blogspot.com/2007/05/imagem.html
"A verdade é que você é aquilo que os outros pensam que você é. E ponto."
Aí eu perguntei a ele o que pensam que eu sou, eis o começo da resposta
Daniel Lobo diz:
de vc é dificil dizer
Daniel Lobo diz:
pq eu tenho minha visão, mas ela é minha e eu te conheço melhor do que a maioria das pessoas
Daniel Lobo diz:
não é uma visão comum
Aí eu disse que ele estava confirmando o próprio post, na parte em que ele diz
"Principalmente porque perguntar quase nunca funciona pois as pessoas, em geral, não estão dispostas a serem inteiramente francas ou diretas com você."
Então ele disparou:
Daniel Lobo diz:
vc é um depressivo alcoolatra
Daniel Lobo diz:
que sobrevive escrevendo o que sente
Daniel Lobo diz:
tem ficado bom nisso
Daniel Lobo diz:
mas isso já é pessoal
Daniel Lobo diz:
não acredito que o pessoal, da faap pelo menos te visse como alcoolatra nem como depressivo, pq na época vc era bem mais animado
Concluo que antes de ser um bom amigo, generoso e leal, sou um depressivo bêbado de merda ehheheheheheh.
Para quem quiser ler o post inteiro do Poli o link é esse:
http://meusdesatinos.blogspot.com/2007/05/imagem.html
conversa através de poemas
o poema
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=267
a resposta
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=363
Obrigado, obrigado e Cartas de magrugada
saudades ken...
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=267
a resposta
http://www.darkdreams.com.br/artigo.phtml?cod_post=363
Obrigado, obrigado e Cartas de magrugada
saudades ken...
mais um trecho dd490
Chegaram quando já se encontrava abraçado à mesa
De mãos dadas com o litro
Beijando a fumaça
Rabiscando seus versos que não passavam de rabiscos
Arrastados
Sorrindo para a lua
Cada lua que passava
Amando cada céu
Cada qual que em cada minuto se apresentava
Anos tortos de lágrimas
E ainda não sabia
O motivo pelo qual cantava
O motivo pelo qual vivia
Se não pela efemeramente eterna
Eterna sôfrega poesia
O poeta vive
em pequenas explosões
Por menos valor que tudo isso possa ter
otsuka 2003
De mãos dadas com o litro
Beijando a fumaça
Rabiscando seus versos que não passavam de rabiscos
Arrastados
Sorrindo para a lua
Cada lua que passava
Amando cada céu
Cada qual que em cada minuto se apresentava
Anos tortos de lágrimas
E ainda não sabia
O motivo pelo qual cantava
O motivo pelo qual vivia
Se não pela efemeramente eterna
Eterna sôfrega poesia
O poeta vive
em pequenas explosões
Por menos valor que tudo isso possa ter
otsuka 2003
O andar da carruagem
Pesadelo, sudorese, espasmos, despertar, falta de ar, desalento, ódio, desespero, vazio, depressão, lágrimas, insônia, depressão, cachaça, versos, insônia, cigarro, insônia, insônia, estrofes, calmante, cachaça, insônia, coceira, insônia, calmante, cigarro, sede, tremor, lágrimas, guitarra, lágrimas, fome, calmante, azia, lágrimas, cachaça, gastrite, anti-ácido, unha roída, insônia, depressão, angústia, insônia, versos, cachaça, calmante, catatonia, música, calmante, cachaça, cigarro, lágrimas, pesadelo, sudorese, despertar, falta de ar, desalento, ódio profundo, desespero, vazio, lágrimas, cigarro, tosse, lágrimas...
Se existe um deus, esse puto me odeia
Se existe um deus, esse puto me odeia
terça-feira, 22 de maio de 2007
Confusão e desalento
O que eu sinto neste instante é a brisa fria do desalento proveniente do meu peito. Tenho as pernas pesadas e uma alma que se recusa a crer em tudo, quem não crê em nada, crê em tudo que é nada insignificantemente.
Ouço os ensandecedores sons urbanos, ininterruptos e impessoais e desejo que o mundo fique mudo, mas o mundo continua urrando por todos os lados, o tempo todo.
Tenho grandes idéias durante a noite e a alvorada se encarrega de transformá-las em pó de lixo. Confundo tudo em minhas certezas anuviadas de poeta incompetente.
Tenho certeza de ter visto uma garrafa bonita de Amaretto no armário da sala e ela nunca existiu ali. Mas a vi claramente em um sonho ou devaneio. Tenho certeza que vi.
