quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Quarta-feira 03:55 am

Reflexões


Paro de ler, penso em mim, em minha vida que é uma sátira infame e justa. Nunca – acredito eu – direi que não mereço o que se passa fora da minha alma.
Ouço os barulhos da caneta e lembro de mim mesmo, quando tudo tinha e nada queria além de cantar, beber, fazer versos e ouvir música. Claro... o sofrimento, as dores, os males da alma sempre estiveram ali, mas a estagnação é a derrota do homem e eu estagnei.
Voltando a minha lembrança, o verso de que me orgulho é: Murmúrio na madrugada é grito.

Ouço as peculiaridades sonoras da madrugada e o som de minha respiração me incomoda.
Sons longínquos, trevas mistas e segredos povoam qual assombrações as noites.
E eu nesta mesa de escritório, profundamente inerte, imerso em meus devaneios tenho necessidade de escrever e nada de um verso que me agrade.

Estou só e olho ao meu redor.

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