Talvez em algum outro sonho eu possa saboreá-lo e sorrir.
A vida não me agrada, existir me maltrata.
Ouço os ensandecedores sons urbanos, ininterruptos e impessoais e desejo que o mundo fique mudo, mas o mundo continua urrando por todos os lados, o tempo todo.
Tenho grandes idéias durante a noite e a alvorada se encarrega de transformá-las em pó de lixo. Confundo tudo em minhas certezas anuviadas de poeta incompetente.
Tenho certeza de ter visto uma garrafa bonita de Amaretto no armário da sala e ela nunca existiu ali. Mas a vi claramente em um sonho ou devaneio. Tenho certeza que vi.
Talvez em algum outro sonho eu possa saboreá-lo e sorrir.
A vida não me agrada, existir me maltrata.
Warrel Dane
"Every night the dream is the same, I sit here waiting for the world to end, but it never ends..."
Warrel Dane - Nevermore
Warrel Dane - Nevermore
ei, dorme amor....
hoje eu pensei no tamanho do meu amor e descobri que ele é maior do que eu imaginava
Pensei no quanto eu te amo e descobri que és a pessoa que eu mais amo nesse mundo
Acordei de um pesadelo e me confortei sabendo que tenho teu carinho, teu respeito, tua crença, tua paixão
E não me sinto tão doente, me sinto amado e sei que por mais que minha vida pareça não valer a pena, vale por ti
Tenho um pouquinho de medo de fechar os olhos de novo por saber que os demônios sempre me visitam quando faço isso
Mas estou abraçando tua camisola e sentindo nela teu cheirinho com toda a ternura que existe no mundo
O mundo tem tanto amor e carinho porque eu existo para fazê-lo real nos atos e não apenas na poesia amor....
Não consigo dormir e resolvi te escrever esse emailzinho
Ei, eu te amo bastantão tá?
Sempre
Sempre
Pensei no quanto eu te amo e descobri que és a pessoa que eu mais amo nesse mundo
Acordei de um pesadelo e me confortei sabendo que tenho teu carinho, teu respeito, tua crença, tua paixão
E não me sinto tão doente, me sinto amado e sei que por mais que minha vida pareça não valer a pena, vale por ti
Tenho um pouquinho de medo de fechar os olhos de novo por saber que os demônios sempre me visitam quando faço isso
Mas estou abraçando tua camisola e sentindo nela teu cheirinho com toda a ternura que existe no mundo
O mundo tem tanto amor e carinho porque eu existo para fazê-lo real nos atos e não apenas na poesia amor....
Não consigo dormir e resolvi te escrever esse emailzinho
Ei, eu te amo bastantão tá?
Sempre
Sempre
Show do Acullia e meu aniversário
estou na madrugada de segunda para terça fazendo o convite
meu aniversário vai ser comemorado no coppola, dia 25, embora eu tenha nascido no dia 27
quem se dignar a entrar aqui ao menos uma vez por semana, saberá que sexta feira estarei "comemorando" meu nascimento.
Rua: Girassol, 323 - Vila Madalena - São Paulo - SP
Tel: (11) 3034-5544
Um abraço aos amigos... Sim, vc está convidado
meu aniversário vai ser comemorado no coppola, dia 25, embora eu tenha nascido no dia 27
quem se dignar a entrar aqui ao menos uma vez por semana, saberá que sexta feira estarei "comemorando" meu nascimento.
Rua: Girassol, 323 - Vila Madalena - São Paulo - SP
Tel: (11) 3034-5544
Um abraço aos amigos... Sim, vc está convidado
Meu modo... imposto, retorço
Essa hora
Hora das lembranças de infância
Hora de saber que não vale a pena
Hora de despertar de mais um pesadelo
Tão real...
Hora de saber que não é natural
Fumar e tomar pernod
Enquanto se trabalha em estrofes
Para costurar uma poesia
que já veio rasgada
Veio fugidia
toma um calmante poeta
é tua anistia
madrugada de profundíssima agonia
Hora das lembranças de infância
Hora de saber que não vale a pena
Hora de despertar de mais um pesadelo
Tão real...
Hora de saber que não é natural
Fumar e tomar pernod
Enquanto se trabalha em estrofes
Para costurar uma poesia
que já veio rasgada
Veio fugidia
toma um calmante poeta
é tua anistia
madrugada de profundíssima agonia
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Por ter apoio
é uma doença tão triste que é inexplicável
Todo dia é uma luta desvalida
Por pessoas que valem a pena
Eu amo todos vocês... e por vocês eu me venço
Por amar eu supero estas trevas, mesmo que passageiramente
Por desejo de fazer o bem eu me ergo do meu leito de pesadelos em cada manhã...
"Muitiísimo" (sic) obrigado
Todo dia é uma luta desvalida
Por pessoas que valem a pena
Eu amo todos vocês... e por vocês eu me venço
Por amar eu supero estas trevas, mesmo que passageiramente
Por desejo de fazer o bem eu me ergo do meu leito de pesadelos em cada manhã...
"Muitiísimo" (sic) obrigado
Losing myself
Tenho medo de amanhã não me reconhecer quando fechar os olhos e suspirar profundamente.
sexta-feira, 18 de maio de 2007
quinta-feira, 17 de maio de 2007
quarta-feira, 16 de maio de 2007
terça-feira, 15 de maio de 2007
Tristeza e depressão
Ouvi hoje a pergunta que ignorei:
-Como saber se é doença ou apenas tristeza.
ignorei mas digo aqui...
A tristeza não faz com que alguém sinta vontade de dar um tiro na própria cara todos os dias, mesmo sabendo que nunca vai dar, a vontade persiste. A tristeza não é eterna.
A tristeza ensina, a depressão arruina.
-Como saber se é doença ou apenas tristeza.
ignorei mas digo aqui...
A tristeza não faz com que alguém sinta vontade de dar um tiro na própria cara todos os dias, mesmo sabendo que nunca vai dar, a vontade persiste. A tristeza não é eterna.
A tristeza ensina, a depressão arruina.
Breve Instante
(dd lacuna de tempo)
Gostei do lapso efêmero de insânia
Do instante atemporal de inépcia
Segurei a centelha da veracidade infante
E consegui sorrir como se nada houvesse a doer
E logo o sorriso se tornou desespero
------
fevereiro de 2005
Eu fico assustado de quando em vez. Percebo que meus sentimentos são puros e verdadeiros e apavorantemente iguais... O que muda é a intensidade que fica nesse vai e vem absurdo.
Gostei do lapso efêmero de insânia
Do instante atemporal de inépcia
Segurei a centelha da veracidade infante
E consegui sorrir como se nada houvesse a doer
E logo o sorriso se tornou desespero
------
fevereiro de 2005
Eu fico assustado de quando em vez. Percebo que meus sentimentos são puros e verdadeiros e apavorantemente iguais... O que muda é a intensidade que fica nesse vai e vem absurdo.
Chego cansado e me sento, ouço música e tomo um drink que me alivia e deixa mais leve, penso em mudar, penso no meu amor, penso em um breve futuro e reflito sobre o que me tornei, sou herói na madrugada, em meio aos fantasmas danço um pouco.
Caio em uma depressão tão profunda que luz alguma alcançará.
Caio em uma depressão tão profunda que luz alguma alcançará.
segunda-feira, 14 de maio de 2007
domingo, 13 de maio de 2007
sábado, 12 de maio de 2007
sexta-feira, 11 de maio de 2007
2002
época tão dourada quanto obscura...
“E pior que a morte...
... é o desânimo...
Pior que o ódio...
... é o desprezo...
Mais cruel que a vergonha
... são os olhos que vejo no espelho...”
março, dois mil e dois
“E pior que a morte...
... é o desânimo...
Pior que o ódio...
... é o desprezo...
Mais cruel que a vergonha
... são os olhos que vejo no espelho...”
março, dois mil e dois
Michelangelo Buonarroti
Ao ser perguntado como esculpia tão maravilhosamente:
"Eu só tiro do bloco de mármore os pedaços desnecessários."
"Eu só tiro do bloco de mármore os pedaços desnecessários."
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Insomnia
Sofrer de insônia é ficar ao lado dos seus demônios na hora frágil, é entrar no pântano mais obscuro do peito na hora em que menos se consegue ser sensato, é chorar no escuro.
Ter insônia é ser solitário.
Ter insônia é ser solitário.
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Wislawa Szymborska
O texto da revista piauí que eu postei, foi sobre um discurso dessa poetisa polonesa
AS TRÊS PALAVRAS MAIS ESTRANHAS
Quando eu falo a palavra Futuro,
a primeira sílaba já pertence ao passado.
Quando eu falo a palavra Silêncio,
o destruo.
Quando eu falo a palavra Nada,
crio algo que nenhum não-ser comporta.
AS TRÊS PALAVRAS MAIS ESTRANHAS
Quando eu falo a palavra Futuro,
a primeira sílaba já pertence ao passado.
Quando eu falo a palavra Silêncio,
o destruo.
Quando eu falo a palavra Nada,
crio algo que nenhum não-ser comporta.
Revista Piauí
Esse é um artigo gigante da revista piauí do qual selecionei algumas partes.
Apesar de ter selecionado as partes que acho que devem estar aqui, continua gigante, pulem... bom vamos aos trechos do texto:
-----
Os poetas contemporâneos são céticos e desconfiados até, ou talvez sobretudo, de si mesmos. Só com relutância confessam publicamente ser poetas, como se tivessem um pouco de vergonha. Mas em nossos tempos estrepitosos é mais fácil reconhecer nossos erros, ao menos se estiverem atraentemente embalados, do que reconhecer os próprios méritos, pois estes se mantêm ocultos mais no fundo, e nós mesmos nunca acreditamos muito neles... Quando preenchem fichas ou batem papo com estranhos — ou seja, quando não podem deixar de revelar sua profissão —, os poetas preferem usar o termo genérico “escritor” ou substituir “poeta” pelo nome de qualquer outro trabalho que façam, além de escrever. Burocratas e passageiros de ônibus reagem com um toque de incredulidade e alarme quando descobrem que estão tratando com um poeta. Creio que os filósofos enfrentam reação semelhante. Contudo, estão numa posição melhor, pois na maioria das vezes podem ornamentar seu ofício com algum tipo de título universitário. Professor Doutor de Filosofia: isso sim soa mui¬to mais respeitável.
Lembremos que o orgulho da poesia russa, o futuro ganhador do Prêmio Nobel Joseph Brodsky, foi certa vez condenado ao exílio em seu próprio país justamente com base nessa idéia. Chamaram-no de “parasita” porque não possuía o certificado oficial que lhe assegurava o direito de ser poeta.
Em países mais afortunados, onde a dignidade humana não é agredida tão facilmente, os poetas almejam ser publicados, lidos e compreendidos, mas fazem pouco, ou quase nada, para se situarem acima do rebanho geral e da roda-viva do dia-a-dia. No entanto, ainda não faz tanto tempo, os poetas se esforçavam para nos escandalizar com suas roupas extravagantes e seu comportamento excêntrico. Tudo isso era só para encher os olhos do público. Sempre chegava a hora em que os poetas tinham de fechar a porta atrás de si, despir suas capas, seus penduricalhos e outras parafernálias poéticas e enfrentar — em silêncio, com paciência, à espera de si mesmos — a folha de papel ainda em branco. Pois, no final, é isso o que de fato conta.
Não é por acaso que filmes biográficos sobre cientistas e artistas célebres são produzidos aos montes. Os diretores mais ambiciosos tentam reconstituir de forma convincente o processo criativo que gerou importantes descobertas científicas, ou o surgimento de uma obra-prima. E se pode retratar certos tipos de atividade científica com algum sucesso. Laboratórios, instrumentos diversos, máquinas complicadas em ação: tais cenas podem prender o interesse da platéia durante algum tempo. E aqueles momentos de incerteza — será que a experiência, realizada pela milésima vez com uma ínfima alteração, produzirá por fim o resultado desejado? — podem ser dramáticos. Filmes sobre pintores podem ser espetaculares, enquanto recriam todos os estágios da evolução de um pintor famoso, desde o primeiro traço a lápis até a pincelada definitiva. A música se expande nos filmes sobre compositores: os primeiros compassos da melodia que soa nos ouvidos do músico emergem, no fim, como uma obra madura em forma sinfônica. Claro, tudo isso é ingênuo, e não explica o estranho estado mental popularmente conhecido como inspiração, mas pelo menos existe algo para se olhar e se ouvir.
Mas os poetas são os piores. Seu trabalho, inapelavelmente, nada tem de fotogênico. Alguém senta a uma mesa ou deita num sofá enquanto olha imóvel para a parede ou para o teto. De quando em quando, essa pessoa escreve sete linhas, só para riscar uma delas quinze minutos depois, em seguida mais uma hora se passa, durante a qual nada acontece... Quem agüentaria assistir a esse tipo de coisa?
Mencionei a inspiração. Poetas contemporâneos respondem de forma evasiva quando lhes perguntam o que é isso, e se existe de verdade. Não é que nunca tenham conhecido a bênção desse impulso interior. Só que não é fácil explicar a uma outra pessoa aquilo que você mesmo não compreende.
Poetas, se autênticos, também devem repetir “não sei”. Todo poema assinala um esforço para responder a essa afirmação, mas assim que a frase final cai no papel, o poeta começa a hesitar, a se dar conta de que essa resposta particular era puro artifício, absolutamente inadequada. Portanto, os poetas continuam a tentar e, mais cedo ou mais tarde, os resultados da sua insatisfação consigo mesmos são reunidos, e presos num clipe gigante pelos historiadores da literatura, e passam a ser chamados de suas “obras”.
Tudo indica que os poetas terão sempre uma tarefa muito árdua à espera.
--------
Para o retardado que quiser ler na íntegra,
http://www.revistapiaui.com.br/2007/mai/poesia.htm
Apesar de ter selecionado as partes que acho que devem estar aqui, continua gigante, pulem... bom vamos aos trechos do texto:
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Os poetas contemporâneos são céticos e desconfiados até, ou talvez sobretudo, de si mesmos. Só com relutância confessam publicamente ser poetas, como se tivessem um pouco de vergonha. Mas em nossos tempos estrepitosos é mais fácil reconhecer nossos erros, ao menos se estiverem atraentemente embalados, do que reconhecer os próprios méritos, pois estes se mantêm ocultos mais no fundo, e nós mesmos nunca acreditamos muito neles... Quando preenchem fichas ou batem papo com estranhos — ou seja, quando não podem deixar de revelar sua profissão —, os poetas preferem usar o termo genérico “escritor” ou substituir “poeta” pelo nome de qualquer outro trabalho que façam, além de escrever. Burocratas e passageiros de ônibus reagem com um toque de incredulidade e alarme quando descobrem que estão tratando com um poeta. Creio que os filósofos enfrentam reação semelhante. Contudo, estão numa posição melhor, pois na maioria das vezes podem ornamentar seu ofício com algum tipo de título universitário. Professor Doutor de Filosofia: isso sim soa mui¬to mais respeitável.
Lembremos que o orgulho da poesia russa, o futuro ganhador do Prêmio Nobel Joseph Brodsky, foi certa vez condenado ao exílio em seu próprio país justamente com base nessa idéia. Chamaram-no de “parasita” porque não possuía o certificado oficial que lhe assegurava o direito de ser poeta.
Em países mais afortunados, onde a dignidade humana não é agredida tão facilmente, os poetas almejam ser publicados, lidos e compreendidos, mas fazem pouco, ou quase nada, para se situarem acima do rebanho geral e da roda-viva do dia-a-dia. No entanto, ainda não faz tanto tempo, os poetas se esforçavam para nos escandalizar com suas roupas extravagantes e seu comportamento excêntrico. Tudo isso era só para encher os olhos do público. Sempre chegava a hora em que os poetas tinham de fechar a porta atrás de si, despir suas capas, seus penduricalhos e outras parafernálias poéticas e enfrentar — em silêncio, com paciência, à espera de si mesmos — a folha de papel ainda em branco. Pois, no final, é isso o que de fato conta.
Não é por acaso que filmes biográficos sobre cientistas e artistas célebres são produzidos aos montes. Os diretores mais ambiciosos tentam reconstituir de forma convincente o processo criativo que gerou importantes descobertas científicas, ou o surgimento de uma obra-prima. E se pode retratar certos tipos de atividade científica com algum sucesso. Laboratórios, instrumentos diversos, máquinas complicadas em ação: tais cenas podem prender o interesse da platéia durante algum tempo. E aqueles momentos de incerteza — será que a experiência, realizada pela milésima vez com uma ínfima alteração, produzirá por fim o resultado desejado? — podem ser dramáticos. Filmes sobre pintores podem ser espetaculares, enquanto recriam todos os estágios da evolução de um pintor famoso, desde o primeiro traço a lápis até a pincelada definitiva. A música se expande nos filmes sobre compositores: os primeiros compassos da melodia que soa nos ouvidos do músico emergem, no fim, como uma obra madura em forma sinfônica. Claro, tudo isso é ingênuo, e não explica o estranho estado mental popularmente conhecido como inspiração, mas pelo menos existe algo para se olhar e se ouvir.
Mas os poetas são os piores. Seu trabalho, inapelavelmente, nada tem de fotogênico. Alguém senta a uma mesa ou deita num sofá enquanto olha imóvel para a parede ou para o teto. De quando em quando, essa pessoa escreve sete linhas, só para riscar uma delas quinze minutos depois, em seguida mais uma hora se passa, durante a qual nada acontece... Quem agüentaria assistir a esse tipo de coisa?
Mencionei a inspiração. Poetas contemporâneos respondem de forma evasiva quando lhes perguntam o que é isso, e se existe de verdade. Não é que nunca tenham conhecido a bênção desse impulso interior. Só que não é fácil explicar a uma outra pessoa aquilo que você mesmo não compreende.
Poetas, se autênticos, também devem repetir “não sei”. Todo poema assinala um esforço para responder a essa afirmação, mas assim que a frase final cai no papel, o poeta começa a hesitar, a se dar conta de que essa resposta particular era puro artifício, absolutamente inadequada. Portanto, os poetas continuam a tentar e, mais cedo ou mais tarde, os resultados da sua insatisfação consigo mesmos são reunidos, e presos num clipe gigante pelos historiadores da literatura, e passam a ser chamados de suas “obras”.
Tudo indica que os poetas terão sempre uma tarefa muito árdua à espera.
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Para o retardado que quiser ler na íntegra,
http://www.revistapiaui.com.br/2007/mai/poesia.htm
terça-feira, 8 de maio de 2007
Minhas
Espero um dia ter um sonho bonito ao despertar.
Espero um dia acordar, respirar fundo, olhar para o céu e não ter de dizer nada.
Espero um dia acordar, respirar fundo, olhar para o céu e não ter de dizer nada.
Daniel Lobo
"The future shall unveil the beauty of our art"
"A inspiração não é senão um rápido vislumbre da verdadeira beleza que permeia e se esconde no mundo."
"A inspiração não é senão um rápido vislumbre da verdadeira beleza que permeia e se esconde no mundo."
Ricardo Otsuka
Meu pai, sobre minha Arte.
"Isso passa.. quando jovem eu também escrevi poemas, mas depois virei homem"
"Isso passa.. quando jovem eu também escrevi poemas, mas depois virei homem"
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Nada foi por mal... fui criado para não crer
Ele não fez por mal, mas nunca acreditou em mim, assim como eu fui criado para não acreditar.
Quando eu era criança meu pai ia ao autorama comigo… Eram os melhores momentos da minha vida, quando eu estava com meu pai, meu herói, meu modelo de força e racionalidade...
Ele dizia para mim que meu carrinho era o verde e eu nem perguntava qual era o dele, sabia que iria ganhar como sempre, enquanto meu carrinho vermelho saia e se espatifava na parede na primeira curva, eu ficava lá, durante toda a corrida acelerando fundo e vendo minha superioridade... Meu pai ganhou brindes por mim e eu achei que fosse por mérito próprio. Um dia descobri que ele fez isso para eu ficar contente.
Anos depois, eu tinha 14 anos, estava treinando kickboxing e me empenhando verdadeiramente, iria para um torneio em breve. Contei ao meu pai, meu tutor e deus. Ele me disse:
-Pode ir, mas se voltar sangrando não entra na minha casa.
Eu sabia que ninguém sangra em torneio de kickboxing de moleques de 14 anos, com capacete, colete, sapatilha, luvas enormes...
Eu não fui ganhar esse torneio e nunca mais voltei a essa academia, não dei tchau pro professor nem pros amigos de luva.
--Meu pai não acredita em mim, sabe que eu sou derrotado antes de lutar—
Quase 11 anos depois, depois de muito pensar, depois de muito ler, depois de muito sofrer eu tive uma conclusão daquelas que se tem bêbado, daquelas que se tem insano, daquelas que se tem por fuga. Concluí que essas coisas me fizeram não acreditar em mim, saber que eu não vou conseguir nada sempre, que sempre vou perder para qualquer um em tudo. Isso somado à super-proteção da minha mãe fez um imbecil poeta ridículo revoltado que eu sou, e não os culpo jamais
Aí comecei a ganhar de todo mundo no tênis, só não ganhava do meu pai... o braço encolhia, as pernas ficavam pesadas, a rede subia, a quadra do lado de lá diminuía... e toda vez que ele ia me ver jogar eu jogava mal.
Mudei, virei boêmio, bêbado, poeta e jogador de snooker, fiquei competente e só jogava mal quando ele estava presente... a caçapa diminuía, a bola aumentava, a mão tremia, suava, dava desarranjo intestinal. Sempre que ele estava presente eu jogava ridiculamente...
Comecei a beber demais, fumar demais, ser retardado demais, fazer cagadas demais, resolvi jogar golfe.
Passei a jogar bem, me empenhei, estudei, dei o sangue... E a mesma historia se repetiu... toda vez que meu pai se fazia presente eu não conseguia jogar 20% do que jogava normalmente...
Hoje juntei os pontos... fiz a conexão...
Mas não vou culpá-lo jamais...
Nem um dos dois...
Os amo com profundo respeito e choro.
Sei que tudo que fizeram foi por amor, e por amor fui concebido e criado, e por amor vivo e escrevo versos... Só não acredito em mim. Por mais que eu tente.
Obrigado meu pai, minha mãe... vocês são feixes de luz no meio de minhas trevas mais profundas... Não vou ficar tentando descobrir quem apagou o sol da minha alma... Já nasceu enegrecido...
Meu profundo amor... sempre...
Ficou a lição de tomar cuidado com o que eu digo... Por mais pura e boa que seja a intenção...
Quando eu era criança meu pai ia ao autorama comigo… Eram os melhores momentos da minha vida, quando eu estava com meu pai, meu herói, meu modelo de força e racionalidade...
Ele dizia para mim que meu carrinho era o verde e eu nem perguntava qual era o dele, sabia que iria ganhar como sempre, enquanto meu carrinho vermelho saia e se espatifava na parede na primeira curva, eu ficava lá, durante toda a corrida acelerando fundo e vendo minha superioridade... Meu pai ganhou brindes por mim e eu achei que fosse por mérito próprio. Um dia descobri que ele fez isso para eu ficar contente.
Anos depois, eu tinha 14 anos, estava treinando kickboxing e me empenhando verdadeiramente, iria para um torneio em breve. Contei ao meu pai, meu tutor e deus. Ele me disse:
-Pode ir, mas se voltar sangrando não entra na minha casa.
Eu sabia que ninguém sangra em torneio de kickboxing de moleques de 14 anos, com capacete, colete, sapatilha, luvas enormes...
Eu não fui ganhar esse torneio e nunca mais voltei a essa academia, não dei tchau pro professor nem pros amigos de luva.
--Meu pai não acredita em mim, sabe que eu sou derrotado antes de lutar—
Quase 11 anos depois, depois de muito pensar, depois de muito ler, depois de muito sofrer eu tive uma conclusão daquelas que se tem bêbado, daquelas que se tem insano, daquelas que se tem por fuga. Concluí que essas coisas me fizeram não acreditar em mim, saber que eu não vou conseguir nada sempre, que sempre vou perder para qualquer um em tudo. Isso somado à super-proteção da minha mãe fez um imbecil poeta ridículo revoltado que eu sou, e não os culpo jamais
Aí comecei a ganhar de todo mundo no tênis, só não ganhava do meu pai... o braço encolhia, as pernas ficavam pesadas, a rede subia, a quadra do lado de lá diminuía... e toda vez que ele ia me ver jogar eu jogava mal.
Mudei, virei boêmio, bêbado, poeta e jogador de snooker, fiquei competente e só jogava mal quando ele estava presente... a caçapa diminuía, a bola aumentava, a mão tremia, suava, dava desarranjo intestinal. Sempre que ele estava presente eu jogava ridiculamente...
Comecei a beber demais, fumar demais, ser retardado demais, fazer cagadas demais, resolvi jogar golfe.
Passei a jogar bem, me empenhei, estudei, dei o sangue... E a mesma historia se repetiu... toda vez que meu pai se fazia presente eu não conseguia jogar 20% do que jogava normalmente...
Hoje juntei os pontos... fiz a conexão...
Mas não vou culpá-lo jamais...
Nem um dos dois...
Os amo com profundo respeito e choro.
Sei que tudo que fizeram foi por amor, e por amor fui concebido e criado, e por amor vivo e escrevo versos... Só não acredito em mim. Por mais que eu tente.
Obrigado meu pai, minha mãe... vocês são feixes de luz no meio de minhas trevas mais profundas... Não vou ficar tentando descobrir quem apagou o sol da minha alma... Já nasceu enegrecido...
Meu profundo amor... sempre...
Ficou a lição de tomar cuidado com o que eu digo... Por mais pura e boa que seja a intenção...
Trecho de um poema antigo
Não há misericórdia
Tristeza não é desculpa
Para erros de caráter
Não há misericórdia
Para os que caminham pela sombra
Sabendo onde brilha o sol.
Bruno Otsuka
24-2-2006
Tristeza não é desculpa
Para erros de caráter
Não há misericórdia
Para os que caminham pela sombra
Sabendo onde brilha o sol.
Bruno Otsuka
24-2-2006
domingo, 6 de maio de 2007
Inner darkness of us all
O homem é um ser para o medo e para a dor, fadado a seguidas despedidas e saudades violentíssimas.
A vida é fugir da sina
A dita felicidade é ilusão
Viver é enganar-se
Somos parte da sombra que a tudo abarca
A vida é fugir da sina
A dita felicidade é ilusão
Viver é enganar-se
Somos parte da sombra que a tudo abarca
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Nunca tive teus lábios mas já tive teu olhar
Há tristeza
E consome meu espírito cansado
Há preguiça
E a sensação de não ter valido o passado
Há introspecção
Acho que por medo
Há silêncio profundo
Perfumando o degredo
Meus vícios pesam e não sei lutar
Meu peito se encolhe, vivo a esperar
Noite fria, pálpebras pesadas
Insônia
O teu rosto é o luar
Estou sempre atento às nuances
Do teu olhar.
Bruno Otsuka
10-10-2004
Por que diabos eu escrevia melhor com 22 anos do que hoje?
E consome meu espírito cansado
Há preguiça
E a sensação de não ter valido o passado
Há introspecção
Acho que por medo
Há silêncio profundo
Perfumando o degredo
Meus vícios pesam e não sei lutar
Meu peito se encolhe, vivo a esperar
Noite fria, pálpebras pesadas
Insônia
O teu rosto é o luar
Estou sempre atento às nuances
Do teu olhar.
Bruno Otsuka
10-10-2004
Por que diabos eu escrevia melhor com 22 anos do que hoje?
Caflito
zéssil para os íntimos e para as mulheres
Entendeu Otsuka?
Fica quieto Zéssilva... To de saco cheio de você... cara inconveniente... você é aquele cara que fala que vai ao banheiro no motel e vai embora. Aí a mulher,(quando se descobre abandonada)tem que pagar a conta e voltar pra casa de taxi... enquanto eu sou o que abre a porta do carro e acende o cigarro da mulher, o que segura a porta do elevador para ela sair... o que leva flores... eu puxo a cadeira no restaurante... me deixa em paz Zéssilva... você é o tipo de escroto que deixa o cego no meio da faixa de pedrestres e sai correndo segurando a risada.....
Não seja injusto... nunca fiz isso...
Mas faria...
Nem fodendo
Faria sim
Nao
sim
Para Otsuka... Você fala pra caralho... Pensa demais... Seja feliz pensando menos...
Entendeu Otsuka?
Fica quieto Zéssilva... To de saco cheio de você... cara inconveniente... você é aquele cara que fala que vai ao banheiro no motel e vai embora. Aí a mulher,(quando se descobre abandonada)tem que pagar a conta e voltar pra casa de taxi... enquanto eu sou o que abre a porta do carro e acende o cigarro da mulher, o que segura a porta do elevador para ela sair... o que leva flores... eu puxo a cadeira no restaurante... me deixa em paz Zéssilva... você é o tipo de escroto que deixa o cego no meio da faixa de pedrestres e sai correndo segurando a risada.....
Não seja injusto... nunca fiz isso...
Mas faria...
Nem fodendo
Faria sim
Nao
sim
Para Otsuka... Você fala pra caralho... Pensa demais... Seja feliz pensando menos...
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Adendo n. 1 ao post abaixo
As pessoas nascem, vão adquirindo medos, vícios, manias, preferências, rotinas, opiniões e morrem.
Agora me responda você, uma pessoa cheia de qualquer um dos ítens acima (vícios, manias, etc..) são o que?
"E se eu ficar louca e ninguém me avisar?"
Tatiana Bornato
Agora me responda você, uma pessoa cheia de qualquer um dos ítens acima (vícios, manias, etc..) são o que?
"E se eu ficar louca e ninguém me avisar?"
Tatiana Bornato
Breve reflexão sobre "O óbvio ululante que pulula nas mentes humanas"
Todos os caminhos levam à insânia.
Medo demais é patologia, fobia, pavor irracional e incontrolável... logo insanidade
Amor demais gera ciúmes, amor demais gera possessividade, logo obsessão, insanidade
Coragem demais é insanidade e dispensa explicações...
O homem foi feito para nascer, ficar louco e morrer...
Alguns percebem que ficaram loucos, outros não
As vezes os outros percebem que um ficou louco, as vezes não
A insânia é o final da jornada da mente, ao menos das mentes dignas de serem lembradas...
Medo demais é patologia, fobia, pavor irracional e incontrolável... logo insanidade
Amor demais gera ciúmes, amor demais gera possessividade, logo obsessão, insanidade
Coragem demais é insanidade e dispensa explicações...
O homem foi feito para nascer, ficar louco e morrer...
Alguns percebem que ficaram loucos, outros não
As vezes os outros percebem que um ficou louco, as vezes não
A insânia é o final da jornada da mente, ao menos das mentes dignas de serem lembradas...
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